Os dois modos de disputar a razão referidos no texto contrapõem-se quanto às
a) instituições civilizatórias a que buscam recorrer os enfurecidos contendores.
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b) distintas jurisprudências que as partes vão recolher de fontes primitivas.
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c) formas de mediação jurídica a que apelam os contendores.
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d) ações escolhidas pelos contendores para o encaminhamento de suas convicções.
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e) providências processuais que cada litigante entende como adequadas.
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Um dos recursos expressivos de redação explorados pelo autor está no emprego
a) do humor, ao acionar o flagrante anacronismo que se revela na expressão jurisprudência das cavernas.
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b) da ironia, quando se associa a expressão vou te processar à expressão seguinte que é modo civilizado.
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c) de uma contradição, quando atribui ao indivíduo indignado o desejo de se valer de um processo jurídico.
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d) de reiterações de sentido, como a que se nota entre direito da força e força do direito.
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e) da linguagem técnica, como em pancada corretiva e o bater do martelo.
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Considerando-se o contexto, traduz-se adequadamente o sentido de um segmento do texto em:
a) têm uma contenda e estão enraivecidos (1º parágrafo) = fomentam ressentimentos inúteis.
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b) viu ofendido um suposto direito (2º parágrafo) = deu como lesada uma prerrogativa legal.
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c) recurso dos instintos primários (2º parágrafo) = habilitação dos impulsos primaciais.
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d) equilíbrio de um rito jurídico (3º parágrafo) = harmonia de um cerimonial forense.
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e) a partir do que se exare a sentença final (3º parágrafo) = até onde se proclama o arbítrio definitivo.
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Está clara, coesa e correta a redação deste livre comentário sobre o texto:
a) Cabem às leis disciplinar a distribuição dos direitos, razão pela qual são necessários os processos, de cujos ritos garantem o andamento adequado para que os mesmos se cumpram.
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b) Sempre haverão os que preferem empregar a violência para exaltarem os direitos que julgam ser seus exclusivos detentores, em detrimento dos que lhe são alheios.
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c) Ainda que possam ser complexos em sua tramitação, os processos visam a execução de direitos que de outra forma, ainda que bem concebidos, não haveria como garantir.
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d) O trâmite dos processos, nem sempre menos moroso do que se gostaria, demandam exame de peculiaridades que cada caso apresenta, razão pela qual se estendem ao longo do tempo.
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e) É forçoso admitir que, em certos processos, pode haver interferência de fatores extrajudiciais que acabam por comprometer a justa contemplação dos mais claros direitos.
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A concordância e a adequada articulação entre os tempos verbais estão adequadamente atendidas na frase:
a) Uma contenda entre dois indivíduos convictos de sua razão só se apaziguaria caso não lhes faltem a orientação de um mínimo de tolerância e de bom senso.
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b) Se se imagina que a violência física das contendas funcionariam como argumento, de nada teria valido nosso esforço para que nos civilizemos por meio das instituições.
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c) É de se presumir que, num processo jurídico, ambas as partes venham a ser contempladas com o mesmo zelo na condução dos ritos que se façam necessários.
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d) Atribui-se à morosidade da justiça, no que diz respeito aos ritos processuais, os dissabores que as partes eventualmente sofressem ao longo das providências legais.
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e) Na condução dos processos, não há como negar que a interferência de fatores externos, como a folga financeira ou o prestígio social, pudessem afetar o resultado a que se chegaria.
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Ocorre adequada transposição de um segmento do texto para a voz passiva, mantendo-se a coerência da frase original, em:
a)
Dois indivíduos (...) estão enraivecidos // Dois indivíduos se enraivecem |
b)
O primeiro indivíduo recua bastante na história // A história é recuada pelo primeiro indivíduo |
c)
O processo tem sua mecânica balizada por prazos // Os prazos balizam a mecânica do processo |
d)
As diferenças sociais (...) podem marcar o destino de um processo // O destino de um processo pode ser marcado pelas diferenças sociais |
e)
Nesse caso, (...) reproduzimos algo parecido com o direito da força // teremos reproduzido algo parecido com o direito da força, nesse caso |
O primeiro indivíduo recua bastante na história e reproduz a jurisprudência das cavernas (...)
Uma nova, correta e coerente redação da frase acima está em:
a) Como reproduz a jurisprudência das cavernas, a história do primeiro indivíduo, surge como um recuo.
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b) A jurisprudência das cavernas – um suficiente recuo histórico – é reproduzido pelo primeiro indivíduo.
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c) O recuo histórico do primeiro indivíduo é o bastante para reproduzir-se a jurisprudência das cavernas.
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d) A história se reproduz, como jurisprudência das cavernas, quando o primeiro indivíduo recua tanto.
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e) Ao recuar tanto na história, o primeiro indivíduo acaba por reproduzir a jurisprudência das cavernas.
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Está adequado o emprego dos elementos sublinhados na frase:
a)
A contenda à que se entregam os indivíduos revela o grau de civilização aonde cada um se encontra. |
b)
Numa disputa de direitos à qual não faltam paixões, não devem estas contaminar a isenção do juiz. |
c)
O rito disciplinado de um processo, de cujo depende a justa sentença, deve impor-lhe o juiz aos contendores. |
d)
Há certas condicionantes que interferem no processo, prejudicam-lhe, acrescentando-o vícios insanáveis. |
e)
O direito da força, no qual tantos parecem dar crédito, é um recuo a práticas onde o homem se brutaliza. |
Em síntese, o autor do texto, ao se lembrar dos filmes de clássicos cineastas europeus,
a) lamenta, sem esquecer o humor, que o cinema nacional não tenha alcançado o alto nível técnico das produções estrangeiras voltadas para os tormentos psicológicos.
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b) reconhece nas obras de Antonioni e Bergman as qualidades de uma arte realista e culta, que aprofunda e analisa os detalhes da vida prática.
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c) expõe ironicamente o abismo que existe entre as questões tratadas nos filmes de Bergman e Antonioni e as preocupações mais prosaicas da vida comum.
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d) demonstra, com muita lucidez, que a arte europeia, ao contrário da nossa, preocupa-se essencialmente com os problemas socioeconômicos que afligem o nosso tempo.
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e) conclui, com algum sarcasmo, que o cinema europeu é pouco relevante para quem queira tirar os olhos do cotidiano e explorar em abstrato as aflições existenciais.
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No segundo parágrafo do texto, o segmento
a) deserto emocional opõe-se ao que está figurado em deserto metafórico do capitalismo.
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b) como era fotogênico o seu suplício ironiza o fato de que um martírio se expunha com preocupação estética.
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c) estavam todos empregados e ganhavam bem alude, de fato, à crise econômica do capitalismo.
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d) tão bem-sucedidos no seu desespero é paradoxal quando relacionado a ausência de Deus.
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e) livre das dificuldades da vida expressa a superação europeia dos problemas filosóficos.
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