Leia o texto para responder à questão.
Sidarta Ribeiro tem um sonho: convencer educadores de que o sono é decisivo para o aprendizado. O neurocientista do Instituto do Cérebro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) trabalha há anos nessa vertente e agora traz novos dados para tornar esse sonho realidade. Durante seis semanas seu grupo testou a hipótese em 24 alunos de 5º ano do ensino fundamental, com resultados animadores.
Todas as “cobaias” assistiram às mesmas aulas de ciência e história, abrangendo temas curriculares. Na sequência, alguns alunos puderam tirar uma soneca, enquanto outros tiveram outra preleção sobre assunto diverso; outros, ainda, fizeram uma pausa do tipo recreio.
A oportunidade de dormir surgia às 8h15, logo após a primeira aula do dia. O artigo explica que o nascer do sol em Natal ocorre por volta das 5h e que os meninos acordam em geral ali pelas 5h30, chegando à escola bem zonzos, sem dificuldade para cair no sono.
O experimento comprovou que sonecas de 30 a 60 minutos de duração aumentaram em cerca de 10% a retenção do conteúdo. Por outro lado, não se observaram melhoras significativas nos casos em que os alunos dormiam menos de 30 minutos.
Para os autores do estudo, a melhora deve ter sido propiciada pelo estágio 2 de sono, benéfico para a memória declarativa, de curto prazo. Sonecas matutinas também envolvem sono com sonhos, o chamado estágio REM, mais associado com criatividade.
“Estou cada vez mais convencido de que a revolução educacional que o Brasil precisa fazer começa pelo aumento dos salários do magistério e passa em seguida pela otimização da fisiologia (sono, alimentação, exercício) e pela avaliação contínua personalizada via computador”, diz Ribeiro.
(Marcelo Leite. Sonecas de 30 minutos ou mais melhoram aprendizado
na escola. www1.folha.uol.com.br, 02.09.2018. Adaptado)
Segundo a notícia, é correto afirmar que o estudo de Sidarta Ribeiro
a) comprova que alunos com melhores noites de sono apresentam maiores chances de aumentar suas notas.
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b) pode ser reproduzido em qualquer localidade brasileira em que os alunos entrem às 7 horas na escola.
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c) estava em andamento já há algum tempo, mas carecia de dados suficientes para ter validade científica.
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d) demonstra que crianças potiguares têm baixo rendimento escolar pelo fato de o alvorecer se dar muito cedo no estado.
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e) atesta a necessidade de os professores serem mais bem remunerados de modo a garantir uma melhora na educação.
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Assinale a alternativa que apresenta frase cujas ideias estão em conformidade com o que se afirma no texto e com a norma-padrão da língua.
a) Na medida em que alguns alunos estudavam uma matéria, outros participavam da soneca para testar a hipótese de Sidarta.
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b) Alguns alunos que participaram do estudo, já que não tiraram o cochilo, assistiram a aulas específicas de ciência e história.
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c) Visto que dormiram 30 minutos ou menos, alguns alunos não apresentaram melhoras na retenção de conteúdo.
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d) Sidarta Ribeiro está convencido de que a fisiologia é importante, porque o sono melhora a capacidade de retenção de conteúdo.
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e) Não obstante o sol nascer muito cedo, as crianças já estão com sono logo às 8 horas da manhã.
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Os vocábulos animadores e significativas, em destaque no texto, apresentam como sinônimo, respectivamente, no contexto em que se encontram:
a) perenes e relevantes.
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b) primorosos e inteligíveis.
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c) tentadores e sensíveis.
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d) promissores e expressivas.
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e) triviais e representativas.
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Em destaque, encontra-se vocábulo empregado em sentido figurado em:
a)
Sidarta Ribeiro tem um sonho: convencer educadores de que o sono é decisivo para o aprendizado. (1º parágrafo) |
b)
Durante seis semanas seu grupo testou a hipótese em 24 alunos de 5o ano do ensino fundamental… (1º parágrafo) |
c)
… outros, ainda, fizeram uma pausa do tipo recreio. (2º parágrafo) |
d)
O experimento comprovou que sonecas de 30 a 60 minutos de duração aumentaram em cerca de 10% a retenção do conteúdo. (4º parágrafo) |
e)
Para os autores do estudo, a melhora deve ter sido propiciada pelo estágio 2 de sono…(5º parágrafo) |
As vírgulas estão empregadas em conformidade com a norma-padrão da língua em:
a) A hipótese científica que Sidarta quis provar, parece ter finalmente encontrado respaldo científico, após anos de pesquisa.
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b) Sonos com sonhos, por se relacionarem com a criatividade, podem ser os responsáveis pelos bons resultados do estudo.
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c) Convencido de um fato, o pesquisador da UFRN, agora quer convencer também educadores.
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d) O sono REM caracteriza-se, pela atividade cerebral de baixa amplitude, e por episódios de movimentos oculares rápidos.
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e) Foi preciso criar um momento, entre as aulas, para que os alunos tirassem a soneca e pudessem servir de “cobaia”, para o estudo.
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Leia o texto para responder à questão.
Agora o filho começava a andar, brincava com barcos que o velho Francisco fazia. Abandonados num canto, sem um olhar do garoto sequer, um trem de ferro que Rodolfo trouxera, o ursinho barato que Lívia comprara, o palhaço que era presente dos tios de Lívia. O barco feito de um pedaço de mastro que o velho dera valia por tudo. Na bacia onde Lívia lavava roupa o filho navegava. O menino falava na sua língua que lembrava o árabe: — Vovô, fá petá.
O velho Francisco sabia que ele queria que a tempestade desencadeasse sobre a bacia. Como Iemanjá que fazia o vento cair sobre o mar, o velho Francisco inchava as bochechas e desencadeava o nordeste sobre a bacia. O pobre barco rodava sobre si mesmo, andava ao léu do vento rapidamente, o garoto batia palmas com as mãozinhas sujas. O velho Francisco inchava mais as bochechas, fazia o vento
mais forte. As águas da bacia, calmas como as de um lago, se agitavam, ondas varriam o barco que terminava por se encher de água e afundar lentamente. O garoto batia palmas, o velho Francisco via sempre com tristeza o barco ir ao fundo.
Lívia olhava com medo o urso, o palhaço, o trem abandonados. Nunca o garoto fizera o trem descarrilar no passeio da casa. Nunca fizera o urso matar o palhaço. Os destinos da terra não interessavam ao filho. Seus olhos vivos seguiam o pequeno barco na sua luta contra a tempestade que saía das
bochechas do velho Francisco.
(Jorge Amado. Mar morto. Companhia das Letras, 2008. Adaptado)
Segundo o texto, é correto afirmar, quanto aos personagens, que
a)
o interesse maior que o filho tinha pelo barco fazia com que Lívia temesse que os demais brinquedos estivessem amaldiçoados. |
b)
o filho de Lívia se comunicava com o avô em árabe, ainda que com dificuldade, mas o avô o compreendia bem. |
c)
Francisco simulava numa bacia uma tempestade que naufragava o barco de brinquedo, o que entristecia todos. |
d)
Lívia se incomodava com o fato de que sua bacia para lavar roupa era usada para as brincadeiras do filho, pois ele tinha seus próprios brinquedos. |
e)
o velho Francisco atendia às vontades do neto, mesmo que isso significasse simular uma situação que, na vida real, era triste. |
A partir de informações presentes no texto, é correto afirmar que há nele
a) a predominância de ideias narradas em tempo passado, por causa das muitas descrições relacionadas às brincadeiras da criança.
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b) a profusão de vocábulos que qualificam e descrevem os brinquedos do filho de Lívia, para transmitir ao leitor o carinho do filho pelos brinquedos.
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c) o emprego da maioria dos vocábulos em sentido figurado, explicado pela necessidade de transportar o leitor para um mundo irreal.
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d) a necessidade do autor de utilizar vocábulos, como “rapidamente”, para conferir ao seu texto um caráter instrucional.
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e) a repetição de “abandonados”, com o objetivo de mostrar ao leitor que não eram apenas os brinquedos que estavam abandonados, mas toda a família.
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Assinale a alternativa em que o pronome lhe corretamente substitui a expressão destacada.
a) A criança brincava com o barco.
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b) A tempestade desencadeou sobre a bacia.
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c) O barco andava ao léu do vento.
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d) Os destinos terrenos não interessavam ao filho.
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e) Francisco via o barco.
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Está em conformidade com as regras de concordância verbal e nominal da língua a alternativa:
a) Por estarem abandonados, o urso de pelúcia deveria ser doado para alguma outra criança.
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b) O homem inchava as bochechas como a de um baiacu que quer assustar seu predador.
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c) A grafia de algumas palavras podem variar ligeiramente, como “descarrilar” e “descarrilhar”.
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d) A maioria das crianças de hoje em dia brinca com aparelhos que possuem uma tela.
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e) O nordeste é um vento, e também um ponto cardeal, conhecidos por serem mais intensos.
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Assinale a alternativa em que o acento indicativo de crase, foi empregado corretamente.
a) Embarcações pequenas podem ir à pique se a tempestade for muito forte.
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b) Iemanjá, no candomblé, diz respeito à divindade que é mãe de outros orixás.
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c) Havia tempestade, mas o acidente não pode ser atribuído à ela.
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d) À cada vida que se perde no mar, há uma família de pescador que sofre.
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e) O objetivo de uma embarcação é sempre chegar à um porto em segurança.
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