Atenção: A(s) questão(ões) seguinte(s) refere(m)-se ao texto abaixo.
Érico Veríssimo nasceu no Rio Grande do Sul (Cruz Alta) em 1905, de família de tradição e fortuna que repentinamente perdeu o poderio econômico. Malogrado, assim, um plano de estudar na Universidade de Edimburgo, viu-se na contingência de ocupar empregos medíocres, até que se fez secretário da Revista do Globo, em Porto Alegre, para onde se transferiu definitivamente. Seus primeiros trabalhos apareceram em livro, em 1932, sendo do ano seguinte o romance de estreia, Clarissa, que marca muito bem o início da sua popularidade. Desde então passou a exercer uma intensa atividade literária, tendo estado mais de uma vez em missão cultural nos Estados Unidos. Faleceu em Porto Alegre em 1975.
A obra do ficcionista, já perfeitamente definida, abrange duas etapas: uma que se estende de Clarissa a O resto é silêncio; outra que compreende o romance cíclico O tempo e o vento. No primeiro caso, podemos falar também numa realização seriada, unificando determinados romances que, não obstante, podem ser tomados isoladamente. Seu traço de união é determinado pela presença contínua e entrelaçada de certos personagens, destacadamente os pares Vasco-Clarissa e Noel-Fernanda, que se completam entre si e demonstram a solução ideal que o romancista pretende encontrar para as crises morais e espirituais do homem no mundo atual. Na segunda fase, o romancista preocupa-se com a investigação das origens e formação do seu Estado natal. Realiza então a obra cíclica que recebeu a denominação geral de O tempo e o vento, de proporções verdadeiramente épicas. Retoma a experiência técnica e expressiva da primeira fase, em que foi fecunda a influência de romancistas norte-americanos e ingleses.
(Adaptado de Antonio Candido e José Aderaldo Castello. Presença da Literatura
Brasileira. II. Modernismo. 10.ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1997. p. 366-7)
Os autores afirmam que a obra de Érico Veríssimo apresenta duas fases que
a)
têm em comum a continuidade entre os romances que as compõem, sendo tal característica mais específica da segunda do que da primeira fase. |
b)
compartilham os mesmos personagens, ainda que apareçam na primeira fase num contexto universal e, na segunda, num ambiente mais propriamente regional. |
c)
diferenciam-se pela influência exercida pelo romance norte-americano e inglês, marcante na segunda etapa e ausente da primeira. |
d)
podem ser vistas como uma só, na medida em que as histórias narradas nos romances da primeira etapa têm continuação naqueles da segunda. |
e)
são inteiramente distintas, tanto no que se refere aos personagens e à ambientação, como aos procedimentos formais na composição dos romances. |
O texto estabelece relação de causa e consequência entre estes dois segmentos:
a)
família [...] que repentinamente perdeu o poderio econômico e viu-se na contingência de ocupar empregos medíocres. |
b)
presença contínua e entrelaçada de certos personagens e crises morais e espirituais do homem no mundo atual. |
c)
nasceu no Rio Grande do Sul e Malogrado [...] um plano de estudar na Universidade de Edimburgo. |
d)
família [...] que repentinamente perdeu o poderio econômico e crises morais e espirituais do homem no mundo atual. |
e)
viu-se na contingência de ocupar empregos medíocres e se fez secretário da Revista do Globo, em Porto Alegre. |
... o romance de estreia, Clarissa, que marca muito bem o início da sua popularidade.
O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima está empregado em:
a)
Seu traço de união é determinado pela presença contínua e entrelaçada de certos personagens ... |
b)
Seus primeiros trabalhos apareceram em livro, em 1932 ... |
c)
... o romancista preocupa-se com a investigação das origens e formação do seu Estado natal. |
d)
Érico Veríssimo nasceu no Rio Grande do Sul (Cruz Alta) em 1905 ... |
e)
A obra do ficcionista [...] abrange duas etapas ... |
A substituição do segmento grifado pelo pronome correspondente, com os necessários ajustes, foi realizada corretamente em:
a)
contingência de ocupar empregos medíocres = contingência de lhes ocupar |
b)
que recebeu a denominação geral de O tempo e o vento = que recebeu-na |
c)
passou a exercer uma intensa atividade literária = passou a exercê-la |
d)
demonstram a solução ideal = demonstram-la |
e)
outra que compreende o romance cíclico O tempo e o vento = outra que lhe compreende |
Érico Veríssimo nasceu no Rio Grande do Sul (Cruz Alta) em 1905, de família de tradição e fortuna que repentinamente perdeu o poderio econômico.
O advérbio grifado na frase acima tem o sentido de:
a)
à revelia |
b)
de súbito. |
c)
de imediato |
d)
dia a dia. |
e)
na atualidade. |
No primeiro caso, podemos falar também numa realização seriada, unificando determinados romances que, não obstante, podem ser tomados isoladamente.
Respeitando-se a correção, a clareza e, em linhas gerais, o sentido original, a frase acima pode ser reescrita do seguinte modo:
a)
Em que pese, no primeiro caso, podemos falar de determinados romances que é possível serem tomados de maneira isolada, igualmente o sendo numa realização seriada. |
b)
No primeiro caso, podendo serem tomados de maneira isolada, sendo possível falar também numa realização seriada, mesmo que não se unifique determinados romances. |
c)
Não obstante ser possível falar numa realização em série, no primeiro caso, unificando determinados romances, que também se toma de modo isolado. |
d)
No primeiro caso, de cujos determinados romances podem ser tomados de modo isolado, podemos falar igualmente numa realização em série, unificando-os. |
e)
No primeiro caso, ainda que possam ser tomados de maneira isolada, determinados romances podem ser unificados, falando-se também numa realização em série. |
O dia começava a clarear quando terminei de transportar para a pauta o primeiro movimento duma sonata. Atirei-me na cama tão extenuado, que ...... imediatamente. Quando despertei, o sol ...... já no zênite. ...... à mente os acontecimentos do dia anterior e eu disse para mim mesmo: “Foi tudo um sonho.” Mas não! Encontrei sobre o peito papel pautado com o primeiro movimento da sonata.
(Erico Verissimo. Sonata. Contos. 10.ed. Rio de Janeiro: Globo, 1987. p.74)
Preenchem corretamente as lacunas do trecho acima transcrito, na ordem dada,
a)
dormiria - estivera - Viera-me |
b)
dormia - estivera - Viram-me |
c)
dormi - estivesse - Viriam-me |
d)
dormi - estava - Vieram-me |
e)
dormia - esteve - Viram-me |
Atenção: A(s) questão(ões) seguinte(s) refere(m)-se ao texto abaixo.
A prova de que o mundo não vai acabar fica bem atrás de uma pesada porta de metal dourada, pintada com hieróglifos. A porta leva do Museu do Livro diretamente à sala do tesouro da Biblioteca Estatal e Universitária de Dresden. As paredes são pintadas de preto, uma luz pálida dificulta a visão e um mistério parece pairar no ar.
A sala guarda escritos seculares como, por exemplo, um cone de argila da Suméria de quase 4 mil anos, um livro de orações hebraico e uma Missa em si menor, de Johann Sebastian Bach. No meio do recinto, repousa o maior tesouro, dentro de uma caixa de vidro: o mundialmente famoso calendário maia, composto de uma tira de papel amate de 3,5 metros, dobrada em 39 folhas.
É uma boa notícia que haja um calendário como o da biblioteca de Dresden, porque a maioria dos documentos da cultura maia foi destruída. “Quando os europeus conquistaram o México, os deuses maias eram tão estranhos para eles que o bispo Diego de Landa ordenou que todos os 5 mil livros maias fossem queimados”, conta Thomas Bürger, diretor da biblioteca.
O calendário é originário do início do século 16, tendo sido produzido pouco antes da conquista espanhola, embora os pesquisadores não tenham uma datação mais precisa e não saibam a forma como o documento chegou da América Latina para a Europa. Relatos dão conta de que o bibliotecário e capelão da corte Christian Götze o descobriu em 1739, durante uma viagem de compras a Viena, de onde o levou para a Biblioteca Real, em Dresden.
Somente cem anos depois, descobriu-se que o documento é um manuscrito maia. O então diretor da biblioteca, Ernst Wilhelm Förstemann, conseguiu decifrar grande parte da escrita histórica, marcando o dia 21 de dezembro de 2012 como uma data importante. Nesse dia, começa um novo ciclo de 400 anos, o 14.º baktun. O tão falado apocalipse é, portanto, apenas uma das possíveis interpretações dessa data.
(Adaptado de Claudia Euen. CartaCapital, 20 de dezembro de 2012, http://www.cartacapital.com.br/
sociedade/calendariomaia-que-inspirou-crenca-no-fim-do-mundo-esta-em-dresden/)
O texto permite concluir que
a)
a descoberta de que se tratava de um documento maia teria sido fundamental para que a biblioteca de Dresden adquirisse o famoso calendário. |
b)
o começo de um novo ciclo de 400 anos, que se daria em 21 de dezembro de 2012, foi interpretado como o dia em que o mundo iria acabar. |
c)
a data de 1739 em que o calendário teria sido descoberto em Viena é apenas hipotética, pois não se sabe exatamente quando e como ele teria chegado à Europa. |
d)
o famoso calendário apenas teria sido salvo da destruição porque os espanhóis não sabiam que se tratava de um manuscrito maia. |
e)
o manuscrito é ainda tratado como um documento sagrado e apto a revelar o futuro, o que pode ser demonstrado pelo modo com que é guardado. |
O segmento cujo sentido está adequadamente expresso em outras palavras é:
a)
pintada com hieróglifos = recoberta com cifrões |
b)
escritos seculares = caracteres mundanos |
c)
conseguiu decifrar = logrou decodificar |
d)
parece pairar no ar = semelha ofuscar |
e)
capelão da corte = militar do reino |
Atente para as frases transcritas abaixo.
I. Nesse dia, começa um novo ciclo de 400 anos ... (os 400 anos de um novo ciclo)
II. ... que haja um calendário como o da biblioteca de Dresden ... (calendários como o da biblioteca de Dresden)
III. Somente cem anos depois, descobriu-se que o documento ... (as 39 folhas do documento)
IV. No meio do recinto, repousa o maior tesouro ... (as 39 folhas do calendário maia)
Considerada a substituição dos segmentos grifados pelos que estão entre parênteses ao final de cada uma das transcrições, somente deverão manter-se no singular os verbos das frases
a)
I, II e III. |
b)
I, III e IV. |
c)
I e IV. |
d)
II e III. |
e)
II e IV. |
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