China e EUA anunciam metas para combater o aquecimento global e revivem expectativa de acordo em Copenhague.
Copenhague, afinal, pode sair menos ruim que a encomenda. Quando já se contava com um fiasco da conferência sobre mudança do clima, que começa daqui a uma semana na capital dinamarquesa, surgem 5 sinais animadores de que um acordo razoável possa ser obtido. Limitado, mas melhor que acordo nenhum. Já se sabe que não será aprovado um tratado forte, com compromissos legais dos países para redução de gases do efeito estufa. Essa era a expecta 10 -tiva anterior: algo mais ambicioso que o Protocolo de Kyoto (1997), fracassado, que determinava corte médio de 5,2% nas emissões só das nações desen -volvidas. O compromisso obtido em Copenhague será apenas “politicamente vinculante”. 15 O novo acordo precisa ir muito além de Kyoto, se a meta for impedir que o aumento da temperatura média da atmosfera ultrapasse 2°C de aquecimento neste século, como recomenda a maioria dos climatologistas. Isso exige dos países desenvolvidos 20 chegar a 2020 emitindo 25% a 40% menos poluentes que em 1990, ano-base de Kyoto. Os países menos desenvolvidos, por seu turno, precisam desacelerar a trajetória crescente de suas emissões. Estima-se que seja necessário um corte de 25 15% a 30%, aplicados no caso sobre os níveis que estariam emitindo em 2020, mantido o ritmo atual. A ideia é de que a redução não prejudique seu esforço de de- senvolvimento e redução da pobreza. Os sinais alentadores surgidos na semana 30 partiram dos EUA e da China. Juntos, respondem por 40% das emissões mundiais.
Jornal Folha de S. Paulo, Editorial. 29 nov. 2009, p. A2. (Fragmento)
O título Clima alentador, do editorial da Folha de S. Paulo:
a)
expõe a opinião de um jornalista de sucesso. |
b)
aponta para o fracasso do compromisso de Copenhague. |
c)
descreve o esforço dos países ricos na redução da pobreza. |
d)
antecipa o ambiente favorável ao acordo climático. |
e)
sintetiza as conclusões do Protocolo de Kyoto. |
Em defesa de seu ponto de vista, este editorial marca sua opinião de vários modos. Das afirmativas a seguir, a que não se constitui em opinião, mas sim em um fato que contribui para a comprovação da tese apresentada no texto é:
a)
“Quando já se contava com um fiasco da conferência sobre mudança do clima, (...), surgem sinais animadores de que um acordo razoável possa ser obtido.” (L. 2-6) |
b)
“Já se sabe que não será aprovado um tratado forte, com compromissos legais dos países para redução de gases do efeito estufa.” (L. 7-9) |
c)
“O compromisso obtido em Copenhague será apenas ‘politicamente vinculante’ ”. (L. 13-14) |
d)
“Os países menos desenvolvidos, (...), precisam desacelerar a trajetória crescente de suas emissões.” (L. 22-24) |
e)
“Juntos respondem por 40% das emissões mundiais.” (L. 30-31) |
Na frase “A ideia é de que a redução não prejudique seu esforço de desenvolvimento e redução da pobreza.” (L. 26- 28), o uso do pronome possessivo “seu” estabelece um vínculo coesivo no texto, porque evita a repetição da expressão:
a)
“um corte de 15% a 30%,” (L. 24-25). |
b)
“Os países menos desenvolvidos,” (L. 22). |
c)
“países desenvolvidos” (L. 19). |
d)
“O novo acordo” (L. 15). |
e)
“redução de gases do efeito estufa” (L. 9). |
No fragmento “O novo acordo precisa ir muito além de Kyoto, se a meta for impedir que o aumento da temperatura média da atmosfera ultrapasse 2 °C de aquecimento neste século, como recomenda a maioria dos climatologistas.” (L. 15-19), o termo “se” tem o sentido equivalente ao de:
a)
logo que. |
b)
à medida que. |
c)
no caso de. |
d)
apesar de. |
e)
uma vez que. |
As palavras que se acentuam pelas mesmas regras de “conferência”, “razoável”, “países” e “será”, respectivamente, são:
a)
trajetória, inútil, café e baú. |
b)
exercício, balaústre, níveis e sofá. |
c)
necessário, túnel, infindáveis e só. |
d)
médio, nível, raízes e você. |
e)
éter, hífen, propôs e saída. |
A imprensa internacional foi convidada para assistir os debates em Copenhague.
De acordo com a norma escrita padrão da língua, na frase há um DESVIO de:
a)
regência nominal. |
b)
regência verbal. |
c)
concordância nominal. |
d)
concordância verbal. |
e)
pontuação. |
Texto II
Estaria o mundo de hoje, e o Brasil junto com ele, se comprometendo com o que pode vir a ser a mais cara, obsessiva e mal informada ilusão científica da história? A humanidade já esteve convencida de que a 5 Terra era plana, e que era possível prever matematicamente a extinção da vida humana por falta física de comida, já que a população cresceria sempre de forma geométrica e a produção de alimentos jamais poderia aumentar no mesmo ritmo; mais recentemente, 10 grandes empresas, governos e ases da ciência digital acreditaram que o “bug do milênio” iria paralisar o mundo na passagem de 1999 para 2000. Não se pode dizer que a crescente convicção de que o planeta sofre hoje uma “ameaça sem precedentes” em toda a sua 15 existência, como resultado direto da “mudança do clima”, e particularmente do “aquecimento global”, seja exatamente a mesma coisa. A conferência de Copenhague tende a refletir, basicamente, um conjunto de neuroses, fantasias e 20 necessidades políticas que se ligam muito mais aos países ricos do que à realidade brasileira; a agenda central é deles, com seus números, seus cientistas e até sua linguagem. O Brasil, em vez de reagir ao debate dos outros, faria melhor pensando primeiro em seus 25 interesses. Para isso, precisaria saber o que quer. Parece bem claro que o País, antes de ter um problema ecológico, tem um problema sanitário; nossa verdadeira tragédia ambiental é o fato de que 50% da população não dispõe de rede de esgotos, ou de que 30 dois terços dos esgotos são lançados nos rios sem tratamento nenhum. Na Amazônia, onde há o maior volume de água doce do mundo, a maioria da população não tem água decente para beber. Nas áreas pobres das cidades, o lixo não é coletado - acaba em 35 rios, represas ou na rua. A questão ecológica real, no Brasil, chama-se pobreza.
GUZZO, J. R. Revista Veja. São Paulo: Abril, edição 2138, ano 42, n.º 45,
11 nov. 2009, p. 218. (Fragmento)
Avalie as afirmações a propósito do emprego das formas verbais do Texto II.
I – “Estaria” (L. 1) está no futuro do pretérito do indicativo e exprime probabilidade.
II – “acreditaram” (L. 11) está no pretérito perfeito do indicativo e indica uma ação passada concluída.
III – “sofre” (L. 13) está no presente do subjuntivo para enunciar um fato hipotético.
IV – “dispõe” (L. 29) está no presente do indicativo para indicar um estado atual.
Estão corretas as afirmações:
a)
I, II e III, apenas. |
b)
I, II, III e IV. |
c)
I, II e IV, apenas. |
d)
I, III e IV, apenas. |
e)
II, III e IV, apenas. |
Leia as frases:
A Inglaterra aprovou uma lei pela qual o país terá de cortar em 80% ____ suas emissões de carbono. O fato de as cifras virem ____ tona antes da conferência é outro sinal alentador. Esse cipoal de números torna complexa _____ discussão em Copenhague, mas não a inviabiliza. O Presidente Barack Obama anunciou que vai _____ Copenhague e que se compromete com um corte de 17% até 2020.
As palavras que, na sequência, preenchem as lacunas corretamente são:
a)
as – à – a – a. |
b)
às – à – a – a. |
c)
às – a – à – à. |
d)
as – a – a – à. |
e)
as – a – a – a. |
Denomina-se adequação sintática a construção coerente de períodos e orações, observadas as relações existentes entre seus termos e a sua organização. O parágrafo, dentre os abaixo transcritos, que preserva o princípio do paralelismo sintático, segundo o qual quaisquer elementos da frase coordenados entre si devem apresentar estrutura gramatical similar, é:
(Questão anulada)
a)
Aqui não pretendemos defender a ideia de mais intervenção do Estado na economia ou que ele volte a produzir aço em grande quantidade. |
b)
Aqui não pretendemos defender a ideia de que o Estado intervenha mais na economia ou a volta de uma produção de aço em grande quantidade. |
c)
Aqui não pretendemos defender a ideia de um Estado intervindo mais na economia ou que ele volte à produção de aço em grande quantidade. |
d)
Aqui não pretendemos defender a ideia de que a intervenção do Estado deva ser maior na economia ou uma produção de aço voltando a ter quantidade. |
e)
Aqui não pretendemos defender a ideia de que o Estado intervenha mais na economia ou que volte a produzir aço em grande quantidade. |
Da leitura do verbete “quadrilha”, tal como está registrado no minidicionário da Língua Portuguesa de Aurélio Buarque de Holanda (Curitiba: Editora Positivo, 2008), depreendemse, para o termo “quadrilha”, os dois significados a seguir reproduzidos.
Considere, agora, os textos pictórico e verbal, selecionados.
Na composição imagem/texto verbal, a pintura de Volpi atuou como:
a)
artifício pictórico decorativo para, simplesmente, emprestar peso cultural à questão. |
b)
procedimento que fundiu os sentidos dicionarizados do termo, ampliando-lhe o sentido e o significado. |
c)
estratégia estética reveladora, antes do mais, da inserção temporal da criação artística ora expressa em dupla linguagem. |
d)
elemento que concorreu para a fixação do segundo significado dicionarizado do termo que dá título ao poema. |
e)
recurso expressivo que, ao entremear os dois significados dicionarizados, criou novo termo a ser dicionarizado. |
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