1 Na história das ideias, são raras as proposições gerais que não se desfazem em exceções. É necessário, no entanto, generalizar e comparar, e a generalização que nos servirá de 4 ponto de partida está entre as mais robustas de que a história das ideias é capaz. Ei-la: o grande divisor de águas no tocante à evolução da noção de progresso civilizatório e do seu 7 impacto sobre a felicidade humana foi o Iluminismo europeu do século XVIII — a “era da razão”. A equação fundamental do Iluminismo pressupunha a existência de uma espécie de 10 harmonia preestabelecida entre o progresso da civilização e o aumento da felicidade. A meteorologia usa o barômetro para medir a pressão 13 da atmosfera e prever as mudanças do clima. Se a história das ideias possuísse um instrumento análogo, capaz de fazer leituras barométricas dos climas de opinião em determinados 16 períodos e de registrar as variações de expectativa em relação ao futuro em diferentes épocas, então haveria pouca margem para dúvida de que o século XVIII deslocaria o ponteiro da 19 confiança no progresso e no aumento da felicidade humana ao longo do tempo até o ponto mais extremo de que se tem notícia nos anais da história intelectual.
Eduardo Giannetti. Felicidade: diálogos sobre o bem-estar na civilização.
São Paulo: Companhia das Letras, 2002. p. 19-22 (com adaptações).
Com base no texto acima, julgue o(s) seguinte(s) item(ns).
Preservando-se a coerência e a correção gramatical do texto, seu primeiro período poderia ser assim reescrito: É raro, na história das ideias, que se encontre proposições de natureza geral que se mantenham firmes diante de exceções.
Certa. |
Errada. |
No segundo período, por meio do emprego de "generalização" (L.3), "que" (L.3), 'as" (L.4), "que" (L.4) e "ideias" (L.5), o autor retoma o sentido de "proposições gerais" (L.1).
Certa. |
Errada. |
A relação entre progresso civilizatório e felicidade está associada a um momento histórico específico, o Iluminismo, embora o texto indique que a relação entre esses elementos possa ser observada em outras épocas e movimentos históricos.
Certa. |
Errada. |
O reconhecimento, pelo autor, de que seu argumento está fundamentado em base frágil, a generalização na história das ideias, e de que essa generalização é necessária funciona como forma de evitar, no nível discursivo, eventuais críticas ao seu posicionamento.
Certa. |
Errada. |
O mito da felicidade. In: Época. 27/5/2011. Internet: <www.revistaepoca.globo.com> (com adaptações).
Cada iten(n)s a seguir apresenta uma afirmação referente aos dados da pesquisa a que se refere o texto. Julgue-os quanto à correção gramatical e à conformidade com os dados apresentados.
Mais de 50% dos homens e mulheres entrevistados considera o dinheiro como uma fonte de felicidade; grande parte desse grupo é formada por homens que respondem por 64% dos indivíduos que pensam assim.
Certa. |
Errada. |
Nota-se um decréscimo no número de mulheres que se declararam felizes quando se compara os dados colhidos em 2010 aqueles de 2005.
Certa. |
Errada. |
A pesquisa da FIESP levantou dados estatísticos acerca dos fatores que os brasileiros julgam estar ligados à felicidade, como, por exemplo, a idade e o casamento.
Certa. |
Errada. |
Considerando as ideias e aspectos gramaticais do texto, julgue o item abaixo.
O trecho "Uma pesquisa (...) com a vida", logo abaixo do título do texto, poderia ser reescrito, mantendo-se sua correção gramatical e seu sentido original, da seguinte forma: O nível de felicidade no Brasil e os fatores a que as pessoas atribuem sua satisfação com a vida foram revelados em 2010 por uma pesquisa feita pela FIESP.
Certa. |
Errada. |
1 Para o filósofo Bentham, a felicidade era uma proposição matemática, e ele passou anos realizando pequenos ajustes em seu “cálculo da felicidade”, um termo 4 maravilhosamente atraente. Eu, por exemplo, nunca associei cálculo à felicidade. No entanto, trata-se de matemática simples. Some os aspectos prazerosos de sua vida, depois 7 subtraia os desagradáveis. O resultado é a sua felicidade total. Os mesmos cálculos, acreditava Bentham, podiam ser aplicados a uma nação inteira. Cada medida tomada por um 10 governo, cada lei aprovada, deveria ser vista sob o prisma da “maior felicidade possível”. Bentham ponderou que dar dez dólares a um homem pobre contava mais do que dar dez 13 dólares a um homem rico, já que o pobre tirava mais prazer desse dinheiro.
Eric Weiner. Geografia da felicidade. Trad. Andréa Rocha. Rio de Janeiro: Agir, 2009. p. 247-8 (com adaptações).
No último período do texto, o trecho "que dar(...) desse dinheiro" funciona como objeto que complementa o sentido de "ponderou", forma verbal da oração cujo sujeito é Bentham.
(Questão anulada)Certa. |
Errada. |
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