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Informações da Prova Questões por Disciplina Enem - Exame Nacional do Ensino Médio - Vestibular - Prova 1 - Ciências Humanas e da Natureza e suas Tecnologias - ENEM - INEP - MEC - 2013 - 1.º dia - (questões 1 a 90)

Ciências Humanas e suas Tecnologias
1 -

Na produção social qua os homens realizam, eles entram em determinadas relações indispensáveis e independentes de sua vontade; tais relações de produção correspondem a um estágio definido de desenvolvimento das suas forças materiais de produção. A totalidade dessas relações constitui a estrutura econômica da sociedade – fundamento real, sobre o qual se erguem as superestruturas política e jurídica, e ao qual correspondem determinadas formas de consciência social.

MARX, K. Prefácio à Crítica da economia política. In. MARX, K. ENGELS F. Textos 3. São Paulo. Edições Sociais, 1977 (adaptado).

Para o autor, a relação entre economia e política estabelecida no sistema capitalista faz com que

Resolução da Equipe Tecnolegis:

Segundo Karl Marx e Friedrich Engels, o trabalho seria a expressão da vida humana, única forma de transformar a natureza em bens úteis para promover a vida. Todavia, especificamente no estágio capitalista, o trabalho é marcado pela forma de exploração do homem pelo homem e de alienação, devido ao assalariamento e ao distaciamento do trabalhor do fruto de seu próprio trabalho.

a)

o proletariado seja contemplado pelo processo de mais-valia.

b)

o trabalho se constitua como o fundamento real da produção material.

c)

a consolidação das forças produtivas seja compatível com o progresso humano.

d)

a autonomia da sociedade civil seja proporcional ao desenvolvimento econômico.

e)

a burguesia revolucione o processo social de formação da consciência de classe.

2 -

Um trabalhador em tempo flexível controla o local do trabalho, mas não adquire maior controle sobre o processo em si. A essa altura, vários estudos sugerem que a supervisão do trabalho é muitas vezes maior para os ausentes do escritório do que para os presentes. O trabalho é fisicamente descentralizado e o poder sobre o trabalhador, mais direto.

SENNETT R. A corrosão do caráter, consequências pessoais do novo capitalismo. Rio de Janeiro: Record, 1999 (adaptado).

Comparada à organização do trabalho característica do taylorismo e do fordismo, a concepção de tempo analisada no texto pressupõe que

Resolução da Equipe Tecnolegis:

O Taylorismo busca o aprimoramento do processo a partir do controle do tempo e das ações dos trabalhadores, enquanto o Fordismo busca na alta qualificação do trabalhador e na automação da produção a melhoria que fará ter aumento de produtividade e consequentemente dos lucros da empresa. Observe que o texto aborda, explicitamente, a flexibilização de horários e a "descentralização" do controle, sugerindo claramente um deslocamento do controle para os resultados do trabalho.

a)

as tecnologias de informação sejam usadas para democratizar as relações laborais.

b)

as estruturas burocráticas sejam transferidas da empresa para o espaço doméstico.

c)

os procedimentos de tercerização sejam aprimorados pela qualificação profissional.

d)

as organizações sindicais sejam fortalecidas com a valorização da especialização funcional.

e)

os mecanismos de controle sejam deslocados dos processos para os resultados do trabalho.

3 -

Disponível em: http://ensino.univates.br. Acesso em 11 maio 2013 (adaptado)

Na imagem, estão representados dois modelos de produção. A possibilidade de uma crise de superprodução é distinta entre eles em função do seguinte fator:

a)

Origem de matéria-prima.

b)

Qualificação de mão de obra.

c)

Velocidade de processamento.

d)

Necessidade de armazenamento.

e)

Amplitude do mercado consumidor.

4 -

A África também já serviu como ponto de partida para comédias bem vulgares, mas de muito sucesso, como Um príncipe em Nova York e Ace Ventura: um maluco na África; em ambas, a África parece um lugar cheio de tribos doidas e rituais de desenho animado. A animação O rei Leão, da Disney, o mais bem-sucedido filme americano ambientado na África, não chegava a contar com elenco de seres humanos.

LEIBOWITZ, E. Filmes de Hollywood sobre África ficam no clichê. Disponível em: http://noticias.uol.com.br. Acesso em 17 abr, 2010.

A produção cinematográfica referida no texto contribui para a constituição de uma memória sobre a África e seus habitantes. Essa memória enfatiza e negligencia, respectivamente, os seguintes aspectos do continente africano:

a)

A história e a natureza.

b)

O exotismo e as culturas.

c)

A sociedade e a economia.

d)

O comércio e o ambiente.

e)

A diversidade e a política.

5 -

Tendo encarado a besta do passado olho no olho, tendo pedido e recebido perdão e tendo feito correções, viremos agora a página – não para esquecê-lo, mas para não deixálo aprisionar-nos para sempre. Avancemos em direção a um futuro glorioso de uma nova sociedade sul-africana, em que as pessoas valham não em razão de irrelevâncias biológicas ou de outros estranhos atributos, mas porque são pessoas de valor infinito criadas à imagem de Deus.

Desmond Tutu, no encerramento da Comissão da Verdade na África do Sul. Disponível em: http://td.camara.leg.br. Acesso em 17 dez. 2012 (adaptado).

No texto, relaciona-se a consolidação da democracia na África do Sul à superação de um legado

a)

populista, que favorecia a cooptação de dissidentes políticos.

b)

totalitarista, que bloqueava o diálogo com os movimentos sociais.

c)

segregacionista, que impedia a universalização da cidadania.

d)

estagnacionista, que disseminava a pauperização social.

e)

fundamentalista, que engendrava conflitos religiosos.

6 -

Ninguém desconhece a necessidade que todos os fazendeiros têm de aumentar o número de seus trabalhadores. E como até há pouco supriam-se os fazendeiros dos braços necessários? As fazendas eram alimentadas pela aquisição de escravos, sem o menor auxílio pecuniário do governo. Ora, se os fazendeiros se supriam de braços à sua custa, e se é possível obtê-los ainda, posto que de outra qualidade, por que motivo não hão de procurar alcançá-los pela mesma maneira, isto é, à sua custa?

Resposta de Manuel Felizardo de Souza e Mello, diretor geral das Terras Públicas, ao Senador Vergueiro. In: ALENCASTRO, L.F. (Org.)

História da vida privada no Brasil. São Paulo:Cia das Letras, 1998 (adaptado).

O fragmento do discurso dirigido ao parlamentar do Império refere-se às mudanças então em curso no campo brasileiro, que confrontaram o Estado e a elite agrária em torno do objetivo de

a)

fomentar ações públicas para ocupação das terras do interior.

b)

adotar o regime assalariado para proteção da mão de obra estrangeira.

c)

definir uma política de subsídio governamental para o fomento da imigração.

d)

regulamentar o tráfico interprovincial de cativos para sobrevivência das fazendas.

e)

financiar a fixação de famílias camponesas para estímulo da agricultura de subsistência.

7 -

MOREAUX, F.R. Proclamação da Independência.

Disponível em: www.tvbrasil.org.br. Acesso em 14 jun. 2010.

FERREZ, M. D. Pedro II. SCHWARCZ, L.M.

As barbas do Imperador. D. Pedro II, um monarca nos trópicos. São Paulo: Cia das Letras, 1998.

As imagens, que retratam D. Pedro I e D. Pedro II, procuram transmitir determinadas representações políticas acerca dos dois monarcas e seus contextos de atuação. A ideia que cada imagem evoca é, respectivamente:

a)

Habilidade militar – riqueza pessoal.

b)

Liderança popular – estabilidade política.

c)

Instabilidade econômica – herança europeia.

d)

Isolamento político – centralização do poder.

e)

Nacionalismo exacerbado – inovação administrativa.

8 -

Distribuição Espacial Atual da População Brasileira

Mapa 2

Conflitos em Terras Indígenas

Os mapas representam distintos padrões de distribuição de processos socioespaciais. Nesse sentido, a menor incidência de disputas territoriais envolvendo povos indígenas se explica pela

a)

fertilização natural dos solos.

b)

expansão da fronteira agrícola.

c)

intensificação da migração de retorno.

d)

homologação de reservas extrativistas.

e)

concentração histórica da urbanização.

9 -

Trata-se de um gigantesco movimento de construção de cidades, necessário para o assentamento residencial dessa população, bem como de suas necessidades de trabalho, abastecimento, transportes, saúde, energia, água etc. Ainda que o rumo tomado pelo crescimento urbano não tenha respondido satisfatoriamente a todas essas necessidades, o território foi ocupado e foram construídas as condições para viver nesse espaço.

MARICATO. E. Brasil, cidades: alternativas para a crise urbana. Petrópolis Vozes. 2001.

A dinâmica de transformação das cidades tende a apresentar como consequência a expansão das áreas periféricas pelo(a)

a)

crescimento da população urbana e aumento da especulação imobiliária.

b)

direcionamento maior do fluxo de pessoas, devido à existência de um grande número de serviços.

c)

delimitação de áreas para uma ocupação organizada do espaço físico, melhorando a qualidade de vida.

d)

implantação de políticas públicas que promovem a moradia e o direito à cidade aos seus moradores.

e)

reurbanização de moradias nas áreas centrais, man - tendo o trabalhador próximo ao seu emprego, dimi nuindo os deslocamentos para a periferia.

10 -

No esquema, o problema atmosférico relacionado ao ciclo da água acentuou-se após as revoluções industriais. Uma consequência direta desse problema está na

a)

redução da flora.

b)

elevação das marés.

c)

erosão das encostas.

d)

laterização dos solos.

e)

fragmentação das rochas.

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