O documentário E Agora? pretende revelar detalhes do tráfico de aves silvestres no Brasil. Segundo o produtor Fábio Cavalheiro, o longa-metragem apresentará cenas de flagrantes de tráfico, as rotas do comércio ilegal e entrevistas com autoridades e representantes de ONGs.
A Agência Nacional de Cinema (Ancine) aprovou o projeto e, agora, busca-se patrocínio. A ONG SOS Fauna, especializada em resgates, foi uma das orientadoras para a produção do filme.
O longa também se propõe a discutir outro problema: o fato de que, mesmo quando salvas das mãos dos traficantes, muitas aves não são reintroduzidas na natureza.
Além da versão final editada para o cinema, as entrevistas e materiais pesquisados estarão disponíveis para pesquisadores que queiram se aprofundar no tema. A intenção é a de que o filme contribua para a educação – e, por isso, será oferecido para estabelecimentos de ensino.
Entre as espécies mais visadas pelos traficantes estão papagaios, a araponga, o pixoxó, o canário-da-terra, o tico-tico, a saíra-preta, o galo-de-campina, sabiás e bigodinho.
(O Estado de S. Paulo, A30 Vida, Planeta, 21 de novembro de 2010)
O assunto do texto está corretamente resumido em:
a)
Um longa-metragem, em forma de documentário, abordará o tráfico de aves silvestres no Brasil, e terá objetivos educativos. |
b)
A Ancine deverá escolher e patrocinar a realização de alguns projetos de filmes educativos, destinados às escolas brasileiras. |
c)
ONGs voltadas para a proteção de aves silvestres buscam a realização de novos projetos, como a de filmes educativos. |
d)
Várias espécies de aves silvestres encontram-se em extinção, apesar dos constantes cuidados de ONGs destinadas à sua proteção. |
e)
Apesar das intenções didáticas, filme sobre tráfico de aves silvestres não atinge sua finalidade educativa. |
O texto informa claramente que:
a)
o produtor do documentário sobre aves silvestres baseou-se em entrevistas com pesquisadores para desenvolver o roteiro do filme. |
b)
as discussões referentes aos diversos problemas que colocam em perigo as aves silvestres já estão em andamento na Ancine. |
c)
algumas Organizações Não Governamentais estão se propondo a proteger aves silvestres capturadas e a preparar seu retorno à natureza. |
d)
o objetivo principal do documentário será oferecer subsídios a pesquisadores interessados em estudos sobre aves silvestres brasileiras. |
e)
o projeto do documentário sobre o tráfico de aves silvestres já foi aprovado, mas ainda não há patrocinador para sua produção. |
O longa também se propõe a discutir outro problema: o fato de que, mesmo quando salvas das mãos dos traficantes, muitas aves não são reintroduzidas na natureza.
Considere as afirmativas seguintes, a respeito do parágrafo reproduzido:
I. Os dois pontos introduzem um segmento que especifica o sentido da expressão anterior a eles, outro problema.
II. O segmento isolado por vírgulas no período tem sentido concessivo.
III. Transpondo para a voz ativa a última oração do período, ela deverá ser: os traficantes não reintroduzem muitas aves na natureza.
Está correto o que se afirma APENAS em:
a)
I e II. |
b)
I e III. |
c)
II e III. |
d)
III. |
e)
II. |
A intenção é a de que o filme contribua para a educação ... (4.º parágrafo)
O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo em que se encontra o grifado está em:
a)
... e, agora, busca-se patrocínio. |
b)
A Agência Nacional de Cinema (Ancine) aprovou o projeto ... |
c)
... o longa-metragem apresentará cenas de flagrantes de tráfico ... |
d)
... que queiram se aprofundar no tema. |
e)
... e, por isso, será oferecido para estabelecimentos de ensino. |
A profissão de bufarinheiro está regulamentada; contudo, ninguém mais a exerce, por falta de bufarinhas*. Passaram a vender sorvetes e sucos de fruta, e são conhecidos como ambulantes.
Conheci o último bufarinheiro de verdade, e comprei dele um espelhinho que tinha no lado oposto a figura de uma bailarina nua. Que mulher! Sorria para mim como prometendo coisas, mas eu era pequeno, e não sabia que coisas fossem. Perturbava-me.
Um dia quebrei o espelho, mas a bailarina ficou intata. Só que não sorria mais para mim. Era um cromo como outro qualquer. Procurei o bufarinheiro, que não estava mais na cidade, e provavelmente teria mudado de profissão. Até hoje não sei qual era o mágico: se o bufarinheiro, se o espelho.
* bufarinhas − mercadorias de pouco valor; coisas insignificantes.
(Carlos Drummond de Andrade. Contos plausíveis, in Prosa Seleta. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2003, p.89)
O texto se desenvolve como:
a)
depoimento de uma criança sobre o espelhinho que tinha no lado oposto a figura de uma bailarina nua, registrado em sua memória. |
b)
discussão em torno da importância de certas profissões, ainda que se destinem ao comércio de bufarinhas. |
c)
crítica a um tipo de vendedores que não se preocupa com valores morais, como no caso da figura da bailarina nua vendida a uma criança. |
d)
relato de caráter pessoal, em que o autor relembra uma situação vivida quando era pequeno e reflete sobre ela. |
e)
ensaio de caráter filosófico, em que o autor questiona o dilema diante de certos fatos da vida, apontado na dúvida final: Até hoje não sei qual era o mágico. |
É INCORRETO afirmar que:
a)
A exclamação Que Mulher! cria uma incoerência no contexto, por referir-se a uma figura feminina que era, na verdade, um cromo como outro qualquer. |
b)
Percebe-se, na fala do contista, certa nostalgia em relação aos bufarinheiros, que vendiam sonhos, embutidos nas pequenas coisas. |
c)
Bufarinheiro é uma palavra atualmente em desuso no idioma, porém é possível entender seu sentido no decorrer do texto. |
d)
Uma possível conclusão do texto é a de que a verdadeira mágica estava no encanto da criança, quebrado com o espelho partido. |
e)
No parágrafo o autor constata mudança de hábitos na substituição das bufarinhas por sorvetes e sucos de fruta. |
Na Academia Brasileira de Letras, há um salão bonito, mas um pouco sinistro. É o Salão dos Poetas Românticos, com bustos dos nossos principais românticos na poesia: Castro Alves, Gonçalves Dias, Casimiro de Abreu, Fagundes Varela e Álvares de Azevedo.
Os modernistas de 22, e antes deles os parnasianos, decidiram avacalhar com essa turma de jovens, que trouxe o Brasil para dentro de nossa literatura. Foram os românticos, na prosa e no verso, que colocaram em nossas letras as palmeiras, os índios, as praias selvagens, o sabiá, as borboletas de asas azuis, a juriti − o cheiro e o gosto de nossa gente. Não fosse o romantismo, ficaríamos atrelados ao classicismo das arcádias, à pomposidade do verso burilado. Sem falar nos poemas-piadas, a partir de 1922, todos como vanguarda da vanguarda.
Foram jovens. Casimiro morreu com 21 anos, Álvares de Azevedo com 22, Castro Alves com 24, Fagundes Varela com 34. O mais velho de todos, Gonçalves Dias, mal chegara aos 40 anos. O Salão dos Poetas Românticos é também sinistro pois é de lá que sai o enterro dos imortais, que morrem como todo mundo.
(Adaptado de Carlos Heitor Cony "Salão dos românticos". FSP, 16/12/2010)
No 2.º parágrafo, identifica-se:
a)
aceitação, com ressalvas, do fato de a escola romântica ser considerada superior à parnasiana por esta última não ter sido produzida por jovens talentos. |
b)
elogio à produção literária dos autores parnasianos, cujas obras clássicas teriam inspirado o modernismo de 22. |
c)
comparação do movimento de 22 com o romantismo, e conclusão de que o primeiro, mais ousado, é superior ao segundo. |
d)
reflexão a respeito do valor dos poetas românticos brasileiros, que teriam sido injustamente criticados por parnasianos e modernistas. |
e)
constatação dos inúmeros defeitos da produção literária modernista, com base na falta de seriedade de seus autores. |
... pois é de lá que sai o enterro dos imortais, que morrem como todo mundo. (final do texto)
A frase :
a)
aponta a desvalorização dos escritores que já foram considerados os melhores do país. |
b)
produz efeito humorístico advindo do paradoxo causado por um jogo de palavras com os conceitos de mortalidade e imortalidade. |
c)
conclui que apenas os autores românticos merecem ser chamados de imortais. |
d)
repudia com sarcasmo o privilégio oferecido aos autores da Academia, pois são mortais como os demais escritores. |
e)
estabelece oposição à ideia de que o Salão dos Poetas Românticos teria algo de fúnebre. |
O cheiro e o gosto de nossa gente. (2.º parágrafo)
O segmento configura-se como:
a)
ressalva ao que foi afirmado antes. |
b)
síntese valorativa da enumeração que o antecede. |
c)
causa dos fatos que foram apresentados. |
d)
opinião que sintetiza a ideia principal do parágrafo. |
e)
explicação que complementa o termo imediatamente anterior. |
Copyright © Tecnolegis - 2010 - 2024 - Todos os direitos reservados.