Considere o texto abaixo para responder a questão.
Sabe-se muito pouco dos rumos que as grandes
cidades tomarão nas próximas décadas. Muitas vezes
nem se prevê a dinâmica metropolitana do próximo
quinquênio. Mesmo com a capacitação e o preparo dos
técnicos dos órgãos envolvidos com a questão urbana,
5 há variáveis independentes que interferem nos planos e
projetos elaborados pelos legislativos e encaminhados
ao Executivo. Logicamente não se prevê o malfadado
caos urbano, mas ele pode ensejar que o país se
adiante aos eventos e tome medidas preventivas
10 ao desarranjo econômico, que teria consequências
nefastas. Para antecipar-se, o Brasil tem condições
propícias para criar think tanks ou, em tradução livre,
usinas de ideias ou institutos de políticas públicas. Essas
instituições podem antecipar-se ao que poderá surgir no
15 horizonte. Em outras palavras, deseja-se o retorno ao
planejamento urbano e regional visando o bem-estar da
sociedade. Medidas nessa direção podem (e devem)
estar em consonância com a projeção de tendências e
mesmo com a antevisão de demandas dos destinatários
da gestão urbana – os cidadãos, urbanos ou não.
(Adaptado de Aldo Paviani, Metróples em expansão e o futuro. Correio Braziliense, 8 de dezembro, 2011)
Infere-se da argumentação do texto que
a)
os técnicos dos órgãos envolvidos com a questão urbana deveriam ser mais capacitados para realizar os projetos encaminhados ao Executivo. |
b)
a dinâmica metropolitana altera-se a cada quinquênio, seguindo variáveis que devem constar dos planos e projetos de cada período legislativo. |
c)
institutos de políticas públicas teriam como tarefa o planejamento urbano e regional, antecipando-se a um possível desarranjo econômico. |
d)
o caos urbano que poderá afetar as grandes cidades nos próximos anos terá o desarranjo econômico como uma de suas piores consequências. |
e)
as demandas crescentes dos habitantes das grandes cidades contrastam com a baixa demanda dos cidadãos não urbanos. |
Provoca-se erro gramatical e incoerência textual ao fazer a seguinte alteração nos sinais de pontuação do texto:
a)
substituir o ponto depois de "quinquênio" (L.4), por vírgula. |
b)
substituir o ponto depois de "décadas" (L.2) pelo sinal de dois pontos. |
c)
inserir uma vírgula depois de "Logicamente" (L.8). |
d)
retirar os parênteses que destacam "e devem" (L.18). |
e)
substituir o travessão depois de "urbana" (L.21) por vírgula. |
Considere o texto abaixo para responder a questão.
A vida em um país nórdico, como a Finlândia, nos
faz refletir mais profundamente sobre a relação entre
liberdade, igualdade, autonomia e formatos sociais que
podem propiciar vidas mais plenas e felizes aos seus
5 cidadãos. Para alguém habituado a desigualdades,
uma sociedade igualitária, com amplo respeito pela vida
humana, excelentes índices de educação, burocracia
inteligente e serviços públicos voltados (de fato) para
melhorar a vida do cidadão, soa como um caminho
10 para a produção de seres humanos mais plenos e
sociedades mais inspiradoras. Talvez não seja assim.
Quando nos referimos à igualdade, não tratamos de
mera distribuição equitativa da renda. A igualdade e a
dignidade humana que uma sociedade pode produzir
15 referem-se à possibilidade de o cidadão ter condições
materiais e subjetivas à sua disposição, para que,
atendidas suas necessidades básicas e diárias de
bem-estar, ele se ocupe com questões outras que a
sobrevivência. Essas necessidades básicas de bem-
20 estar incluem uma ilimitada oferta de bens públicos: de
excelentes creches, escolas, universidades, sistema de
saúde e previdência a todos, piscinas públicas, parques,
transporte confortável e excelente, seguro-desemprego
por tempo indefinido, licença maternidade de 10 meses,
25 muitas bibliotecas públicas...
No entanto, a Finlândia tornou-se uma sociedade tão
igualitária quanto apática. Pouco criativa, reproduz
o mundo com extrema facilidade, mas tem limitada
capacidade transformadora. A maioria de seus
30 educados cidadãos são seres pouquíssimo críticos:
questionam pouco a vida que levam e são fisicamente
contidos. E isso não parece ter forte relação com o
frio. É um acomodamento social, um respeito quase
inexorável pelas regras. Esse resultado não foi causado,
35 é evidente, pelo formato social igualitário. Em outros
termos, não foi a igualdade que deixou o país apático.
Ademais, sociedades desiguais podem ser tão ou mais
acríticas e reprodutoras. O ponto que nos intriga é que
a igualdade, o respeito e a dignidade dados a todos não
40 levaram à autonomia, ao pensamento criativo e crítico,
e a processos transformadores.
(Adaptado de Isabela Nogueira, Do bem-estar ao pensamento crítico: um olhar sobre o norte,outubro 3, 2009 por Coletivo Crítica Econômica http://criticaeconomica.wordpress.com/2009/10/03/ - acesso em 12/12/2011)
Assinale a interpretação da oração "Talvez não seja assim." (L.11) que respeita as relações semânticas entre as ideias do texto e mantém a coerência entre os argumentos.
a)
A relação entre formatos sociais e os excelentes índices de educação é questionável. |
b)
A vida em um país nórdico nem sempre faz refletir sobre a relação entre igualdade e liberdade. |
c)
Não é comum que serviços públicos voltados para melhorar a vida do cidadão caracterizem países nórdicos. |
d)
Nem sempre uma sociedade igualitária tem como consequência a formação de seres humanos plenos e sociedades transformadoras. |
e)
O hábito da desigualdade pode impedir uma reflexão mais profunda sobre os valores de uma sociedade igualitária. |
Assinale a opção correta a respeito das relações de concordância no texto.
a)
A fliexão de singular em "soa" (L.9) justifica-se pela concordância com "uma sociedade igualitária" (L.6). |
b)
Na linha 3, a enumeração de vários elementos, "liberdade, igualdade, autonomia e formatos sociais" justifica a flexão de plural em "podem". |
c)
Devido ao uso do pronome "se", o plural em "referem-se" (L.15) é opcional: estaria igualmente correto empregar o singular: refere-se. |
d)
Por se referir a "sociedades desiguais" (L.37), o infinito em "podem ser" (L.37) admitiria também a flexão de plural, serem. |
e)
Na linha 39, o plural no pronome "todos" justifica a flexão de plural em "levaram". |
Na organização das relações de coesão e coerência do texto,
a)
O pronome "todos" (L.39) retoma e sintetiza os termos da enumeração "a igualdade, o respeito e a dignidade" (L.39). |
b)
a expressão "tem limitada capacidade transformadora" (L.28 e 29) retoma, com outras palavras, a ideia de "reproduz o mundo com extrema facilidade" (L.27 e 28). |
c)
o substantivo "seres" (L.30) e o pronome "que" (L.31) retomam a expressão "seus educados cidadãos" (L.29 e 30). |
d)
a expressão "Esse resultado" (L.34) retoma a ideia de "sociedade tão igualitária" (L.26 e 27), já sintetizada em "isso" (L.32). |
e)
os pronomes "sua" (L.16), "suas" (L.17), "ele" (L.18) e "se" (L.18) referem-se a "o cidadão" (L.15). |
Quanto custa aquilo que você compra no supermercado? Com certeza, bem além do (A) preço que está marcado na etiqueta! Raj Patel, autor do livro O valor de nada, investigou a distorção que existe quando ignoramos os custos escondidos além do binômino oferta-procura. “A eterna busca por (B) crescimento econômico transformou a humanidade em um agente da extinção, por meio da contínua desvalorização dos serviços ecossistêmicos que mantém (C) nossa Terra viva”, diz Patel. “Muitas vezes não nos damos conta de que (D) nossa escolha por uma ou outra marca, em busca da melhor pechincha, determina o grau de estrago no meio ambiente. Quem paga essa diferença? Associações e organizações do mundo todo estão tentando rastrear as pegadas que deixamos ao longo do processo: desde a produção de cada item, e seu transporte, até chegar às (E) gôndolas, passando pela forma como o usamos, até seu descarte.
Assinale a opção em que ocorre erro na transcrição e adaptação do texto O real valor das coisas, de Lívia Lisboa, publicado em Vida simples, dezembro 2011, edição 113, p.44.
a)
A |
b)
B |
c)
C |
d)
D |
e)
F |
O texto Grandes cidades nem sempre são as mais poluentes diz estudo, da France Press, publicado em http://www1.folha.uol.com.br/ambiente/866228 (com acesso em 29/12/2011) foi adaptado para compor os fragmentos abaixo. Numere-os, de acordo com a ordem em que devem ser dispostos para formar um texto coeso e coerente.
( ) Nesse estudo, enquanto cidades do mundo todo foram apontadas como culpadas por cerca de 71% das emissões causadoras do efeito estufa, cidadãos urbanos que substituíram os carros por transporte público ajudaram a diminuir as emissões per capita em algumas cidades.
( ) Pesquisadores examinaram dados de cem cidades em 33 países, em busca de pistas sobre quais metrópoles seriam as maiores poluidoras e por que, de acordo com estudo publicado na revista especializada "Environment and Urbanization".
( ) "Isso reflete a grande dependência de combustíveis fósseis para a produção de eletricidade, uma base industrial significante em muitas cidades e uma população rural relativamente grande e pobre", informa o estudo.
( ) Por fim, quando os pesquisadores olharam as cidades asiáticas, latino-americanas e africanas, descobriram emissões menores por pessoa. A maior parte das cidades na África, Ásia e América Latina tem emissões inferiores por pessoa. O desafio para elas é manter essas emissões baixas, apesar do crescimento de suas economias.
( ) O estudo também aponta outras tendências, como as cidades de climas frios terem emissões maiores, e países pobres e de renda média terem emissões per capita inferiores aos países desenvolvidos.
A sequência correta é
a)
(1) (2) (5) (4) (3) |
b)
(2) (1) (3) (5) (4) |
c)
(2) (5) (1) (3) (4) |
d)
(4) (1) (2) (5) (3) |
e)
(4) (2) (1) (3) (5) |
Assinale a opção que, na sequência, preenche corretamente as lacunas do texto, de modo a manter o correto uso dos modos e tempos verbais e a coerência entre as ideias.
Assim que o governo divulgou o crescimento zero do produto interno bruto brasileiro no terceiro semestre, não faltaram prognósticos negativos a respeito da economia do país e houve até quem _____(1)_____ em risco de recessão no futuro próximo. Basta um olhar mais atento aos números de 2011 para _______(2)_______ que o pessimismo não se justifica. Entre os empresários não são poucas as vozes que______(3)______dos alarmistas. Não faltam motivos para supor que, em 2011, os números da economia brasileira_____(4)______vir ainda mais fortes. Além dos juros menores, conforme ______(5)______ a maioria dos economistas, do crédito em expansão, e dos incentivos fiscais, está previsto para janeiro um reajuste no salário mínimo, o que _____(6)_____ impactos signifocativos à renda dos trabalhadores e aposentados. Nesse ciclo, o mercado interno seguirá aquecido. (Mariana Queiroz Barbosa, O país não vai parar. Isto É, 14/12/2011)
a)
|
b)
|
c)
|
d)
|
e)
|
Considere o texto abaixo para responder à questão.
A teoria econômica evoluiu muito desde 1776, quando Adam Smith, em célebre obra investigou as causas das riquezas
das nações. A teoria mostrou como funcionam os mercados, o papel da produtividade, as formas de aumentá-la e a
função das instituições. Contribuiu, assim, para a formulação das políticas que trouxeram mais desenvolvimento e
bem-estar. No Brasil, os economistas também contribuem para o desenvolvimento. Acontece que, se defenderem
5 reformas em favor das maiorias, que causam perdas a minorias, os economistas serão rotulados de socialmente
insensíveis. Quando um médico prescreve um tratamento, o objetivo é o bem-estar do paciente. Ninguém dirá que
ele planeja o sofrimento. Mas, se os economistas sugerem medidas de austeridade para resolver desequilíbrios e
restabelecer o crescimento sustentável, diz-se que eles propugnam ações para promover a recessão, o desemprego
e a destruição de conquistas sociais. O receituário do médico incorpora esperança e simpatia, pois se sabe que o
10 objetivo dele é a cura da doença. Sua ação é mais percebida por todos. A expectativa maior é de êxito. O diagnóstico
é mais preciso, especialmente com os avanços da tecnologia. O economista não tem essas vantagens. No tratamento
de crises, lida com incertezas, complexidades e situações inéditas. Os economistas tendem a errar mais que os
médicos, mas seu foco jamais será a recessão pela recessão ou a austeridade sem propósito.
(Adaptado de Maílson da Nóbrega, A recessão é uma política ou o efeito? Veja, 14 de dezembro, 2011)
Preserva-se a coerência entre os argumentos do texto, bem como sua correção gramatical, ao
a)
empregar um conectivo de valor condicional, como Se, em lugar de "Quando" (L.6). |
b)
substituir a conjunção condicional "se" (L.4) pelo conectivo caso. |
c)
explicitar o valor explicativo da oração, inserindo a conjunção pois para ligar a oração iniciada por "Sua ação" (L.10) com a anterior, mudando para minúscula a letra inicial de "Sua". |
d)
ligar as orações iniciadas por "O economista..." (L.11) e "No tratamento" (L.11), em um mesmo período sintático, retirando o ponto final e mudando para minúscula a letra inicial maiúscula de "No". |
e)
inserir a conjunção Embora no início do último período sintático do texto, mudando para minúscula a letra inicial de "Os" (L.12). |
De acordo com a organização dos argumentos no texto, provoca-se erro ao
a)
empregar o verbo provocar antes de "o desemprego" (L.8). |
b)
explicitar o termo às nações depois de "bem-estar" (L.4). |
c)
usar o artigo antes de "minorias" (L.5), escrevendo às minorias. |
d)
inserir o termo do país depois de "sustentável" (L.8). |
e)
repetir o termo como funcionam antes de cada um dos termos da enumeração: "o papel da produtividade" (L.2), "as formas de aumentá-la" (L.2) e "a função das instituições" (L.2 e 3). |
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