Dos crimes abaixo mencionados, qual não fica sujeito à lei brasileira pela aplicação do princípio da extraterritorialidade incondicionada:
a)
De homicídio cometido no estrangeiro contra o Presidente da República; |
b)
De latrocínio cometido no estrangeiro contra o Presidente da República; |
c)
De constrangimento ilegal cometido no estrangeiro contra o Presidente da República; |
d)
De ameaça cometido no estrangeiro contra o Presidente da República; |
e)
De sequestro praticado no estrangeiro contra o Presidente da República |
Quanto ao tempo do crime, é correto afirmar:
O ordenamento jurídico pátrio adotou, quanto ao tempo do crime, a Teoria da Atividade, nos termos do art. 4.° do CódigoPenal:
"Art. 4.º Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado."
Não seria demais lembrar, no ensejo, a palavra mnemônica que poderá ser de utilidade para assimilação deste conteúdo:
LUTA ⇒ L ugar do crime = U biquidade e T empo do Crime = A tividade
a)
Para nosso Código Penal, considera-se praticado o crime quando o agente atinge o resultado, ainda que seja outro o momento da ação ou omissão, vez que adotamos a teoria da atividade; |
b)
Para nosso Código Penal, vez que adotada a teoria da ubiquidade ou mista, considera-se praticado o crime quando o agente atinge o resultado nos crimes materiais, ou no caso dos delitos de mera conduta, no momento da ação ou omissão; |
c)
O adolescente Semprônio, um dia antes de completar 18 anos, querendo ainda aproveitar-se de sua inimputabilidade, desfere tiros contra a vítima Heráclito, que somente vem a falecer uma semana após. Neste caso, graças à adoção da teoria do resultado pelo nosso Código Penal, Semprônio não se verá livre de responder pelo crime de homicídio; |
d)
No caso dos crimes permanentes - exceções que são à teoria do resultado adotada pelo Código Penal - considera-se praticado o delito no momento do início da execução; |
e)
Para nosso Código Penal, considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, mesmo que ainda seja outro o momento do resultado, vez que adotada a teoria da atividade. |
Assinale a alternativa incorreta:
a)
Diz-se "tentativa imperfeita" ou "propriamente dita", quando o processo executório do crime é interrompido por circunstâncias alheias à vontade do agente; |
b)
No dito "crime falho" ou "tentativa perfeita", apesar do agente realizar toda a fase de execução do crime, o resultado não ocorre por circunstâncias independentes de sua vontade; |
c)
Os crimes culposos, os omissivos próprios, omissivos impróprios, e os preterdolosos não admitem tentativa; |
d)
O dolo no crime tentado é o mesmo do crime consumado; |
e)
A denominada "tentativa inidônea", ocorre quando, por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do objeto, é impossível consumar-se o crime. |
Assinale a alternativa incorreta:
a)
Segundo a sistemática do Código Penal, a desistência voluntária é compatível com a tentativa perfeita ou crime falho; |
b)
O chamado arrependimento posterior, nos moldes previstos no Código Penal, é causa de redução de pena; |
c)
Para que o agente somente responda pelos atos já praticados, o chamado arrependimento eficaz deve ser suficiente para impedir a ocorrência resultado, pouco importando, a voluntariedade do arrependimento do agente ou a reparação posterior do dano, caso o resultado venha a ocorrer; |
d)
Segundo a doutrina, para a que ocorra a desistência voluntária ou o arrependimento eficaz, basta voluntariedade por parte do agente, não sendo exigida espontaneidade em sua decisão de abandonar a trajetória criminosa ou de impedir a ocorrência do resultado; |
e)
Pode-se afirmar que a desistência voluntária é incabível nos chamados crimes unissubsistentes. |
Assinale a alternativa correta:
a)
No crime comissivo por omissão ou omissivo impróprio inexiste o dever jurídico de agir, não respondendo o omitente pelo resultado, mas pela própria prática da conduta omissiva, podendo ser citado, como exemplo, o crime de omissão de socorro. Já no crime omissivo próprio o omitente devia e podia agir para evitar o resultado; |
b)
No crime omissivo próprio o agente responde pelo resultado que deu causa. Já no caso do crime omissivo impróprio este se aperfeiçoa com a simples omissão; |
c)
Os denominados delitos omissivos próprios, como os omissivos impróprios ou comissivos por omissão, são considerados crimes de mera conduta, posto que a omissão não pode dar causa a qualquer resultado; |
d)
Os denominados crimes omissivos próprios admitem tentativa; |
e)
o crime omissivo próprio o omitente não responde pelo resultado, perfazendo-se o crime com a simples omissão do agente, podendo ser citado, como exemplo, o crime de omissão de socorro. Já no crime comissivo por omissão ou omissivo impróprio o omitente devia e podia agir para evitar o resultado. |
Segundo a sistemática do Código Penal, assinale a alternativa incorreta:
a)
É isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas circunstâncias, supõe situação de fato que, se existisse, tornaria a ação legítima; |
b)
O erro sobre a ilicitude do fato, se inevitável, isenta de pena; |
c)
O erro sobre a ilicitude do fato se evitável, diminui a pena em um sexto; |
d)
Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em estrita obediência a ordem, não manifestamente ilegal, de superior hierárquico, só é punível o autor da coação ou da ordem; |
e)
O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas permite a punição por crime culposo, se previsto em lei. |
Pode excluir a imputabilidade penal:
a)
A embriaguez voluntária; |
b)
A embriaguez acidental completa proveniente de caso fortuito; |
c)
A paixão; |
d)
A emoção; |
e)
A embriaguez culposa. |
Assinale a alternativa incorreta:
a)
Crime unissubsistente é aquele que se consuma com a prática de um único ato, como, por exemplo, a injúria verbal; |
b)
Crime unissubjetivo é aquele que possui um único verbo núcleo na descrição típica da conduta, como, por exemplo, o homicídio; |
c)
Crime plurissubsistente é aquele que se consuma com a prática de mais de um ato, como, por exemplo, o estelionato; |
d)
Crime pluriofensivo é aquele que atinge mais de um bem jurídico, como, por exemplo, o latrocínio; |
e)
Crime não transeunte é aquele que deixa vestígios, como, por exemplo, o homicídio. |
Assinale a alternativa incorreta:
a)
Semprônio pretendendo matar seu pai Tício, desfere disparos de arma de fogo contra este, enquanto Tício conversava com seu vizinho Esmenio. Entretanto por erro na execução, Semprônio acaba apenas por atingir e matar Esmenio. Neste caso Semprônio responderá pelo crime de homicídio doloso, com a incidência da agravante genérica prevista no art. 61, II, letra "a" do CP (ter praticado o crime contra ascendente); |
b)
Semprônio pretendendo matar seu vizinho Esmenio, desfere disparos de arma de fogo contra Esmenio enquanto ele conversava com Tício pai de Semprônio. Entretanto por erro na execução, Semprônio acaba apenas por atingir e matar Tício. Neste caso Semprônio responderá pelo crime de homicídio doloso, sem a incidência da agravante genérica prevista no art. 61, II, letra "a" do CP (ter praticado o crime contra ascendente); |
c)
Semprônio pretendendo matar seu vizinho Esmenio, desfere contra ele disparos de arma de fogo, enquanto Esmenio conversava com Tício, pai de Semprônio. Entretanto por erro na execução, além de atingir e matar Esmenio, também atinge e mata seu pai Tício. Neste caso Semprônio responderá por crime de homicídio doloso, com a aplicação da regra prevista para o concurso formal de crimes; |
d)
Semprônio pretendendo lesionar seu vizinho Esmenio, e visualizando que este se encontrava na sala distraído, arremessa uma pedra através da vidraça da residência de Esmenio. Entretanto por erro na execução do crime, a pedra acaba por atingir o aparelho de televisão da sala, danificando-o. Neste caso Semprônio responderá por crime de dano; |
e)
Semprônio pretendendo lesionar seu vizinho Esmenio, e visualizando que este se encontrava na sala distraído, arremessa uma pedra através da vidraça da residência de Esmenio. Entretanto por erro na execução do crime, além da pedra atingir e lesionar superficialmente Esmenio, acaba também por acertar e danificar o aparelho de televisão da sala. Neste caso Semprônio responderá apenas por crime de lesões corporais leves. |
Sobre a interceptação de comunicações telefônicas assinale a alternativa incorreta:
a)
Somente pode ser autorizada judicialmente quando o objeto de investigação versar sobre crimes punidos com reclusão; |
b)
Somente pode ser autorizada judicialmente quando não houver outros meios disponíveis para a produção da prova; |
c)
Não cabe interceptação telefônica para a produção de prova para fins de propositura de ação civil pública. |
d)
Apesar da impossibilidade de autorização de interceptação telefônica para fins que não seja o de investigação ou instrução criminal, a prova colhida pode ser compartilhada, mediante autorização judicial, para fundamentar uma ação civil pública; |
e)
Somente cabe pedido de interceptação telefônica para produção de prova que se destinar a instruir investigação criminal em inquérito policial. |
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