As autoras Strobel e Fernandes (1997) afirmam que “A modalidade gestual-visual espacial pela qual a Libras é produzida e percebida pelos surdos leva, muitas vezes, as pessoas a pensarem que todos os sinais são o desenho no ar referente ao que representam. É claro que, por decorrência de sua natureza linguística, a realização de um sinal pode ser motivada pelas características do dado da realidade a que se refere, mas isso não é uma regra. Portanto, necessita de um aprendizado sistemático”. Analisando a afirmação das autoras, assinale a alternativa correta.
a) Libras é mímica e é apenas uma modalidade de adivinhação.
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b) Libras representa apenas desenhos no ar.
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c) Libras é língua usada pela comunidade surda.
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d) Libras não possui significado linguístico.
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e) Libras só expressa a realidade concreta, não conseguindo expressar conteúdos abstratos.
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Sobre os fatos na história da educação de surdos, é correto afirmar que
a) de acordo com o Decreto 5.626/05, considera-se pessoa surda aquela que, por ter perda auditiva, compreende e interage com o mundo por meio de experiências visuais, manifestando sua cultura principalmente pelo uso da Língua Brasileira de Sinais - Libras.
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b) de acordo com a Lei 10.436, de 2002, é reconhecida como meio legal de comunicação e expressão a Língua Brasileira de Sinais - Libras, comunicação total e outros recursos de expressão a ela associados.
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c) o monge beneditino Pedro Ponce de Leon (1510-1584) estabeleceu, na Itália, a primeira escola para surdos em um monastério de Valladolid e inicialmente ensinava a leitura labial e o oralismo aos dois irmãos surdos.
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d) a primeira escola para surdos foi fundada em 1892, no estado de Minas Gerais, com o nome de Imperial Instituto dos SurdosMudos, e em 1957 houve a substituição da palavra “mudo” pela palavra “educação” e a escola passou a ser chamada de Instituto Nacional de Educação de Surdos– INES.
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e) o congresso de Milão (1980) foi uma grande vitória para a comunidade surda, que aceitou o ensino de língua de sinais em várias instituições no mundo, tornando se um grande avanço.
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Sobre surdez e o sujeito surdo, analise as afirmativas a seguir. I. Os sujeitos surdos não diferenciam uns dos outros pelo grau de surdez. II. A surdez é vista como uma deficiência de acordo com o viés cultural. III. O surdo, quando não é obrigado a olhar-se como ouvinte, se enquadra nos moldes ouvintistas. IV. O tipo de surdez pode ser condutiva, neurossensorial ou mista. Assinale
a) se somente a afirmativa I estiver correta.
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b) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
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c) se somente as afirmativas I e IV estiverem corretas.
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d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
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e) se somente as afirmativas II e IV estiverem corretas.
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Segundo constatamos em diversos autores no campo dos Estudos Culturais, o conceito “artefatos” não se refere apenas a materialismos culturais, mas àquilo que na cultura constitui produções de sujeito que tem seu próprio modo de ser, ver, entender e transformar o mundo (Strobel, 2008). De acordo com a informação acima, analise os itens a seguir buscando identificar quais deles são artefatos culturais do povo surdo. I. Experiência visual e literatura surda. II. Desenvolvimento linguístico e política. III. Família e vida social e esportiva. IV. Artes visuais e fonológicas. Assinale
a) se somente as afirmativas I e IV estiverem corretas.
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b) se somente as afirmativas II, III e IV estiverem corretas.
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c) se somente as afirmativas II e IV estiverem corretas.
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d) se somente as afirmativas I, II e III estiverem corretas.
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e) se somente as afirmativas I, III e IV estiverem corretas.
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Uma jovem surda de zona rural, isolada da comunidade surda, sem conhecimento da língua de sinais tampouco da língua oral, utiliza da sua experiência visual para reconhecer sua rotina e da sua família dentro de casa. Usa apontação, utiliza de alguns sinais convencionados entre ela e sua mãe ouvinte que a faz compreender a hora de comer, dormir, tomar banho, etc. Levando em consideração que a criação desses ‘sinais’ auxilia na representação do cotidiano da jovem no ambiente familiar, assinale a alternativa que corresponde ao artefato cultural a que ele pertence, segundo os conceitos apresentados por Strobel (2008).
a) Literatura Surda.
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b) Desenvolvimento linguístico.
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c) Família.
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d) Vida social e esportiva.
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e) Política.
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“Uma vez a empregada doméstica estava lavando o quintal no fundo da casa e eu ficava sentada observando a água suja de lama e sabão correndo até o bueiro. No meio desta sujeira estava um bicho estranho, de mais ou menos uns seis centímetros, que estava morto. Assustei-me porque associava com o bicho que vi na televisão outro dia, jacaré enorme que comia as pessoas e tive muitas noites de insônias, com medo da existência desse bicho no nosso quintal e que viria me pegar e comer. Só agora que entendo que não era um jacaré, e sim simplesmente uma lagartixa. Não havia ninguém que me informasse sobre isso.” (Strobel, 2008) Este é um relato de uma experiência da autora durante a sua infância. Na época, ela não tinha contato com sujeitos surdos e nem com a comunidade surda. A partir desta informação, escolha o artefato cultural que corresponde com o mencionado pela autora.
a) Experiência visual.
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b) Vida social e esportiva.
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c) Desenvolvimento linguístico.
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d) Família.
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e) Literatura surda.
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Uma criança surda profunda de 5 anos frequenta uma escola próxima à sua residência. Durante o dia, a criança é submetida a atividades que estimulam a audição, a leitura labial e a fala da língua oral, para a compreensão da fala dos outros e da sua própria fala. Recursos manuais como gestos e mímicas também são considerados junto à fala oral para facilitar a comunicação. Nessa escola, o foco da educação é reduzir o bloqueio da comunicação que os surdos vivenciam. Considerando o caso apresentado, assinale a alternativa que corresponde à filosofia educacional para os surdos.
a) Oralismo.
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b) Ensino regular.
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c) Ouvintismo.
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d) Comunicação total.
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e) Inclusão.
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De acordo com os conceitos abordados por Goldfeld (2002), analise as afirmativas a seguir. I. Oralismo - Nas situações de bloqueio de comunicação, não só as crianças surdas sentem-se angustiadas. Seus pais também se sentem deficientes por não conseguirem transmitir aos seus filhos surdos tudo que gostariam. II. Ouvintismo - A noção do contexto comunicativo é primordial para a compreensão do desenvolvimento infantil, já que a linguagem, tendo como função a comunicação e a constituição do pensamento, só pode ser transmitida em um contexto comunicativo, ou seja, pelo diálogo contextualizado e espontâneo. III. Comunicação Total - Valoriza a comunicação e a interação entre surdos e ouvintes, mas não as características históricas e culturais das línguas de sinais que estão presentes de forma subliminar em todas as situação de comunicação em que os falantes participam. IV. Bilinguismo - O ideal é que a criança construa dois sistemas conceituais independentes, pois, dessa forma, ela adquire os conceitos e valores das palavras em oposição às outras palavras da mesma língua, baseando-se nas características culturais dessa língua, e não criando sinônimos entre as duas línguas. De acordo com o pensamento da autora, assinale
a) se somente as afirmativas I, II e IV estiverem corretas.
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b) se somente as afirmativas I, III e IV estiverem corretas.
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c) se somente as afirmativas I, II e III estiverem corretas.
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d) se somente as afirmativas II, III e IV estiverem corretas.
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e) se somente as afirmativas III e IV estiverem corretas.
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“Haveria uma falha na organização gramatical da língua de sinais, que seria derivada das línguas de sinais, sendo um pidgin sem estrutura própria, subordinado e inferior às línguas orais” (Quadros e Karnopp, 2004) A respeito da informação acima, considere que foram produzidas as avaliações a seguir. I. É verdade. As línguas de sinais dependem completamente das línguas orais e não conseguem dar vazão às emoções e aos sentimentos. II. É mito. As línguas de sinais atendem todos os critérios linguísticos de uma língua genuína, no léxico, na sintaxe e na capacidade de gerar infinitas sentenças. III. É verdade. As línguas de sinais são línguas artificiais, não possuem estrutura própria e por isso se tornam totalmente dependente das línguas orais. IV. É mito. As línguas de sinais são completamente independentes das línguas faladas e não possuem uma gramática própria. Assinale
a) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
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b) se somente a afirmativa II estiver correta.
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c) se somente as afirmativas II e IV estiverem corretas.
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d) se somente as afirmativas I, II e III estiverem corretas.
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e) se somente a afirmativa IV estiver correta.
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Carmem, professora de Libras, pediu aos seus alunos do primeiro semestre que assistissem o filme The Hammer (2010) e fizessem um pequeno resumo sobre o que haviam achado do filme. Ela recebeu o seguinte resumo de um aluno: “O filme The Hammer (2010): O filme conta a história de Matt Hamill, um dos maiores lutadores surdos dos Estados Unidos. Matt foi incentivado pelo avô desde criança a praticar luta livre e fez disso seu objetivo de vida. Quando jovem, o Matt ingressa no RIT (Instituto de Tecnologia Rochester), que é um instituto que tem muitos surdos, e ele tem contato com a Libras. O Matt aprende a se comunicar em Libras e começa um romance com uma surda. É muito importante os surdos aprenderem Libras, como também é importante que as pessoas reconheçam que a Libras é a língua dos surdos.” Considerando o relato apresentado, assinale a alternativa correta.
a) O aluno acredita que a língua de sinais seria uma mistura de gestos e mímicas que somente os surdos do RIT compreendem.
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b) O aluno aponta que a língua de sinais é importante para os surdos, mas que possui uma falha na organização gramatical, impossibilitando a compreensão plena.
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c) O aluno compreende a importância da língua de sinais para o surdo, e acredita que há uma única língua de sinais usada por todas as pessoas surdas.
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d) O aluno expõe que a língua de sinais deve ser reconhecida por todos, mas que seria um sistema de comunicação superficial, incapaz de expressar conceitos abstratos.
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e) O aluno aponta que as línguas de sinais tem origem da comunicação gestual espontânea dos ouvintes e não deve ser aprendida pelos surdos.
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