1 A sociedade atual não pode passar sem as indústrias. Talvez fosse possível, porém, conter o ritmo descontrolado de seu crescimento, se o homem moderno conseguisse abandonar 4 o consumismo que o caracteriza. O consumismo é um processo eticamente condenável, pois faz que as pessoas comprem mais coisas do que realmente 7 necessitam. Com sistemas complexos de propaganda, que envolvem sutilezas psicológicas e recursos espetaculares, industriais e produtores em geral convencem a população a 10 adquirir sempre os novos modelos de carros, geladeiras, relógios, calculadoras e outras utilidades, levando-a a lançar fora o que já possui. Esse processo garante aos fabricantes uma 13 venda muito maior de seus produtos, o que permite a ampliação contínua das instalações industriais. O consumismo não gera apenas os impactos 16 ambientais decorrentes da necessidade crescente de energia e do próprio processo industrial, mas é causa de outro grave problema: o esgotamento dos recursos naturais não renováveis, 19 isto é, daqueles que, uma vez consumidos, não podem ser novamente repostos, como, por exemplo, o petróleo e os minérios em geral.
Samuel M. Branco. O meio ambiente em debate. São Paulo: Moderna, 1988, p. 42-3 (com adaptações).
A respeito das ideias e estruturas linguísticas desse texto, julgue o(s) item(ns) seguinte(s)
Sem prejuízo para o sentido original do período, o trecho “pois faz que as pessoas comprem mais coisas do que realmente necessitam” (L.6-7) poderia ser corretamente reescrito da seguinte maneira: pois faz as pessoas comprarem mais coisas que delas realmente necessitam.
Certa. |
Errada. |
O referente do sujeito da forma verbal “levando” (L.11) é a expressão “industriais e produtores em geral” (L.9), que exerce a função de sujeito da forma verbal “convencem” (L.9).
Certa. |
Errada. |
Mantendo-se a coerência do texto, a expressão “o que” (L.13) poderia ser substituída por qualquer uma das seguintes: fato que, procedimento que, artifício que.
Certa. |
Errada. |
De acordo com o texto, a vertente do capitalismo que justifica o desenvolvimento econômico a qualquer preço contrapõe-se à que defende o consumo continuado de bens e produtos para manter a indústria aquecida e o emprego em alta.
Certa. |
Errada. |
O segundo período do primeiro parágrafo do texto poderia ser corretamente reescrito da seguinte forma:
Quando for possível, porém, o homem moderno contiver o ritmo descontrolado de seu crescimento, ele conseguirá abandonar o consumismo que o caracteriza.
Certa. |
Errada. |
Não acarretaria prejuízo para a correção gramatical do texto a inserção de vírgula imediatamente após a forma verbal “gera”, na linha 15, tendo o sinal de pontuação, nesse caso, a função de realçar o advérbio “apenas”.
Certa. |
Errada. |
Sem prejuízo para os sentidos do texto, na linha 12, o vocábulo “fabricantes” poderia ser substituído por fábricas, sendo, nesse caso, necessário substituir “aos”, em “garante aos fabricantes”, por às.
Certa. |
Errada. |
O termo “daqueles” (L.19), que retoma a expressão “dos recursos naturais não renováveis” (L.18), exerce a função de sujeito do predicado “não podem ser novamente repostos” (L.19-20).
Certa. |
Errada. |
No meio da mata o monstro soltando seus uivos de raiva veneno e poeira. Em volta, os arbustos cobertos de cinza, virando farrapos sem eira nem beira. Mais longe, as moradas com pele do pó, cadeias do homem, fazendo-o mais só. No céu, cabisbaixo, o sol a dizer: “as leis do progresso, quem pode entender?!”
Maria Dinorah. In: Ver de ver. São Paulo: FTD, 1992, p. 10.
As palavras “pó”, “só” e “céu” são acentuadas de acordo com a mesma regra de acentuação gráfica.
Certa. |
Errada. |
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