ACESSE GRATUITAMENTE + DE 450.000 QUESTÕES DE CONCURSOS!

Informações da Prova Questões por Disciplina ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio) - Exame Nacional do Ensino Médio - INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) - 2016

Filosofia (ENEM)
1 -

Sentimos que toda satisfação de nossos desejos advinda do mundo assemelha-se à esmola que mantém hoje o mendigo vivo, porém prolonga amanhã a sua fome. A

resignação, ao contrário, assemelha-se à fortuna herdada: livra o herdeiro para sempre de todas as preocupações.

SCHOPENHAUER, A. Aforismo para a sabedoria da vida. São Paulo: Martins Fontes, 2005.

O trecho destaca uma ideia remanescente de uma tradição filósofica ocidental, segundoa a qual a felicidade se mostra indissociavelmente ligada à

a)

consagração de relacionamentos afetivos.

b)

administração da independência interior.

c)

fugacidade do conhecimento empírico.

d)

liberdade de expressão religiosa.

e)

busca de prazeres efêmeros.

2 -

Este solilóquio pode ser considerado um precursor do existencialismo ao enfatizar a tensão entre

a)

consciência de si e angústia humana.

b)

inevitabilidade do destino e incerteza moral.

c)

tragicidade da personagem e ordem do mundo.

d)

racionalidade argumentativa e loucura iminente.

e)

dependência paterna e impossibilidade de ação.

3 -

Nunca nos tornaremos matemáticos, por exemplo, embora nossa memória possua todas as demonstrações feitas por outros, se nosso espírito não for capaz de

resolver toda espécie de problemas; não nos tornaríamos

filósofios, por ter lido todos os raciocínios de Platão e Aristóteles, sem poder formular um juízo sólido sobre o que nos é proposto. Assim, de fato,

pareceríamos ter aprendido, não ciências, mas histórias.

DESCARTES, R. Regras para a orientação do espírito. São Paulo: Martins Fontes, 1999.

Em sua busca pelo saber verdadeiro, o autor considera o conhecimento, de modo crítico, como resultado da

a)

investigação de natureza empírica.

b)

retomada da tradição intelectual.

c)

imposição de valores ortodoxos.

d)

autonomia do sujeito pensante.

e)

liberdade do agente moral.

4 -

TEXTO I

Fragmento B91: Não se pode banhar duas vezes no mesmo rio, nem substância mortal alcançar duas vezes a mesma condição; mas pela intensidade e rapidez da mudança, dispersa e de novo reúne.

HERÁCLITO. Fragmentos (Sobre a natureza). São Paulo: Abril Cultural, 1996 (adaptado).

TEXTO II

Fragmento B8: São muitos os sinais de que o ser é ingênito e indestrutível, pois é compacto, inabalável e sem fim; não foi nem será; pois é agora um todo homogêneo, uno, contínuo. Como poderia o que é perecer? Como poderia gerar-se?

PARMÊNIDES. Da natureza. São Paulo: Loyola, 2002 (adaptado).

Os fragmentos do pensamento pré-socrático expõem uma oposição que se insere no campo das

a)

investigações do pensamento sistemático.

b)

preocupações do período mitológico.

c)

discussões de base ontológica.

d)

habilidades da retórica sofística.

e)

verdades do mundo sensível.

5 -

A promessa da tecnologia moderna se converteu em uma ameaça, ou esta se associou àquela de forma indissolúvel. Ela vai além da constatação da ameaça

física. Concebida para a felicidade humana, a submissão da natureza, na sobremedida de seu sucesso, que agora se estende à própria natureza do homem,

conduziu

ao maior desafio já posto ao ser humano pela sua própria ação. O novo continente da práxis coletiva que adentramos com a alta tecnologia ainda constitui,

para a teoria ética, uma terra de ninguém.

JONAS, H. O princípio da responsabilidade. Rio de Janeiro: Contraponto; Editora PUC-Rio, 2011 (adaptado).

As implicações éticas da articulação apresentada no texto impulsionam a necessidade de construção de um novo padrão de comportamento, cujo objetivo consiste

em garantir o(a)

a)

pragmatismo da escolha individual.

b)

sobrevivência de gerações futuras.

c)

fortalecimento de políticas liberais.

d)

valorização de múltiplas etnias.

e)

promoção da inclusão social.

6 -

Pirro afirmava que nada é nobre nem vergonhoso

justo ou injusto; e que, da mesma maneira, nada existe do ponto de vista da verdade; que os homens agem apenas segundo a lei e o costume, nada sendo mais

isto do que aquilo. Ele levou uma vida de acordo com esta doutrina, nada procurando evitar e não se desviando do que quer que fosse, suportando tudo,

carroças, por exemplo, precipícios, cães, nada deixando ao arbítrio dos sentidos.

LAÉRCIO, D. Vidas e sentenças dos filósoficos ilustre. Brasília: Editora UnB, 1988.

O ceticismo, conforme sugerido no texto, caracteriza-se por:

a)

Desprezar quaisquer convenções e obrigações da sociedade.

b)

Atingir o verdadeiro prazer como o princípio e o fim da vida feliz.

c)

Defender a indiferença e a impossibilidade de obter alguma certeza.

d)

Aceitar o determinismo e ocupar-se com a esperança transcendente.

e)

Agir de forma virtuosa e sábia a fim de enaltecer o homem bom e belo.

7 -

Vi os homens sumirem-se numa grande tristeza. Os melhores cansaram-se das suas obras. Proclamou-se uma doutrina e com ela circulou uma crença: Tudo é

oco, tudo é igual, tudo passou! O nosso trabalho foi inútil; o nosso vinho tornou-se veneno; o mau olhado amareleceu-nos os campos e os corações. Secamos de

todo, e se caísse fogo em cima de nós, as nossas cinzas voariam em pó. Sim; cansamos o próprio fogo. Todas as fontes secaram para nós, e o mar retirou-se.

Todos os solos se querem abrir, mas os abismos não nos querem tragar!

NIETZSCHE, F. Assim falou Zaratustra. Rio de Janeiro: Ediouro, 1977.

O texto exprime uma construção alegórica, que traduz um entendimento da doutrina niilista, uma vez que

a)

reforça a liberdade do cidadão.

b)

desvela os valores do cotidiano.

c)

exorta as relações de produção.

d)

destaca a decadência da cultura.

e)

amplifica o sentimento de ansiedade.

História (ENEM)
8 -

Batizado por Tancredo Neves de "Nova República", o período que marca o reencontro do Brasil com os governos civis e a democracia ainda não completou seu

quinto ano e já viveu dias de grande comoção. Começou com a tragédia de Tancredo, seguiu pela euforia do Plano Cruzado, conheceu as depressões da

inflação e das ameaças da hiperrinflação e desembocou na movimentação que antecede as primeiras eleições diretas para presidente em 29 anos.

O álbum dos presidentes: a história vista pelo JB. Jornal do Brasil, 15 nov. 1989.

O período descrito apresenta continuidades e rupturas em relação à conjuntura histórica anterior. Uma dessas continuidades consistiu na

a)

representação do legislativo com a fórmula do bipartidarismo.

b)

detenção de lideranças populares por crimes de subversão.

c)

presença de políticos com trajetórias no regime autoritário.

d)

prorrogação das restrições advindas dos atos institucionais.

e)

estabilidade da economia com o congelamento anual de preços.

9 -

Os moradores de Andalsnes, na Noruega, poderiam se dar ao luxo de morar perto do trabalho nos dias úteis e

de se refugiar ao luxo de morar perto do trabalho nos dias úteis e de se refugiar na calmaria do bosque aos fins de semana.

E sem sair da mesma casa. Bastaria achar uma vaga para estacionar o imóvel antes de curtir o novo endereço.

Disponível em: http://casavogue.globo.com. Acesso em: 3 out. 2015 (adaptado).

Uma vez implementada, essa proposta afetaria a dinâmica do espaço urbano por reduzir a intensidade do seguinte processo:

a)

Êxodo rural.

b)

Movimento pendular.

c)

Migração de retorno.

d)

Deslocamento sazonal.

e)

Ocupação de áreas centrais.

10 -

TEXTO I

Documentos do século XVI algumas vezes se referem aos habitantes indígenas como "os brasis", ou "gente brasília" e, ocasionalmente no século XVII, o termo

"brasileiro" era a eles aplicado, mas as referências ao status econômico e jurídico desses eram muito mais populares. Assim, os termos "negro da terra" e

"índios" eram utilizados com mais frequência do que qualquer outro.

SCHWARTZ, S. B. Gente da terra braziliense da nação. Pensando o Brasil: a construção de um povo. In: MOTA, C. G. (Org.). Viagem incompleta: a experiência

brasileira (1500-2000).

São Paulo: Senac, 2000 (adaptado).

TEXTO II

Índio é um conceito construído no processo de conquista da América pelos europeus. Desinteressados pela diversidade cultural, imbuídos de forte

preconceito para com o outro, o indivíduo de outras culturas, espanhóis, portugueses, franceses e anglo-saxões terminaram por denominar da mesma forma povos

tão díspares quanto os tupinambás e os astecas.

SILVA, K. V.; SILVA, M. H. Dicionário de conceitos históricos. São Paulo: Contexto, 2005.

Ao comparar os textos, as formas de designação dos grupos nativos pelos europeus, durante o período analisado, são reveladoras da

a)

concepção idealizada do território, entendido como geograficamente indiferenciado.

b)

percepção corrente de uma ancestralidade comum às populações ameríndias.

c)

compreensão etnocêntrica acerca das populações dos territórios conquistados.

d)

transposição direta das categorias originadas no imaginário medieval.

e)

visão utópica configurada a artir de fantasias de riqueza.

« anterior 1 2 3 4 5 6 7 8 9 próxima »

Marcadores

Marcador Verde Favorita
Marcador Azul Dúvida
Marcador Amarelo Acompanhar
Marcador Vermelho Polêmica
Marcador Laranja  Adicionar

Meus Marcadores

Fechar
⇑ TOPO

 

 

 

Salvar Texto Selecionado


CONECTE-SE

Facebook
Twitter
E-mail

 

 

Copyright © Tecnolegis - 2010 - 2024 - Todos os direitos reservados.