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Informações da Prova Questões por Disciplina TRT - 24ª REGIÃO (MS) (Tribunal Regional do Trabalho da 24ª Região - Mato Grosso do Sul) - Analista Judiciário - Área Administrativa - FCC (Fundação Carlos Chagas) - 2017

Raciocínio Lógico
1 -

Francisco verificou que havia x pastas em um diretório. Ele abriu 1/3 dessas pastas, deixou as restantes fechadas e foi embora. Geraldo encontra as pastas como Francisco havia deixado, abre 5/7 das pastas que ainda estavam fechadas e foi embora. Humberto observa a situação das pastas após a intervenção de Geraldo, fecha 7/34 das pastas que encontrou abertas e abre meta- de das pastas que encontrou fechadas. Após a intervenção de Humberto, a fração, das x pastas, que ficaram abertas é igual a

a) 31/42
b) 5/34
c) 31/21
d) 15/34
e) 9/21
2 -

Em determinada semana o preço do tomate é 80% do preço da batata. Na semana seguinte o preço da batata cai 48% e o pre- ço do tomate sobe 30%. Nessa segunda situação, para que o preço da batata se iguale ao preço do tomate, ele deverá subir

a) 80%.
b) 100%.
c) 90%.
d) 75%.
e) 50%.
3 -

Uma afirmação que corresponda à negação lógica da afirmação: todos os programas foram limpos e nenhum vírus permaneceu, é:

a) Se pelo menos um programa não foi limpo, então algum vírus não permaneceu.
b) Existe um programa que não foi limpo ou pelo menos um vírus permaneceu.
c) Nenhum programa foi limpo e todos os vírus permaneceram.
d) Alguns programas foram limpos ou algum vírus não permaneceu.
e) Se algum vírus permaneceu, então nenhum programa foi limpos.
4 -

Um veículo trafegando a uma velocidade média de 75 km/h percorre determinada distância em 4 horas e 20 minutos. Se a sua velocidade média cair para 45 km/h, o tempo necessário para percorrer a mesma distância será acrescido de um valor que é

a) menor do que uma hora.
b) maior que uma hora e menor que duas horas.
c) maior que quatro horas.
d) maior que três horas e menor que quatro horas.
e) maior que duas horas e menor que três horas.
Língua Portuguesa

Texto I

Atenção: As questões de números 1 a 4 referem-se ao texto abaixo.

Houve um tempo em que eu comia um monte de coisas e não precisava contar nada para ninguém. Na civilização

contemporânea, on-line, conectada o tempo todo, se não for registrado e postado, não aconteceu. Comeu, jantou, bebeu? Então,

prove. Não está na rede? Então, não vale.

Não estou aqui desfiando lamúrias de dinossauro tecnológico. Pelo contrário: interajo com muita gente e publico ativamente

fotos de minhas fornadas. A vida, hoje, é digital. Contudo, presumo que algumas coisas não precisam deixar de pertencer à esfera

privada. Sendo tudo tão novo nessa área, ainda engatinhamos a respeito de uma etiqueta que equilibre a convivência entre câmeras,

pratos, extroversão, intimidade.

Em meados da década passada, quando a cozinha espanhola de vanguarda ainda povoava os debates e as fantasias de

muitos gourmets, fotografar pratos envolvia um dilema: devorar ou clicar? A criação saía da cozinha, muitas vezes verticalizada,

comumente finalizada com esferas delicadas, espumas fugazes... O que fazer, capturá-la em seu melhor instante cenográfico,

considerando luzes e sombras, e comê-la depois, já desfigurada, derretida, escorrida? Ou prová-la imediatamente, abrindo mão da

imagem? Nunca tive dúvidas desse tipo (o que talvez faça de mim um bom comensal, mas um mau divulgador).

Fotos e quitutes tornaram-se indissociáveis, e acho que já estamos nos acostumando. Mas será que precisa acontecer

durante todo o repasto? Não dá para fazer só na chegada do prato e depois comer sossegado, à maneira analógica? Provavelmente

não: há o tratamento da imagem, a publicação, os comentários, as discussões, a contabilidade das curtidas. Reconheço que, talvez

antiquadamente, ainda sinto desconforto em ver casais e famílias à mesa, nos salões, cada qual com seu smartphone, sem diálogos

presenciais ou interações reais. A pizza esfria e perde o viço; mas a foto chega tinindo aos amigos de rede.

(Adaptado de: CAMARGO, Luiz Américo. Comeu e não postou? Então, não valeu. Disponível em: http://brasil.elpais.com/brasil/2017/01/09/opinion/1483977251_216185.html)

5 -

Depreende-se corretamente do texto que

a) as pessoas, hoje, preferem partilhar com os amigos os momentos que consideram mais importantes em seu cotidiano, o que justifica as fotos de refeições realizadas em família, já que o convívio familiar continua sendo valorizado, apesar da expansão do meio virtual.
b) o autor vê com desaprovação a postagem de fotos de pratos em redes sociais, motivo pelo qual prefere acessar a internet para a interação com pessoas com as quais partilha desse mesmo sentimento, já que tem consciência de que não será ouvido pela maior parte das pessoas.
c) a experiência com a cozinha espanhola de vanguarda legou ao autor um olhar crítico para a apresentação estética dos pratos, o que fez com que ele aprendesse a conter sua ansiedade em degustá-los para antes fotografá-los em seu esplendor.
d) o hábito de fotografar os pratos, característico da sociedade contemporânea, deveria ser abandonado, na opinião do autor, na medida em que a falta de uma distinção clara entre vida pessoal e profissional tem prejudicado a rotina de amantes da gastronomia.
e) o autor, embora não desaprove integralmente o uso das redes sociais para a postagem de fotos das refeições, considera necessário que se imponha um limite para isso, a fim de se preservar não apenas a apreciação do prato como também a interação presencial.
6 -

Percebe-se uma relação de causa e efeito, nessa ordem, entre as orações na seguinte passagem do texto:

a) Na civilização contemporânea, on-line, conectada o tempo todo, se não for registrado e postado, não aconteceu. (1º parágrafo)
b) Sendo tudo tão novo nessa área, ainda engatinhamos a respeito de uma etiqueta que equilibre a convivência entre câmeras, pratos, extroversão, intimidade. (2º parágrafo)
c) Houve um tempo em que eu comia um monte de coisas e não precisava contar nada para ninguém. (1º parágrafo)
d) Reconheço que, talvez antiquadamente, ainda sinto desconforto em ver casais e famílias à mesa, nos salões, cada qual com seu smartphone, sem diálogos presenciais ou interações reais. (4o parágrafo)
e) Contudo, presumo que algumas coisas não precisam deixar de pertencer à esfera privada. (2º parágrafo)
7 -

A construção que pode ser reescrita com o verbo na voz passiva é:

a) ... a foto chega tinindo aos amigos... (4º parágrafo)
b) A criação saía da cozinha... (3º parágrafo)
c) ... interajo com muita gente... (2º parágrafo)
d) ... publico ativamente fotos de minhas fornadas... (2º parágrafo)
e) Não está na rede? (1º parágrafo)
8 -

Está reescrito conforme a norma-padrão da língua e com o sentido preservado em linhas gerais o seguinte trecho do texto:

a) Contudo, presumo que... (2º parágrafo) / Porquanto, afirmo por conjectura que...
b) ... acho que já estamos nos acostumando. (4º parágrafo) / ... tenho a impressão que já tornamo-nos resignados.
c) ... não precisava contar nada para ninguém. (1º parágrafo) / ... não era impelido de me reportar à quem quer que fosse.
d) ... ainda sinto desconforto em ver... (4º parágrafo) / ... continuo a sentir-me incomodado ao testemunhar...
e) ... fotografar pratos envolvia um dilema... (3º parágrafo) / ... fotografar pratos abrangia-se de uma controvérsia...
9 -

Quanto à concordância padrão, está escrita corretamente a frase:

a)

O homem sempre buscou capturar o instante em imagens, e isso nunca foi tão fácil quanto hoje, quando o ato de registrar se tornou mais importante que o próprio registro.

b)

Atualmente, constata-se muitas maneiras de compartilhar informação, mas nenhum meio de comunicação vem se mostrando tão poderoso quanto as redes sociais.

c)

Em meados da década passada, fotografar alimentos envolviam uma série de questionamentos que parecem não fazer mais sentido na sociedade dos dias de hoje.

d)

Em 2016, uma pesquisa com usuários da internet concluiu que algumas pessoas que postam excessivamente nas redes sociais o faz por necessidade de aprovação.

e)

Decidir entre devorar ou clicar têm perturbado aqueles que oscilam entre desfrutar o momento da refeição e partilhá-lo, ainda que a distância, com amigos e familiares.

Texto II

Atenção: As questões de números 6 a 9 referem-se ao texto abaixo.

Muito antes de nos ensinarem e de aprendermos as regras de bom comportamento socialmente construídas e promovidas, e

de sermos exortados a seguir certos padrões e nos abster de seguir outros, já estamos numa situação de escolha moral. Somos, por

assim dizer, inevitavelmente ? existencialmente ?, seres morais: somos confrontados com o desafio do outro, o desafio da

responsabilidade pelo outro, uma condição do ser-para.

Afirmar que a condição humana é moral antes de significar ou poder significar qualquer outra coisa representa que, muito

antes de alguma autoridade nos dizer o que é ?bem" e ?mal" (e por vezes o que não é uma coisa nem outra), deparamo-nos com a

escolha entre ?bem" e ?mal". E a enfrentamos desde o primeiro momento do encontro com o outro. Isso, por sua vez, significa que,

quer escolhamos quer não, enfrentamos nossas situações como problemas morais, e nossas opções de vida como dilemas morais.

Esse fato primordial de nosso ser no mundo, em primeiro lugar, como uma condição de escolha moral não promete uma vida

alegre e despreocupada. Pelo contrário, torna nossa condição bastante desagradável. Enfrentar a escolha entre bem e mal significa

encontrar-se em situação de ambivalência. Esta poderia ser uma preocupação relativamente menor, estivesse a ambiguidade de

escolha limitada à preferência direta por bem ou mal, cada um definido de forma clara e inequívoca; limitada em particular à escolha

entre atuar baseado na responsabilidade pelo outro ou desistir dessa ação ? de novo com uma ideia bastante clara do que envolve

?atuar baseado na responsabilidade".

(Adaptado de: BAUMAN, Zygmunt. Vida em fragmentos: sobre a ética pós-moderna. Trad. Alexandre Werneck. Rio de Janeiro, Zahar,

2011, p. 11-12)

10 -

Uma afirmação em consonância com as ideias defendidas no texto está em:

a) Embora os resultados de uma escolha moral estejam sujeitos a fatores externos à intenção do ator, o esforço de se fazer o bem não é empreendido sem satisfação.
b) Uma vez que as linhas divisórias entre bem e mal tenham sido previamente traçadas, a ação em prol do outro terá uma consequência facilmente mensurável.
c) A responsabilidade pelo outro não apresenta limites óbvios, nem se traduz facilmente em medidas práticas a serem adotadas ou das quais se abster.
d) Na medida em que o bem e o mal não são discerníveis em sua essência, as ações dos indivíduos devem se espelhar na conduta de figuras de autoridade.
e) As incertezas estão na raiz dos problemas morais e a única receita infalível para a escolha correta são as regras de bom comportamento aprendidas na infância.

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