A respeito da pontuação empregada pelo autor, no TEXTO 01, analise as seguintes proposições.
I.Em “Afinal, na internet, em se tratando de tempo, menos é mais" (3º parágrafo), a expressão “na internet" está entre vírgula por se tratar de um adjunto adverbial deslocado.
II.Poderia ser utilizada, no segundo parágrafo, uma vírgula em vez do ponto que antecede “É utilizada principalmente em salas de bate-papos" sem que isso provocasse desvio às normas de pontuação.
III. No trecho “você terá da agilidade que o mundo online proporciona" (3º parágrafo), deveria existir uma vírgula antes da conjunção “que", pois ela antecede uma oração subordinada adjetiva restritiva.
IV.Em “Com o tempo você vai se acostumando e percebe que, pasmem, ainda é português!" (1º parágrafo), as vírgulas que isolam a forma verbal “pasmem" poderiam ser substituídas por dois travessões.
V.No período “E que raios é "kkk" e por que tem um rosto amarelo mostrando a língua para mim?" (1º parágrafo), poder-se-ia usar um ponto final no lugar do sinal de interrogação por se tratar de uma pergunta indireta.
Estão CORRETAS, apenas, as proposições
a)
II, III e IV. |
b)
I, II e IV. |
c)
I, III e V. |
d)
I, II e V. |
e)
II, IV e V. |
Leia o TEXTO 02 e responda à questão 2.
TEXTO 02
INFÂNCIA
Meu pai montava a cavalo, ia para o campo.
Minha mãe ficava sentada cosendo.
Meu irmão pequeno dormia.
Eu sozinho menino entre mangueiras
lia a história de Robinson Crusoé,
comprida história que não acaba mais.
No meio-dia branco de luz uma voz que aprendeu
a ninar nos longes da senzala ? e nunca se esqueceu
chamava para o café.
Café preto que nem a preta velha
café gostoso
café bom.
Minha mãe ficava sentada cosendo
olhando para mim:
? Psiu... Não acorde o menino.
Para o berço onde pousou um mosquito.
E dava um suspiro... que fundo!
Lá longe meu pai campeava
no mato sem fim da fazenda.
E eu não sabia que minha história
era mais bonita que a de Robinson Crusoé.
(ANDRADE, Carlos Drummond de. Infância. Antologia poética. 59ª ed., Rio de Janeiro: Record, 2007.)
Para uma leitura mais produtiva de um texto, faz-se necessária a análise dos elementos que
concorrem para sua construção e sentido. Partindo dessa ideia, analise as proposições a seguir
acerca do poema de Drummond.
I. Em “Meu pai montava a cavalo, ia para o campo", os verbos “montava" e “ia"
caracterizam a figura do pai como provedora.
II. Na contramão do tempo verbal pretérito imperfeito que apresenta a figura paterna como
provedora e sempre em movimento, a figura materna é apresentada de forma estática,
ratificada pelas expressões “ficava sentada" e “cosendo", denotando ausência de esforço
físico e de aventura.
III. Além da estrutura verbal, que contribui para a construção das lembranças, a escolha dos
substantivos (pai, cavalo, campo, mãe, irmão, mangueiras, história, Robinson Crusoé,
senzala, café, preta velha, berço, suspiro, mato, fazenda) diz muito da significação do tema.
IV. Na segunda estrofe, as ações apresentadas pelos verbos “aprendeu" e “esqueceu", no
pretérito perfeito do indicativo, assinalam algo que passou, que não durou.
V. O emprego dos advérbios “lá" e “longe", juntos, remete à idéia de distância. Essa pode ser
uma referência tanto à impossibilidade de o menino enxergar nitidamente o pai, devido à
extensão da fazenda, quanto à transição temporal: o menino abandona o passado e retorna
ao presente, já como homem.
Estão CORRETAS
a)
I, II e V, apenas. |
b)
I, II, III e IV, apenas. |
c)
I, III e V, apenas. |
d)
I, II e IV, apenas. |
e)
I, II, III, IV e V. |
Leia o TEXTO 03 para responder à questão 3.
A charge é um gênero textual sincrético, ou seja, em que se combinam a linguagem verbal e a não verbal. Partindo desse pressuposto, julgue as proposições abaixo sobre a análise da charge constituinte do TEXTO 03. I.O humor da tirinha reside unicamente no fato de os guardas não demonstrarem o menor jeito para cuidar de crianças. II.O texto apresenta caráter ambíguo, o que é provocado pela junção da linguagem verbal e não verbal. III.O caráter polissêmico, na charge, da palavra “limpos” é um dos responsáveis pelo humor do texto. IV. Se fosse analisado, isoladamente, o texto verbal, ou seja, sem a leitura da imagem, o texto não adquiriria o tom jocoso que tem. V.O título da charge não tem importância alguma na compreensão global do texto, por isso, inclusive, deveria ser retirado. Estão CORRETAS, apenas, as proposições
a) I e III.
|
b) I, III e V.
|
c) III, IV e V.
|
d) II, III e IV.
|
e) II e IV.
|
Leia o TEXTO 04 e responda às questões 4 e 5.
TEXTO 04
O GIGOLÔ DAS PALAVRAS
Quatro ou cinco grupos diferentes de alunos do Farroupilha estiveram lá em casa numa
mesma missão, designada por seu professor de Português: saber se eu considerava o estudo da
Gramática indispensável para aprender e usar a nossa ou qualquer outra língua. Cada grupo
portava seu gravador cassete, certamente o instrumento vital da pedagogia moderna, e andava
arrecadando opiniões. Suspeitei de saída que o tal professor lia esta coluna, se descabelava
diariamente com as suas afrontas às leis da língua, e aproveitava aquela oportunidade para me
desmascarar. Já estava até preparando, às pressas, minha defesa (?Culpa da revisão! Culpa da
revisão!"). Mas os alunos desfizeram o equívoco antes que ele se criasse. Eles mesmos tinham
escolhido os nomes a serem entrevistados. Vocês têm certeza que não pegaram o Veríssimo
errado? Não. Então vamos em frente.
Respondi que a linguagem, qualquer linguagem, é um meio de comunicação e que deve ser
julgada exclusivamente como tal. Respeitadas algumas regras básicas da Gramática, para evitar
os vexames mais gritantes, as outras são dispensáveis. A sintaxe é uma questão de uso, não de
princípios. Escrever bem é escrever claro, não necessariamente certo. Por exemplo: dizer
?escrever claro" não é certo, mas é claro, certo? O importante é comunicar. (E quando possível
surpreender, iluminar, divertir, mover... Mas aí entramos na área do talento, que também não
tem nada a ver com Gramática.) A Gramática é o esqueleto da língua. Só predomina nas
línguas mortas, e aí é de interesse restrito a necrólogos e professores de Latim, gente em geral
pouco comunicativa. Aquela sombria gravidade que a gente nota nas fotografias em grupo dos
membros da Academia Brasileira de Letras é de reprovação pelo Português ainda estar vivo.
Eles só estão esperando, fardados, que o Português morra para poderem carregar o caixão e
escrever sua autópsia definitiva. É o esqueleto que nos traz de pé, certo, mas ele não informa
nada, como a Gramática é a estrutura da língua, mas sozinha não diz nada, não tem futuro. As
múmias conversam entre si em Gramática pura.
Claro que eu não disse tudo isso para meus entrevistadores. E adverti que minha
implicância com a Gramática na certa se devia à minha pouca intimidade com ela. Sempre fui
péssimo em Português. Mas ? isso eu disse ? vejam vocês, a intimidade com a Gramática é tão
indispensável que eu ganho a vida escrevendo, apesar da minha total inocência na matéria. Sou
um gigolô das palavras. Vivo às suas custas.[...]
VERRÍSSIMO, Luis Fernando. O gigolô das palavras. In:____ . Para gostar de ler: Luis Fernando
Verissímo: o nariz e outras crônicas. 10 . ed. V. 14. São Paulo: Ática, 2002. P. 77-78.
Considere as proposições abaixo sobre o TEXTO 04.
I.Em O gigolô das palavras, ao tratar de modo peculiar a gramática, o autor defende o
ensino de gramática da língua materna.
II.Para o autor, o domínio gramatical não é essencial para que haja comunicação; apenas
serve para manter uma estrutura que sirva como padrão.
III.O autor questiona a “obediência cega" à gramática e a passividade do usuário diante de
suas regras.
IV.Em “Claro que eu não disse isso para meus entrevistadores" (3º parágrafo), o cronista
“confidencia" algo ao leitor como se este fosse seu amigo.
V.No que se refere ao Novo Acordo Ortográfico, o autor ironiza a Academia Brasileira de
Letras, um dos órgãos que regem a ortografia da Língua Portuguesa no Brasil, ao afirmar
que os membros da academia querem que a língua morra.
Está(ão) CORRETA( S) a(s) proposição(ões).
a)
II, apenas. |
b)
I, apenas. |
c)
II, III, IV e V, apenas. |
d)
I, II e IV, apenas. |
e)
I, III e V, apenas. |
“Vocês têm certeza que não pegaram o Veríssimo errado?”(1º parágrafo). Se observado à luz do novo acordo ortográfico, o termo em destaque autoriza a seguinte leitura:
a) manteve a grafia na terceira pessoa do plural do presente do indicativo, algo semelhante ocorre com seus derivados conter e obter.
|
b) o acento circunflexo desapareceu na conjugação da terceira pessoa do plural do presente do indicativo dos verbos crer, ler, ter, ver e derivados.
|
c) a exemplo do que ocorre com os verbos crer, ler, ver e derivados, permaneceu inalterável.
|
d) passou a grafar-se “têem”, a fim de igualar-se aos verbos crer, ler e ver na terceira pessoa do plural.
|
e) a exemplo do que ocorreu com a palavra homófona “para” (Ela pára o trânsito/ Ela para o trânsito), o termo em destaque perdeu o acento circunflexo; logo, “Vocês tem certeza que não pegaram o Veríssimo errado?” é a forma correta.
|
Leia o TEXTO 05 para responder à questão 6.
TEXTO 05
ANDORINHA
Andorinha lá fora está dizendo:
-Passei o dia à toa, à toa.
Andorinha, andorinha, minha canção é mais triste:
-Passei a vida à toa, à toa.
BANDEIRA, M. Andorinha.José Olympio, Rio de Janeiro, 1966
No poema de Manuel Bandeira, foi utilizado um acento grave indicativo da crase entre a preposição “a" e o
artigo “a". Assinale, entre as alternativas a seguir, a única em que a utilização do acento grave seria
obrigatório na palavra sublinhada.
a)
Nas últimas eleições em Guapimirim, no RJ, um candidato a vereador foi morto a bala. |
b)
Minha filha, quero que você entregue a sua mão a alguém que mereça! |
c)
No dia em que ela chegou de João Pessoa, nós fomos a Olinda, ao Alto da Sé. |
d)
Assistimos aquele filme premiadíssimo no último final de semana. |
e)
Passei o dia inteiro a esperar por ti, agora que chegaste, temos que conversar |
Leia os TEXTOS 06 e 07 para responder à questão 7.
TEXTO 06
GAROTA DE IPANEMA
Olha que coisa mais linda
Mais cheia de graça
É ela menina
Que vem e que passa
Num doce balanço
A caminho do mar
Moça do corpo dourado
Do sol de Ipanema
O seu balançado é mais que um poema
É a coisa mais linda que eu já vi passar
Ah, por que estou tão sozinho?
Ah, por que tudo é tão triste?
Ah, a beleza que existe
A beleza que não é só minha
Que também passa sozinha
Ah, se ela soubesse
Que quando ela passa
O mundo inteirinho se enche de graça
E fica mais lindo
Por causa do amor (3x)
Por causa do amor (2x)
Ah, se ela soubesse
Que quando ela passa
O mundo inteirinho se enche de graça
E fica mais lindo
Por causa do amor (3x)
Disponível em:
A partir da leitura e análise dos TEXTOS 06 e 07, julgue as proposições a seguir.
I.A intertextualidade é garantida, sobretudo, pela paródia, no outdoor da Hortifruti, de um
trecho da música “Garota de Ipanema".
II.As imagens utilizadas no segundo plano quebram o caráter intertextual proposto no
anúncio publicitário.
III.O slogan “Entre no ritmo da Hortifruti" ganha sentido a partir do diálogo entre a campanha
e a composição musical.
IV.Não se pode afirmar que há uma intertextualidade explícita, pois não há uma
intencionalidade latente na referência à música de Tom Jobim e Vinícius de Moraes.
V.A intertextualidade com “Garota de Ipanema" não é encontrada na superfície textual do
outdoor, ocorre, portanto, o que se denomina de intertexto implícito.
Estão CORRETAS, apenas, as proposições
a)
II, III e IV. |
b)
I e III. |
c)
III e V. |
d)
I e IV. |
e)
II e IV |
Um casal, normalmente, vai trabalhar junto e leva, aproximadamente, 30 minutos de caminhada para chegar ao trabalho. Certo dia, o marido se atrasou e disse para a mulher seguir na frente que ele a alcançaria. Sabendo que o marido saiu 6 minutos depois da esposa e andou com uma velocidade 50% maior do que ela, em quanto tempo ele a alcançou?
a) 18 minutos.
|
b) 6 minutos.
|
c) 12 minutos.
|
d) 24 minutos.
|
e) A mulher chega no trabalho antes que seu marido a alcance
|
Em uma escola foi feita uma pesquisa relacionando as notas dos alunos em cinco matérias: Português, História, Matemática, Filosofia e Física. Depois da pesquisa, foi concluído que I.todo aluno bom em Física é bom em Matemática. II.nenhum aluno bom em Português é bom em Física. III.alguns alunos bons em Português são bons em Matemática. IV.todo aluno bom em História é bom em Português. V.todo aluno bom em Filosofia é bom em Matemática e Português. VI.alguns alunos bons em História são bons em Matemática. Sabendo que todas as proposições acima são verdadeiras, é possível afirmar que a alternativa CORRETA é:
a) Alguns alunos bons em História são bons em Filosofia.
|
b) Todos os alunos bons em Português são bons em Matemática.
|
c) Alguns alunos bons em Filosofia são bons em Física.
|
d) Todos os alunos bons em Matemática são bons em Física.
|
e) Alguns alunos bons em Física são bons em História.
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