As pessoas sempre pensam em si mesmas antes de
levar em conta o bem-estar geral. Não adianta querer
mudar isso. A espécie humana é essencialmente egoísta
e precisa frequentemente receber estímulos individuais
5 para agir em prol de uma causa que transcenda o
próprio raio de interesses. A princípio todo mundo
trabalha impulsionado por objetivos próprios, entre eles
o progresso na carreira e o salário no fi m do mês. A
única maneira de fazer um funcionário voltar-se também
10 para os interesses da empresa é motivá-lo por meio de
um conjunto concreto de benefícios extras. Não é por
acaso que as companhias que implantaram políticas
de reparte de lucros ou de premiação em dinheiro aos
funcionários mais talentosos e esforçados tendem a
15 superar as demais em produtividade e lucro. Em um
mundo tão complexo, economistas, empresários e
governantes precisam saber mais sobre psicologia.
(Entrevista de Maskin a VEJA, 26 de março, 2008)
Assinale a opção em que os três termos remetem, por coesão textual, ao mesmo referente:
a)
"As pessoas"(l.1) - "que"(l.5) - "próprio"(l.6) |
b)
"bem-estar geral"(l.2) - "isso" (l.3) - "raio de interesses" (l.6) |
c)
"estímulos individuais"(l.4) - "objetivos próprios"(l.7) - "eles"(l.8) |
d)
"funcionário"(l.9) - "-se" (l.9) - "-lo" (l.10) |
e)
"empresa"(l.10) - "companhias"(l.12) - "demais"(l.15) |
Assinale a opção que dá continuidade coerente e gramaticalmente correta ao texto:
a)
Senão, fracassará em motivar os talentos para os objetivos da empresa ou instituição. |
b)
Do contrário, eles vão fracassar na tentativa de estabelecer regras e edifi car instituições duradouras. |
c)
Assim, conseguir-se-ão alcançar objetivos coletivos que se voltam para os interesses da empresa, além dos interesses pessoais. |
d)
Só por meio de uma boa aplicação dos avanços da ciência, aliada à prática das causas comuns, hão de haver os verdadeiros repartes. |
e)
É nessa globalização de conhecimentos que as pessoas deixarão de pensar apenas em si mesmas, mas nos objetivos do bem comum. |
A linguagem da mídia é uma das mais constantes
formas de comunicação a que as pessoas têm acesso.
Com os avanços da tecnologia, a produção de notícias
escritas e faladas invade nosso cotidiano. O noticiário
5 tem um papel social e político, assim como educacional:
ao estarmos expostos a ele fazemos conexões e
tentamos entender e explicar como acontecimentos
relatados na mídia se relacionam com nossas vidas e
com a sociedade como um todo. Entretanto, notícias
10 são relatos de fatos e não o fato em si. O tratamento
de qualquer tópico, portanto, sempre dependerá de
quem o escolheu e de que ponto de vista será relatado.
Relatos, assim, não são uma representação de fatos,
mas uma construção cultural que codifi ca valores fi xos,
15 já que os jornalistas obedecem a uma série de critérios
que determinam se um fato pode ser relatado ou não.
(Carmen Rosa Caldas-Coulthard. A imprensa britânica e a representação da
América Latina: recontextualização textual e prática social)
Entende-se da argumentação do texto que:
a)
estamos sujeitos a uma forma de progresso da tecnologia que tem conseqüências nocivas para o equilíbrio da sociedade, apesar da relevância política e social da mídia. |
b)
os relatos de fatos substituem os fatos em si quando aquele que escolhe como será a produção do noticiário obedece a valores e critérios políticos e educacionais. |
c)
notícias faladas e escritas são construções culturais, pois não são os fatos, mas relatos de fatos que passaram pela escolha e relato de quem lhes imprime um ponto de vista. |
d)
os tópicos selecionados na produção de notícias escritas e faladas atendem a critérios tecnológicos de comunicação que visam relacionar as pessoas ao seu meio social e cultural. |
e)
o noticiário tem papel social e político decorrente de seu papel educacional, na medida em que as conexões que fazemos com nossas vidas e com a sociedade vão construindo valores culturais. |
Analise os seguintes itens a respeito do emprego das estruturas linguísticas no texto.
I. O uso da preposição a antes de "que" (l.2) é exigência das regras gramaticais que normatizam as relações sintáticas com o substantivo "acesso" (l .2).
II. O sinal de dois-pontos depois de "educacional" (l.5) introduz uma explicação; por isso poderia ser substituído por uma vírgula seguida de porque.
III. A coerência textual exige que, para manter a correção gramatical, seja usado futuro em "dependerá" (l.11), por causa do uso de pretérito em "escolheu" (l.12) e de futuro em "será" (l.12).
IV. Embora as regras de pontuação admitam a omissão das vírgulas que demarcam "assim"(l.13), sua não-ocorrência altera as relações de sentido entre "relatos" (l.13) e a informação anterior; "assim" qualificaria "relatos", em vez de marcar a ideia da oração como conclusiva.
A quantidade de itens corretos é:
a)
0. |
b)
1. |
c)
2. |
d)
3. |
e)
4. |
Assinale a opção correta a respeito das alterações propostas para o texto:
Embora todas as atividades de cada pessoa produzam
efeitos sobre uma coletividade, existem algumas
situações em que cada um deve tomar suas próprias
decisões e escolher os seus caminhos. Na realidade,
5 essa possibilidade de decidir faz parte da liberdade do
indivíduo e dá a cada um a responsabilidade por suas
escolhas. Um dos mais notáveis escritores brasileiros,
Osman Lins, observou que não se pode conseguir
qualquer mudança profunda na sociedade se não
10 houver antes a mudança na consciência de cada um.
Assim, pois, para a efetiva participação política, o
primeiro passo deve ser dado no plano da consciência.
Dado esse passo, está aberto o caminho para a plena
participação, pois o indivíduo conscientizado não ? ca
15 indiferente e não desanima perante os obstáculos. Para
ele, a participação é um compromisso de vida, exigida
como um direito e procurada como uma necessidade.
(Adaptado de Dalmo de Abreu Dallari. O que é participação política, p.43)
a)
Retira-se a idéia de hipótese, mas mantém-se a correção e a coerência do texto, ao substituir "produzam"(l.1) por produzem. |
b)
Pelo valor semântico do verbo existir, a organização das idéias do texto mantém-se coerente e gramaticalmente correta se o trecho "existem algumas situações em" (l.2 e 3) for reescrito como: em algumas situações. |
c)
Devido às relações de sentido do período em que ocorre, a substituição do verbo "pode"(l.8) por poderia preserva a correção gramatical e ressalta a idéia de condição em que se apóia a coerência da argumentação. |
d)
As duas vírgulas antes e depois de "pois"(l.11) indicam que essa conjunção está empregada com valor conclusivo, que ficaria subentendido, no texto, mesmo sem sua explicitação; por isso, a retirada dessa conjunção e das duas vírgulas que a demarcam preservaria a correção textual. |
e)
Preserva-se a coerência dos argumentos, bem como a correção gramatical do texto, ao substituir "perante os" (l.15) tanto por ante os quanto por ante aos. |
Avalie os seguintes trechos, adaptados de VEJA ESPECIAL TECNOLOGIA, de agosto de 2007, quanto à coerência e correção gramatical, para depois assinalar a opção correta.
I. A palavra tecnologia sugere objetos. Coisas complexas e feitas de átomos. Locomotivas à vapor, telefones, computadores, substâncias químicas e chips de silício. Quando esse mundo de coisas começou a surgir, há séculos atrás encaramos o fenômeno como uma revolução material, embora todas as mudanças que traziam fossem, na verdade, causadas pelo desenvolvimento da capacidade de utilizar a energia de forma orientada.
II. Esses objetos perderam, recentemente parte de sua massa. Começamos a enxergar-lhes como ação. Hoje o termo tecnologia sugere softwares, engenharia genética, realidade virtual, banda larga, formas de vigilância e inteligência artifi cial. A tecnologia tornouse uma força. É um verbo, não mais um substantivo. Sua ação mostrou se tão forte que agora percebemos a tecnologia como um super-poder.
III. Na realidade, a tecnologia é matéria, é força e é muito mais. É tudo o que criamos: literatura, pintura, música. Bibliotecas são tecnologia, como também o são os registros contábeis, a legislação civil, os calendários, as instituições, todas as ciências, bem como o arado, as roupas, o sistema de saneamento, os exames médicos e o alfi nete de segurança. Tudo o que nossa inteligência produz pode ser considerado tecnologia.
a)
Apenas I está correto. |
b)
Apenas II está correto. |
c)
Apenas III está correto. |
d)
Apenas I e II estão corretos. |
e)
Apenas II e III estão corretos. |
Assinale a opção em que as duas alternativas apresentadas completam as lacunas do texto de maneira coerente e gramaticalmente correta.
Numa perspectiva processual, para fazer emergir o texto real, o falante deve ser capaz de controlar blocos de conhecimento ativados na memória através de mecanismos que ______(a)______expressões; desenvolvem, expandem, modifi cam e substituem elementos, _____(b)______novamente, tomam uma expressão como única, conhecida ou idêntica a outra, enfi m, contrabalançam a informatividade do texto, de modo ______(c)______pistas para que a continuidade e a textualidade se estabeleçam. Assim, a construção de um texto _____(d)_____da capacidade de usar os recursos disponíveis para construir um macroplano _____(e)______execução depende da construção do texto-base, por meio de sub-estratégias responsáveis pelo estabelecimento da coerência semântica, global e local.
(Adaptado de Maria Elias Soares, A aquisição da competência textual: estratégias para a instauração da coerência e da coesão em narrativas).
a)
Compactam ou emitem / compactem ou emitam. |
b)
usam-nos / usam-lhes. |
c)
a fornecer / que sejam fornecidas. |
d)
é resultado / resultante. |
e)
cuja / que a. |
O primeiro fragmento de cada opção foi adaptado do texto Dos paradigmas da ciência ao conhecimento em construção, de Álvaro Kassab (www.inpe.br). Assinale a opção que apresenta, no segundo, uma reescrita gramaticalmente correta e fiel às idéias do texto original:
a)
Estamos começando a aceitar cada vez mais que a nossa compreensão do mundo passa por produzir representações informacionais e computacionais que nos ajudem a entendê-lo. Estamos começando a aceitar, cada vez mais que a nossa compreensão do mundo passa por produzir representações informacionais e computacionais que nos ajudam a entendê-lo. |
b)
No campo das ciências sociais e humanas, a compreensão do papel da tecnologia de informação e computação tem sido lenta. A compreensão dos papéis da tecnologia de informação e da computação têm sido lentas no campo das ciências sociais e humanas. |
c)
O grande desafio histórico dos estudos nas ciências humanas é estabelecer maneiras de comparação entre diferentes teorias. Nos estudos das ciências humanas, o grande desafi o histórico, é estabelecer maneiras de comparar entre teorias diferenciadas. |
d)
Muitos cientistas sociais rejeitam toda possibilidade de avaliação entre diferentes concepções, mas, se não admitirmos a possibilidade de refutar uma teoria, como nosso conhecimento de mundo pode avançar? Muitos cientistas sociais rejeitam toda possibilidade de avaliação entre diferentes concepções. Mas como nosso conhecimento de mundo poderá avançar se não se admitir a possibilidade de refutar uma teoria? |
e)
Para sair deste impasse, temos experimentado com razoável dose de sucesso a criação de representações computacionais de conceitos de ciências humanas, pois estas representações permitem criar um espaço de debate objetivo. Temos experimentado com razoável dose de sucesso - para sair deste impasse - a criação de representações computacionais de conceitos de ciências humanas, visto que estas representações permitam criar um espaço de debate objetivo. |
Assinale a opção que apresenta um parágrafo argumentativamente coerente e textualmente coeso para ser inserido no espaço (......).
De 1950 a 1970, o Brasil passou de rural a urbano em função do incremento da população vivendo em cidades. Em poucos anos o país registrou percentual expressivo de residentes urbanos. Naqueles anos, três fatos marcaram a evolução populacional: o declínio da população rural, o aumento da população vivendo em metrópoles e a decisão de introduzir na gestão pública algum grau de planejamento urbano. Nesse período, as ações governamentais tendiam a maximizar os recursos para os serviços de uso comum. A meta era o planejamento compreensivo com visão abrangente dos aglomerados metropolitanos.
(......)
Mas o modelo pretendido pelas metrópoles esbarrou em inúmeros obstáculos e redundou em relativo fracasso. Algumas metrópoles tornaram-se atrativas aos migrantes excluídos de outras regiões. Com isso, sofreram o que se denominou de inchaço urbano.
(Adaptado de Aldo Paviani, Metrópoles brasileiras. Correio Braziliense, 21 de abril de 2008)
a)
Essa visão de totalidade afastaria ações pontuais, por vezes corporativas e clientelistas, que atuavam em pontos específicos, dispersando escassos recursos públicos. |
b)
Além disso, de acordo com a Constituição, cabe aos governos estaduais criar novos entes metropolitanos que minimizariam tais recursos. |
c)
Por isso, esses três fatos não deixariam de ser contemplados nos acurados estudos que fundamentaram o pretendido desenvolvimento de um forte Brasil rural, em apoio a ações governamentais isoladas. |
d)
Em decorrência disso, algumas regiões metropolitanas devem manter um canal aberto com os municípios de onde provêem os trabalhadores não-qualificados, de modo a preservar suas características metropolitanas. |
e)
Nesse sentido, requeria-se a tomada de pontos positivos que nortearam a constituição de antigas aglomerações para que as metas de distribuição de recursos tornassem as metrópoles atrativas aos grandes contingentes populacionais pretendidos. |
O trecho adaptado de Veja, 9 de abril, 2008, foi reescrito com diferentes estratégias de pontuação; assinale a opção em que todos os sinais de pontuação estão corretamente empregados:
a)
A crise financeira que abala os bancos americanos já é uma das piores desde o crash de 1929. Mas as grandes indústrias e prestadoras de serviços não financeiros aprenderam com os erros do passado e, precavidas, acumularam reservas invejáveis nos últimos anos. Por essa razão, a crise atual será menos desastrosa para a economia mundial do que a de 2001. |
b)
A crise financeira que abala os bancos americanos já é uma das piores desde o crash de 1929; mas as grandes indústrias e prestadoras de serviços não financeiros aprenderam com os erros do passado e, precavidas acumularam reservas invejáveis nos últimos anos. Por essa razão a crise atual será menos desastrosa para a economia mundial do que a de 2001. |
c)
A crise financeira que abala os bancos americanos já é uma das piores desde o crash de 1929. Mas as grandes indústrias, e prestadoras de serviços não financeiros, aprenderam com os erros do passado e precavidas acumularam reservas invejáveis nos últimos anos - por essa razão - a crise atual será menos desastrosa, para a economia mundial, do que a de 2001. |
d)
A crise financeira que abala os bancos americanos já é uma das piores desde o crash de 1929; mas as grandes indústrias e prestadoras de serviços não financeiros aprenderam com os erros do passado e - precavidas, acumularam reservas invejáveis nos últimos anos; por essa razão a crise atual será menos desastrosa para a economia mundial do que a de 2001. |
e)
A crise financeira que abala os bancos americanos já é uma das piores desde o crash de 1929, mas as grandes indústrias e prestadoras de serviços não financeiros aprenderam com os erros do passado: e precavidas, acumularam reservas invejáveis nos últimos anos; por essa razão, a crise atual será menos desastrosa para a economia mundial do que a de 2001. |
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