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Informações da Prova Questões por Disciplina IF-TO (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia - Tocantins) - Engenheiro Ambiental - IF-TO (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia - Tocantins) - 2016

Língua Portuguesa
1 -

Assinale a alternativa em que as regras de concordância foram obedecidas.

a) Cada um dos pesquisadores, ao inscrever-se, deverão receber as orientações necessárias.
b) Mais de um aluno correu em direção à porta de emergência.
c) Já deu dez horas e a entrega das provas ainda não foram feitas.
d) Devem haver, certamente, sites mais seguros do que outros.
e) Com certeza, sobra, no campus, estudantes muito disciplinados.
2 -

Sobre as regras de constituição do memorando (Manual da Presidência, 2002), pode-se afirmar.

a) O uso do pronome de tratamento Ilustríssimo é adequado para o memorando por se tratar de correspondência de servidores públicos.
b) O memorando é utilizado para o expediente externo de correspondências oficiais entre servidores públicos.
c) No memorando, o destinatário é identificado apenas pelo cargo que ocupa, sendo um dos aspectos estruturais que diferencia esse documento do ofício.
d) O memorando não apresenta o item “Assunto” que indica de forma sucinta do que trata a correspondência.
e) O memorando destina-se, exclusivamente, a comunicações entre unidades administrativas de níveis diferentes.
3 -

Marque a alternativa correta quanto ao uso ou não da crase nos três enunciados abaixo, respectivamente.
As Coordenações do IFTO se propõem bastante ___ construir uma educação de qualidade.
Nós, alunos do IFTO, aspiramos ___ pesquisa voltada para melhoria da vida das pessoas.
As queimadas em Palmas ultrapassam ___ capacidade de se suportar as fumaças constantes.

a) a - à - a
b) à - a - a
c) a - a - a
d) a - a - à
e) à - à - à
4 -

Marque a alternativa em que a ausência de vírgula não altera o sentido do enunciado.

a) Hoje, podem ser adquiridas as impressoras licitadas.
b) O professor espera um, sim.
c) Recebo, obrigada.
d) Não, vá ao estacionamento do campus.
e) Não, quero abandonar minha funções no trabalho.

Texto I

Responda as questões de 1 a 4 de acordo com o

texto abaixo.

Pais sem limites

A educação liberal é confortável para os pais.

Mas os filhos precisam saber o que são deveres e

obrigações

O avião estava cheio. Eu no fundão. Duas poltronas

atrás de mim, uma criança começou a chorar. Abriu

o berreiro. Ninguém disse uma palavra, fazer o que

quando uma criança chora? A mãe, em vez de

tentar acalmar o filho, reclamou em voz alta.

? Criança chora mesmo, e daí? Vocês ficam me

olhando, mas o que posso fazer? Criança é assim:

chora.

Tudo bem. Criança chora. Mas a gente ouve.

Ninguém havia reclamado do incômodo em voz

alta. Suponho que algumas pessoas tenham olhado

para a mãe como se pedindo que fizesse alguma

coisa. Em vez de acalmar o filho, ela brigou.

Sinceramente, nem olhar a gente pode? E mais

sinceramente ainda: como será a educação desse

menino, se a mãe prefere reclamar com quem se

sente incomodado com o choro, no lugar de

acalmar o filho? Vai ter noção de limite? Ou se

transformará num briguento, achando que tem

direito a tudo? No caso dos aviões, eu acho que há

uma irresponsabilidade enorme dos pais. Como

podem expor um bebê de colo a viagens aéreas?

Sim, existem os casos de extrema necessidade. Mas

não são a maioria. Um bebê sente dor nos ouvidos,

talvez até mais intensa que nós. Quando eu sinto,

tento mascar chiclete, chupar bala, ou pelo menos,

racionalmente, posso entender o que está

acontecendo e suportar. Um bebê não. De repente,

vem aquela dor horrível, ele não sabe o porquê.

Chora. Grita. Os outros passageiros têm de suportar

o barulho, ficam até com dor de cabeça. Mas um

bebê é um bebê, e todos temos de entender. E os

pais? Como obrigam a criança a suportar essa dor?

E os passageiros os gritos? Eu já vim da Turquia

certa vez, em uma viagem que durou o dia todo,

com duas crianças pequenas logo atrás de mim.

Classe executiva. Gritaram e choraram quase a

viagem toda. E não têm razão? Como suportariam

passar o dia todo sentados, cintos afivelados? Os

pais eram pessoas simpáticas. Tinham ido a

turismo. É certo deixar os filhos presos um dia

inteiro? É justo enlouquecer os outros passageiros?

Claro que criança tem o direito de viajar. Mas é

preciso escolher o roteiro mais adequado.

Certa vez fui a uma pousada na serra carioca.

Deliciosa. Um diretor de cinema, mais tarde,

comentou:

? Eu ia sempre lá. Mas eu e minha mulher

cometemos um crime. Tivemos uma filha. Na

pousada não aceitam crianças.

É fato. Já existem hotéis e pousadas que não

hospedam crianças. Muita gente acha um horror.

Por outro lado, o problema não está nos pais? Em

qualquer lugar onde os pais estejam com os filhos,

agem como se eles tivessem direito a tudo. Podem

correr, gritar. Dá para ler um livro embaixo de uma

árvore, no alto da serra, com crianças correndo e

gritando? E com os pais apreciando a algazarra

tranquilamente, sem se importar com os outros

hóspedes?

Eu poderia citar outros exemplos. Visitas que

chegam com filhos que pulam no sofá. Ou brincam

com algum objeto de estimação. Que batem no

prato e dizem que não gostam da comida, em

restaurantes. (E com razão. Agora criança tem de

apreciar sashimi quando quer hambúrguer?) O

problema está nos pais.

Muitos foram reprimidos quando crianças. Antes

era assim: podia, não podia. A educação tradicional

impunha limites, às vezes de forma rígida. Eu

mesmo acredito que o excesso de rigidez é

péssimo. Por outro lado, essas crianças vão crescer,

e terão de viver com normas. A vida é cheia de isso

pode e aquilo não pode. O respeito ao outro implica

entender os próprios limites. Senão é aquilo: todo

mundo querendo furar fila, tirando vantagem. O

fato é que muitos dos pais modernos, como a

mulher que esbravejou no avião, acham que criança

pode tudo. Já conversei com professoras, segundo

as quais, hoje, boa parte dos pais delega a educação

básica dos filhos à escola. Há casos, extremos, em

que a professora tem de explicar a importância de

escovar os dentes todos os dias. Não estou falando

de famílias sem condições financeiras, no caso.

Mas também de gente bem de vida, para quem é

mais fácil não discutir deveres e obrigações com os

filhos. Deixar rolar.

Mas um dia os filhos terão de aprender a viver em

sociedade. Podem contar com a mãe ou o pai para

chorar as pitangas se forem demitidos. Um ombro

sempre é bom. Mas só terão empregos e

oportunidades se souberem o que são limites,

deveres, obrigações. A educação extremamente

liberal é atraente. Principalmente, porque

confortável para os pais. Mas fica a pergunta: se os

pais não dão noção de limites, como os filhos um

dia vão ter?

Carrasco, Walcyr. Pais sem limites. Disponível

em: http://epoca.globo.com/colunas-eblogs/walcyr-carrasco/noticia/2015/09/pais-semlimites.html.

Acesso em: 12 ago. 2016.

5 -

Assinale a alternativa que apresenta a ideia central

do texto.

a)

Os pais protegem os filhos e não os expõem em situações e lugares inapropriados para suas idades ou desejos.

b)

O texto faz uma crítica a crianças mal educadas, responsabilizando-as por tais atos.

c)

Os padrões sociais são próprios para quem não tem filhos, uma vez que as crianças são inocentes e precisam agir de acordo com o que é comum para suas idades.

d)

O texto responsabiliza os pais por maus hábitos dos filhos, visto que os mesmos muitas vezes permitem que os filhos ajam sem obediência a certos padrões sociais.

e)

Os filhos ao longo da vida passarão a ter limites, devido aos pais contribuírem adequadamente para esta formação.

6 -

Marque a alternativa falsa em relação ao objetivo

do uso dos exemplos de comportamentos de pais e

filhos no texto.

a)

O exemplo da viagem à Turquia sugere para a construção de sentido que os pais devem escolher viagens adequadas para a idade de seus filhos.

b)

O exemplo da pousada da serra carioca ilustra a necessidade de os pais darem limites aos filhos para frequentarem certos lugares: ensinar o que pode e o que não pode.

c)

O exemplo das visitas com filhos aponta que o problema de certos comportamentos inadequados dos filhos está nos pais por não darem limites aos filhos.

d)

O exemplo da professora que tem de explicar a importância de escovar os dentes todos os dias aos alunos ilustra que a falta de limite dos pais independe de classe financeira.

e)

O exemplo da mãe com a criança no avião aponta para a construção de sentido que a criança pode agir de acordo com a sua vontade.

7 -

A escolha do uso de certas palavras no texto

contribui para a construção do posicionamento

argumentativo constituinte desse texto. Esse é o

caso da palavra sinceramente, usada duas vezes,

seguidamente. Com isso, marque a alternativa que

apresenta uma palavra que poderia substituir

sinceramente no texto sem alterar o

posicionamento argumentativo do mesmo.

a)

Francamente

b)

Felizmente

c)

Possivelmente

d)

Cabivelmente

e)

Provavelmente

8 -

Ao longo do texto, a conjunção mas foi usada

várias vezes. Em qual das alternativas a

substituição da conjunção mas altera o sentido do

enunciado no texto?

a)

No entanto a gente ouve.

b)

Pelo contrário também de gente bem de vida, para quem é mais fácil não discutir deveres e obrigações com os filhos.

c)

Não obstante eu e minha mulher cometemos um crime.

d)

Similarmente só terão empregos e oportunidades se souberem o que são limites, deveres, obrigações.

e)

Todavia um dia os filhos terão de aprender a viver em sociedade.

Texto II

As questões 5 e 6 devem ser respondidas a partir da charge abaixo.

9 -

Considerando a relação entre a linguagem verbal e

a linguagem não verbal para a compreensão da

charge, não é adequado afirmar que:

a)

O texto está criticando o assaltante e está dando apoio ao deputado por estar sendo assaltado.

b)

O texto critica os escândalos de corrupção, desvio de dinheiro, no âmbito da administração pública.

c)

O texto critica a postura desonesta de certos políticos que lesam a população ao fazerem mau uso do dinheiro público.

d)

O texto aponta para o fato de que certos políticos lesam a população ao usarem em suas vidas particulares dinheiro público indevido.

e)

O texto compara o ato (de assaltar) de um assaltante qualquer ao ato de alguns políticos também lesarem a população.

Texto III

As questões 5 e 6 devem ser respondidas a partir da charge abaixo.

10 -

No caso do uso dos pronomes possessivos, marque

a alternativa que apresenta a interpretação

adequada da charge.

a)

O pronome “meu" indica que o dinheiro a ser roubado pertence licitamente ao deputado.

b)

A expressão “meu dinheiro" faz referência ao dinheiro de posse do deputado no ato do assalto ser dinheiro público obtido indevidamente.

c)

A expressão “seu dinheiro" aponta que o dinheiro a ser roubado pertence ao assaltante.

d)

O pronome “seu", considerando somente a fala do balão onde se encontra, faz referência ao dinheiro do contribuinte.

e)

Nenhuma das respostas anteriores.

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