Um dos conceitos mais importantes da filosofia de bem viver é a prática diária do aquietamento da mente - a meditação. A técnica não exige crença, tampouco habilidade. Como perfeitamente coloca o psicólogo britânico John Clark em seu livro A Map of Mental States (Um Mapa dos Estados Mentais): “A meditação é um método pelo qual a pessoa se concentra mais e mais sobre menos e menos”. Porém, em um mundo no qual recebemos continuamente milhares de estímulos sensoriais, em que somos pressionados a saber cada vez mais e sempre há mais para conhecer, em que a competição e o movimento são contínuos e sempre maiores, parar não é tarefa fácil, ainda que seja extremamente simples.
Meditar é parar – estacionar, gradativamente, o fluxo de ondas mentais. Quando o corpo fica imóvel e a mente silencia, o que acontece mesmo? Com a palavra, o genial físico Albert Einstein: “Penso 99 vezes e nada descubro, paro de pensar e a verdade me é revelada”.
ALERTA RELAXADO
O exercício diário da meditação limpa as impurezas impregnadas em nossa mente, como medo, raiva, ansiedade e culpa. Classificadas na Ayurveda (a tradicional medicina indiana) como mais perigosas toxinas que existem, essas emoções negativas nos desequilibram e quando se transformam em hormônios de estresse, causam envelhecimento precoce. Portanto, ao meditar, praticamos um exercício de rejuvenescimento – ao mesmo tempo em que aumentamos a produtividade, a criatividade, a concentração e a inteligência. Mais: a mente apaziguada auxilia na prevenção de doenças e acelera a recuperação física. E ainda é a melhor ferramenta para o autoconhecimento, o autodesenvolvimento e a realização espontânea dos desejos.
Agora, vamos à ação: coluna ereta solas dos pés firmes apoiadas no chão, feche os olhos e coloque atenção na respiração. Observe o ar entrando e saindo dos pulmões. E só. Em inglês, o estado meditativo é definido “restful alertness”, que pode ser traduzido como “estado de alerta relaxado”.
Não é uma delícia? Pratique hoje por 5 minutos, e amanhã, e depois e, gradativamente, vá aumentando esse tempo. O ideal é chegar a meia hora diária. Melhor ainda se conseguir meditar ao amanhecer e no fim do dia. Mas se entre o ideal e o possível a distância é grande, não se incomode. Faça o que der para a sua realidade. Você verá que nesse processo, a cada dia, fica mais fácil viver. Simples assim.
Fonte: Márcia de Luca, Revista Gol, nº 85, abril/2009, p.110.
A leitura do texto permite a compreensão de que:
a)
a prática da meditação, para fazer bem à saúde só terá efeitos se for praticada frequentemente. |
b)
a meditação deve ser praticada com mais frequência pelos idosos. |
c)
a prática da meditação deve ser feita preferencialmente em academias e no fim do dia. |
d)
a meditação é uma prática pertencente somente à cultura ocidental. |
e)
a prática da meditação ajuda a limpar a mente, previne doenças, aumenta a longevidade, a capacidade de concentração e a inteligência. |
O trecho que mostra a fala do físico Albert Einstein possui uma relação de sentido equivalente ao que diz o trecho:
a)
"se entre o ideal e o possível a distância é grande, não se incomode. Faça o que der". |
b)
"a meditação é um método pelo qual a pessoa se concentra mais e mais sobre menos e menos". |
c)
"você verá que nesse processo, a cada dia, fica mais fácil viver. Simples assim". |
d)
"parar não é tarefa fácil, ainda que seja extremamente simples". |
e)
"o ideal é chegar a meia hora diária. Melhor ainda se conseguir meditar ao amanhecer e no fim do dia". |
O texto mostra que meditar é parar, estacionar gradativamente, o fluxo de ondas mentais.
Relacionando essa ideia com a vida diária das pessoas, que exige cada vez mais conhecimento em função da constante competição na sociedade é CORRETO afirmar que:
a)
é impossível praticar a meditação. |
b)
a prática da meditação não se insere nas sociedades ocidentais. |
c)
apesar das exigências do mundo moderno, é possível estabelecer certas paradas em prol de uma vida melhor. |
d)
pessoas que têm uma vida muito ativa não estão preparadas para praticar a meditação. |
e)
meditar requer muita disciplina e comprometimento, portanto não combina com a vida urbana. |
Analisando o trecho do texto, que segue: "Agora, vamos à ação: coluna ereta solas dos pés firmes apoiadas no chão, feche os olhos e coloque atenção na respiração. Observe o ar entrando e saindo dos pulmões. E só," verifica-se que o principal propósito é:
a)
orientar e instruir, objetivamente, a realização de uma tarefa. |
b)
expor às pessoas uma receita de vida saudável. |
c)
relatar um exemplo de relaxamento. |
d)
fornecer exemplo de uma pessoa que se utiliza da meditação para viver bem. |
e)
mostrar uma fórmula sobre como se deve evitar o stress diariamente. |
Pode-se dizer que, pelo objetivo do texto, verifica-se:
a)
uma relação muito estreita entre os locutores do texto. |
b)
um distanciamento entre os locutores. |
c)
relação de antagonismo entre autor e leitor. |
d)
uma imparcialidade necessária ao texto. |
e)
aproximação relativa do autor com o leitor. |
O texto é finalizado com uma proposta de:
a)
reflexão sobre a vida do leitor. |
b)
aconselhamento ao leitor. |
c)
mudança total da vida do leitor. |
d)
garantia de vida equilibrada ao leitor. |
e)
encaminhamentos diversos ao leitor. |
No trecho "A meditação é um método pelo qual a pessoa se concentra mais e mais sobre menos e menos", os termos mais e menos:
a)
possuem o mesmo referente textual. |
b)
apresentam ideias semelhantes. |
c)
excluem-se por veicularem ideias antagônicas. |
d)
expressam ideia relativa à continuidade do texto. |
e)
foram empregados para definir "meditação. |
No texto há a presença das seguintes pessoas discursivas:
a)
Exclusivamente a 3.ª pessoa do singular. |
b)
Somente a 2.ª pessoa do singular. |
c)
3.ª pessoa do singular, 1.ª pessoa do singular e 1.ª do plural. |
d)
3.ª pessoa do singular e 1.ª pessoa do plural. |
e)
3.ª pessoa do singular e 2.ª pessoa do singular. |
O título "Silêncio, por favor" é estruturado predominantemente por meio de:
a)
nomes e verbos. |
b)
nomes e conjunções. |
c)
verbos. |
d)
nomes . |
e)
verbos dinâmicos. |
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