1 Em 1880, o deputado Rui Barbosa, da Bahia, redigiu, a pedido do presidente do Conselho de Ministros, José Antônio Saraiva, o projeto de lei de reforma eleitoral. Em abril de 1880, 4 o Ministério do Império enviaria o documento à Câmara dos Deputados. Aprovado posteriormente pelo Senado, em janeiro do ano seguinte seria transformado no Decreto n.º 3.029 e 7 ficaria popularmente conhecido como Lei Saraiva. Por intermédio dela, seriam instituídas eleições diretas no país para todos os cargos, à exceção do de regente, amparado pelo Ato 10 Adicional. Naquela época, o voto não era universal: para participar do processo eleitoral, requeriam-se 200 mil réis de 13 renda líquida anual comprovada. Havia, no entanto, a previsão de dispensa de comprovação de rendimentos, que se aplicava a inúmeras autoridades, como, entre outros, ministros, 16 conselheiros de estado, bispos, presidentes de província, deputados, promotores públicos. Praças militares e policiais não podiam alistar-se. 19 Para candidatar-se, o cidadão, além de não ter sido pronunciado em processo criminal, deveria auferir renda proporcional à importância do cargo pretendido. Deveria, 22 ainda, solicitar por escrito o seu alistamento na paróquia em que fosse domiciliado. Candidatos a vereador e a juiz de paz tinham apenas de comprovar residência no município e no 25 distrito por mais de dois anos; candidatos a deputado provincial, dois anos na província; candidatos a deputado geral, renda anual de 800 mil réis; e candidatos a senador deviam 28 comprovar, além da idade de quarenta anos, a percepção de renda anual de um milhão e seiscentos mil réis. Uma modificação digna de nota é que, a partir daquela 31 década, os trabalhos eleitorais não seriam mais precedidos de cerimônias religiosas, como era habitual antes da edição da Lei Saraiva. Refletindo a relação entre o Estado e a Igreja, já havia 34 ocorrido que algumas eleições fossem realizadas em templos religiosos; a partir da lei, apenas na falta de outros edifícios os pleitos poderiam ser realizados em igrejas, muito embora fosse 37 possível afixar nelas — como locais públicos que eram — editais informando eliminações, inclusões e alterações nos alistamentos.
Títulos eleitorais: 1881-2008. Brasília: Tribunal Superior
Eleitoral, Secretaria de Gestão da Informação, 2009, p. 11-2.
Internet: < www.tse.jus.br > (com adaptações).
Julgue o item que se segue com base nas ideias do texto I.
A partir da entrada em vigor da Lei Saraiva, a Igreja deixou de interferir nas questões de Estado.
Certa. |
Errada. |
Julgue o item que se segue com base nas ideias do texto I.
De acordo com o texto, cartazes com informações eleitorais poderiam ser afixados em locais públicos.
(Questão anulada)Certa. |
Errada. |
Julgue o item que se segue com base nas ideias do texto I.
As eleições diretas no Brasil tiveram início em 1880.
Certa. |
Errada. |
Julgue o item que se segue com base nas ideias do texto I.
A possibilidade de eleição direta para o cargo de regente não foi considerada pela Lei Saraiva.
Certa. |
Errada. |
Julgue o item que se segue com base nas ideias do texto I.
Na época a que o texto se refere, todo candidato a cargo público deveria comprovar o atendimento a requisitos de idade e rendimento anual.
Certa. |
Errada. |
Com relação às estruturas linguísticas do texto I, julgue o item seguinte.
Caso a vírgula que sucede o vocábulo "eleitoral" (L.12) fosse suprimida, o sentido do texto seria preservado, mas não a sua correção gramatical.
Certa. |
Errada. |
Com relação às estruturas linguísticas do texto I, julgue o item seguinte.
Na linha 26, as vírgulas empregadas após os vocábulos "provincial" e "geral" evitam a repetição da expressão "tinham apenas de comprovar", já expressa na linha 24.
Certa. |
Errada. |
Com relação às estruturas linguísticas do texto I, julgue o item seguinte.
O tempo empregado nas formas verbais “enviaria” (L.4), “seria transformado” (L.6), “ficaria” (L.7) e “seriam instituídas” (L.8) dá a entender que as ações correspondentes a essas formas verbais não se concretizaram, de fato, no ano de 1880.
Certa. |
Errada. |
1 A votação paralela é um mecanismo adotado pela justiça eleitoral para confirmar a credibilidade do sistema de voto eletrônico. Na véspera da eleição, em cada um dos vinte 4 e sete tribunais regionais eleitorais (TREs), são sorteadas uma seção da capital e de duas a quatro seções do interior em cada estado e no Distrito Federal (DF) para a cessão de urnas a 7 serem testadas. Logo a seguir, os equipamentos são retirados dos seus locais de origem e levados, ainda no sábado, para as sedes dos 10 TREs, onde permanecem sob vigilância. Na semana que antecede o dia da votação, representantes de partidos políticos são convocados pelos 13 TREs para preencherem certa quantidade de cédulas de votação. Esses votos em cédulas são depositados em urnas de lona lacradas. 16 Na votação paralela, o conteúdo das cédulas é digitado nas urnas eletrônicas sorteadas. Ao final, confrontam-se os resultados do boletim das urnas eletrônicas com aqueles 19 obtidos no computador. Os juízes eleitorais, após serem informados pelos magistrados dos TREs de que urnas de sua seção foram 22 sorteadas, providenciam a substituição dos equipamentos por outros do estoque de reserva. Em cada estado e no DF, há uma comissão de votação 25 paralela para cuidar da organização e condução dos trabalhos, composta por um juiz de direito e quatro servidores da justiça eleitoral.
Por dentro da urna. Brasília: Tribunal Superior
Eleitoral, 2010, 2.ª ed., rev. e atual., p. 15-16.
Internet: < www.tse.jus.br > (com adaptações).
Cada item a seguir apresenta uma proposta de reescrita de trecho do texto II — indicado entre aspas —, que deve ser julgada certa se estiver gramaticalmente correta e mantiver o sentido do texto, ou errada, em caso contrário.
“A votação paralela (...) de voto eletrônico” (L. de 1 a 3): O mecanismo adotado pela justiça eleitoral para confirmar a credibilidade do sistema de voto eletrônico é chamado de votação paralela.
Certa. |
Errada. |
Cada item a seguir apresenta uma proposta de reescrita de trecho do texto II — indicado entre aspas —, que deve ser julgada certa se estiver gramaticalmente correta e mantiver o sentido do texto, ou errada, em caso contrário.
“são sorteadas (...) e no Distrito Federal (DF)” (L. de 4 a 6): é sorteada uma seção da capital e entre duas e quatro seções do interior em cada estado e no Distrito Federal (DF).
Certa. |
Errada. |
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