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Informações da Prova Questões por Disciplina BNDES - Administrador - Administração - CESGRANRIO - 2013 - Prova Objetiva - Inglês

Interpretação de Textos

Dialética da mudança

Texto I

                   Certamente porque não é fácil compreender certas
         questões, as pessoas tendem a aceitar algumas
         afirmações como verdades indiscutíveis e até mesmo
         a irritar-se quando alguém insiste em discuti-las.
5        É natural que isso aconteça, quando mais não seja
         porque as certezas nos dão segurança e tranquilidade.
         Pô-las em questão equivale a tirar o chão de sob
         nossos pés. Não necessito dizer que, para mim, não
         há verdades indiscutíveis, embora acredite em 
10       determinados valores e princípios que me parecem consistentes.
         De fato, é muito difícil, senão impossível, viver
         sem nenhuma certeza, sem valor algum.
                   No passado distante, quando os valores religiosos
         se impunham à quase totalidade das pessoas,
15       poucos eram os que questionavam, mesmo porque,
         dependendo da ocasião, pagavam com a vida seu 
         inconformismo.
                   Com o desenvolvimento do pensamento objetivo
         e da ciência, aquelas certezas inquestionáveis 
20       passaram a segundo plano, dando lugar a um novo modo
         de lidar com as certezas e os valores. Questioná-los,
         reavaliá-los, negá-los, propor mudanças às vezes
         radicais tornou-se frequente e inevitável, dando-se
         início a uma nova época da sociedade humana. 
25       Introduziram-se as ideias não só de evolução como de
         revolução.
                   Naturalmente, essas mudanças não se deram
         do dia para a noite, nem tampouco se impuseram à
         maioria da sociedade. O que ocorreu de fato foi um
30       processo difícil e conflituado em que, pouco a pouco,
         a visão inovadora veio ganhando terreno e, mais
         do que isso, conquistando posições estratégicas, o
         que tornou possível influir na formação de novas gerações,
         menos resistentes a visões questionadoras.
35                 A certa altura desse processo, os defensores das
         mudanças acreditavam-se senhores de novas verdades,
         mais consistentes porque eram fundadas no conhecimento
         objetivo das leis que governam o mundo
         material e social. Mas esse conhecimento era ainda
40       precário e limitado.
                   Inúmeras descobertas reafirmam a tese de que a
         mudança é inerente à realidade tanto material quanto
         espiritual, e que, portanto, o conceito de imutabilidade
         é destituído de fundamento.
45                 Ocorre, porém, que essa certeza pode induzir a
         outros erros: o de achar que quem defende determinados 
         valores estabelecidos está indiscutivelmente
         errado. Em outras palavras, bastaria apresentar-se
         como inovador para estar certo. Será isso verdade?
50       Os fatos demonstram que tanto pode ser como não.
                   Mas também pode estar errado quem defende
         os valores consagrados e aceitos. Só que, em muitos
         casos, não há alternativa senão defendê-los. E
         sabem por quê? Pela simples razão de que toda 
55       sociedade é, por definição, conservadora, uma vez que,
         sem princípios e valores estabelecidos, seria impossível
         o convívio social. Uma comunidade cujos princípios
         e normas mudassem a cada dia seria caótica e,
         por isso mesmo, inviável.
60                 Por outro lado, como a vida muda e a mudança é
         inerente à existência, impedir a mudança é impossível.
         Daí resulta que a sociedade termina por aceitar as
         mudanças, mas apenas aquelas que de algum modo
         atendem a suas necessidades e a fazem avançar.

GULLAR, Ferreira. Dialética da mudança.

Folha de São Paulo, 6 maio 2012, p. E10.

1 -

De acordo com o Texto I, a dialética da mudança é devida

a)

à discrepância entre aqueles que rejeitam os avanços da ciência e aqueles que preferem aceitar verdades indiscutíveis.

b)

à oposição baseada unicamente na experiência e na observação, sem levar em consideração qualquer metodologia científica.

c)

à polêmica entre o reconhecimento dos valores inovadores e a presença de outros, consagrados, que garantem a vida em sociedade.

d)

ao caráter contraditório da atitude daqueles que se limitam a conhecimentos fundamentados em valores consagrados.

e)

ao conflito originado pela supremacia dos princípios teóricos, de um lado, e pela crença nos fenômenos práticos, de outro.

2 -

Ao defender a tese de que a mudança é inerente à realidade, o Texto I apresenta como contra-argumento a ideia de que

a)

as certezas oferecem segurança e tranquilidade para a vida em sociedade.

b)

as descobertas científicas não ocorreriam sem a discussão sobre a imutabilidade.

c)

as verdades constituiriam uma forma de evolução de toda a humanidade.

d)

os partidários de ideologias conservadoras impediriam o avanço da sociedade.

e)

os valores consagrados não deveriam ser aceitos pela sociedade atual.

3 -

O termo em destaque, nas frases do Texto I, refere-se à informação contida nos colchetes em:

a)

“as pessoas tendem a aceitar algumas afirmações como verdades indiscutíveis e até mesmo a irritar-se quando alguém insiste em discuti-las.” (L. 2-4) [as pessoas]

b)

“Questioná-los, reavaliá-los, negá-los, propor mudanças às vezes radicais tornou-se frequente e inevitável” (L. 21-23) [o pensamento objetivo e a ciência]

c)

“a visão inovadora veio ganhando terreno e, mais do que isso, conquistando posições estratégicas” (L. 31- 32) [processo de fortalecimento da visão inovadora]

d)

“Só que, em muitos casos, não há alternativa senão defendê-los.” (L. 52-53) [os fatos]

e)

“mas apenas aquelas que de algum modo atendem a suas necessidades e a fazem avançar.” (L. 63-64) [mudanças inerentes à existência]

4 -

A expressão por outro lado (L. 60), no início do último parágrafo do Texto I, estabelece uma relação de contraste entre as seguintes ideias:

a)

a vida muda permanentemente apesar das forças conservadoras / a mudança é inerente à existência humana, que deve aceitá-la sem contestação.

b)

a sociedade é, por definição, conservadora para manter o convívio social / a sociedade acaba por aceitar as mudanças que atendem a suas necessidades.

c)

quem defende valores consagrados e aceitos pode estar errado / o conceito de imutabilidade é destituído de fundamento.

d)

uma comunidade deve mudar a cada dia seus princípios e normas / impedir a mudança é impossível, porque ela é inerente à existência.

e)

uma comunidade que muda a cada dia seria caótica e inviável / a sociedade deve impedir as mudanças desnecessárias à sua sobrevivência.

5 -

Na frase "“Não necessito dizer que, para mim, não há verdades indiscutíveis, embora acredite em determinados valores e princípios que me parecem consistentes.”" (L. 8-11) podem ser identificados diferentes tipos de orações subordinadas (substantivas, adjetivas e adverbiais), que nela exercem distintas funções.

Uma oração com função de expressar uma noção adjetiva é também encontrada em:

a)

"“Certamente porque não é fácil compreender certas questões, as pessoas tendem a aceitar algumas afirmações"” (L. 1-3)

b)

"“É natural que isso aconteça, quando mais não seja porque as certezas nos dão segurança e tranquilidade."” (L. 5-7)

c)

"“No passado distante, quando os valores religiosos se impunham à quase totalidade das pessoas,"” (L. 13-14)

d)

“"Os fatos demonstram que tanto pode ser como não."” (L. 50)

e)

“"Uma comunidade cujos princípios e normas mudassem a cada dia seria caótica e, por isso mesmo, inviável."” (L. 57-59)

6 -

No Texto I, o verbo atender (L. 64) exige a presença de uma preposição para introduzir o termo regido.

Essa mesma exigência ocorre na forma verbal destacada em:

a)

"“Certamente porque não é fácil compreender certas questões, as pessoas tendem a aceitar algumas afirmações como verdades indiscutíveis.”"(L. 1-3)

b)

Introduziram-se as ideias não só de evolução como de revolução."” (L. 24-26)

c)

"“Inúmeras descobertas reafirmam a indiscutível tese de que a mudança é inerente à realidade tanto material quanto espiritual,"” (L. 41-43)

d)

“"Por outro lado, como a vida muda e a mudança é inerente à existência, impedir a mudança é impossível.”" (L. 60-62)

e)

“"Daí resulta que a sociedade termina por aceitar as mudanças," ” (L. 62-63)

7 -

A relação lógica estabelecida entre as ideias do período composto, por meio do termo destacado, está explicitada adequadamente em:

a)

“"Não necessito dizer que, para mim, não há verdades indiscutíveis, embora acredite em determinados valores e princípios"” (L. 8-10) – (relação de condição)

b)

"“No passado distante, quando os valores religiosos se impunham à quase totalidade das pessoas, poucos eram os que questionavam"” (L. 13-15) – (relação de causalidade)

c)

“"os defensores das mudanças acreditavam-se senhores de novas verdades, mais consistentes porque eram fundadas no conhecimento objetivo das leis"” (L. 35-38) – (relação de finalidade)

d)

"“a mudança é inerente à realidade tanto material quanto espiritual, e que, portanto, o conceito de imutabilidade é destituído de fundamento."” (L. 41-44) – (relação de conclusão)

e)

“"Ocorre, porém, que essa certeza pode induzir a outros erros: o de achar que quem defende determinados valores estabelecidos está indiscutivelmente errado."” (L. 45-48) – (relação de temporalidade)

Língua Portuguesa
8 -

De acordo com as regras de pontuação da Língua Portuguesa, um dos empregos da vírgula é a separação do adjunto adverbial antecipado na estrutura da oração. O trecho que exemplifica esse tipo de uso é:

a)

"É natural que isso aconteça, quando mais não seja porque as certezas nos dão segurança e tranquilidade.”" (L. 5-7)

b)

"“Com o desenvolvimento do pensamento objetivo e da ciência, aquelas certezas inquestionáveis passaram a segundo plano,”" (L. 18-20)

c)

"“Questioná-los, reavaliá-los, negá-los, propor mudanças às vezes radicais tornou-se frequente e inevitável."” (L. 21-23)

d)

“"essas mudanças não se deram do dia para a noite, nem tampouco se impuseram à maioria da sociedade."” (L. 27-29)

e)

“"Ocorre, porém, que essa certeza pode induzir a outros erros: o de achar que quem defende determinados valores estabelecidos está indiscutivelmente errado." (L. 45-48)

9 -

"Segundo a norma-padrão, o sinal indicativo da crase não deve ser utilizado no seguinte trecho do Texto I: “Certamente porque não é fácil compreender certas questões, as pessoas tendem a aceitar algumas afirmações"” (L. 1-3).

A mesma justificativa para essa proibição pode ser identificada em:

a)

“"É natural que isso aconteça, quando mais não seja porque as certezas nos dão segurança e tranquilidade. Pô-las em questão equivale a tirar o chão de sob nossos pés.” "(L. 5-8)

b)

"“Com o desenvolvimento do pensamento objetivo e da ciência, aquelas certezas inquestionáveis passaram a segundo plano, dando lugar a um novo modo de lidar com as certezas e os valores.”" (L. 18-21)

c)

“"a visão inovadora veio ganhando terreno e, mais do que isso, conquistando posições estratégicas, o que tornou possível influir na formação de novas gerações, menos resistentes a visões questionadoras."” (L. 31-34)

d)

“"Ocorre, porém, que essa certeza pode induzir a outros erros: o de achar que quem defende determinados valores estabelecidos está indiscutivelmente errado.”" (L. 45-48)

e)

"“Uma comunidade cujos princípios e normas mudassem a cada dia seria caótica e, por isso mesmo, inviável”." (L. 57-59)

10 -

No trecho do Texto I “"O que ocorreu de fato foi um processo difícil e conflituado em que, pouco a pouco, a visão inovadora veio ganhando terreno”" (L. 29-31), a palavra destacada se refere a um termo do contexto anterior, assim como em:

a)

"“Não necessito dizer que, para mim, não há verdades indiscutíveis,”" (L. 8-9)

b)

“"poucos eram os que questionavam, mesmo porque, dependendo da ocasião, pagavam com a vida seu inconformismo."” (L. 15-17)

c)

"“Ocorre, porém, que essa certeza pode induzir a outros erros:"” (L. 45-46)

d)

“"o de achar que quem defende determinados valores estabelecidos está indiscutivelmente errado."” (L. 46-48)

e)

"“Os fatos demonstram que tanto pode ser como não.”" (L. 50)

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