Atenção: Para responder à questão, baseie-se no texto abaixo.
Deve-se entender do texto que, para o escritor português José Saramago,
a) a imaginação e a razão devem concorrer com igual importância para se estabelecer o sentido determinante de um texto.
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b) a imaginação, por importante que seja para se iniciar um texto, deve alcançar sua culminância apenas ao final dele.
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c) a razão deve estar sempre no comando das ações humanas, por isso ela não tem como ocorrer senão como uma prática anti-humanista.
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d) o motivo ético de nos orientarmos pelo uso da razão é o de vencer o emprego da imaginação quando esta se revela um puro instinto.
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e) a imaginação, quando firmemente orientada pela razão, pode servir ao imperativo ético de dignificar o homem como um ser racional.
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Ao dizer que não pode aceitar que a razão seja usada contra a razão, o autor do texto justifica-se pelo fato de que,
a) ao se recusar a um uso ético, a razão deixa de agir em favor da vida.
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b) ao se mobilizar pela ética, a razão pode contrariar seus próprios princípios.
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c) quando incorre nesse erro, ela empresta seu poder à esfera da imaginação.
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d) quando o homem racionaliza contra si mesmo, já não age de modo prático.
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e) ao retificar seus princípios básicos, a razão se propõe como uma nova ética.
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Considerando-se o sentido do contexto, no segmento tudo o que há de negativo e que nos cerca, e que desgraçadamente é também produto da razão (2º parágrafo), admite-se que
a) tudo o que há de negativo ocorre pelo fato de se negar algum uso deliberado da própria razão.
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b) o homem, lamentavelmente, sabe e pode empregar a razão para muito além de algum sentido positivo.
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c) em certas práticas podemos nos valer da razão para dar um sentido positivo àquilo que parece ser negativo.
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d) a humanidade tem, infelizmente, o poder de outorgar à ética a condução decisiva de práticas negativas.
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e) o que nos limita negativamente é a incapacidade de produzir com a razão algo que seja irracional.
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Está clara, coerente e correta a redação deste livre comentário sobre o texto:
a) Conquanto a imaginação seja importante para quem escreve, há vezes em que um texto seu chega mesmo a sobrepor-se diante dos recursos racionais.
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b) Saramago não admite a possibilidade de que a razão seja credora de ética, onde as pessoas são capazes de usá-la contra suas próprias qualidades.
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c) O temor manifesto de Saramago é o de que o uso da razão voltada contra si mesma implica numa arma destrutiva cujo o risco acaba sendo irracional.
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d) O autor do texto afirma não se deixar levar pela força da imaginação, se esta representar um desvio do caminho ético a ser trilhado pela razão.
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e) Seja qual for, a força da imaginação, não pode preponderar em virtude da razão, ainda quando o comando ético é imprescindível ao precisar se impor.
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Há construção na voz passiva e pleno atendimento às normas de concordância verbal na frase:
a) Precisamos defender-nos de toda e qualquer manifestação negativa do que nos rodeiam, mas para isso faz-se necessário o emprego da razão.
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b) Se a razão não nos protege das forças negativas que constitui uma ameaça, não poderiam haver quaisquer vantagens em sermos criaturas racionais.
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c) Ao ser dignificada pelo uso ético da razão, a vida dos homens alcança o patamar mais alto da caminhada empreendida em sua arriscada aventura.
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d) Não são dos hábitos dos bons escritores dispensar por completo o concurso da razão, se começam um romance valendo-se da plena imaginação.
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e) É na inseparabilidade entre razão e ética que muitos autores confiam, para que despontem em seus romances a exaltação dos valores que contam.
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Considere o trecho do último parágrafo:
Se o homem é um ser racional e usa a razão contra si mesmo (...), então de que é que serve a razão? Se ela não serve à ética, ela se transforma numa arma destrutiva.
Se esse trecho se iniciasse pelo segmento Se o homem fosse plena e absolutamente um ser racional, as formas verbais destacadas deveriam ser, por consequência,
a) usar − serviria − servir − transformará
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b) usasse − serviria − servisse − transformaria
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c) use − servirá − servira − transformasse
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d) usara − servisse − servisse − haverá transformado
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e) usava − serviria − sirva – transformará
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Atenção: Para responder à questão, baseie-se no texto abaixo.
O fato de sermos os integrantes de uma época que se chamam a si mesmos de modernos indica que
a) baseamo-nos num conceito permanentemente valorizado pela história para buscarmos uma vez mais definir-nos a nós mesmos.
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b) fincamos o pé em nosso tempo para criticar tudo o que nos antecedeu e vislumbrar um futuro em que nos superemos a nós mesmos.
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c) encontramos um modo de personalização coletiva que nos faz projetar o futuro como um avanço para a socialização definitiva.
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d) limitamo-nos a manipular o sentido do tempo de modo que ele sirva a todos os nossos propósitos, inclusive os destrutivos.
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e) perdemos qualquer referência de valor que não seja a do próprio tempo para qualificarmos a nós mesmos como seu produto.
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A expressão que dá título ao texto – o moderno pelo moderno – encontra uma forma equivalente de afirmar nossa autossuficiente localização na história em
a)
sermos contemporâneos de nós mesmos. |
b)
aceleradíssimo desenvolvimento tecnológico. |
c)
alguma despersonalização coletiva. |
d)
se identificavam como românticas, realistas, utópicas, revolucionárias, conservadoras etc. |
e)
alucinante escalada de todos os meios de comunicação. |
Teríamos perdido, portanto, um critério mais amplo para viver a fundo a nossa própria humanidade...
Uma nova redação da frase acima, na qual se mantenham sua correção e seu sentido básico, está em:
a) É assim, por conseguinte, que o fundamento da nossa humanidade, sem critérios mais amplos, com eles também se perderiam.
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b) A nossa humanidade mesmo está em risco, pois botamos a perder qualquer critério mais amplo que chegarmos a viver.
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c) Por isso perderíamos a dimensão de um critério maior para que possamos aprofundar-nos o sentido mesmo do viver.
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d) Teria sido afastada, assim, a possibilidade de se viver de modo mais profundo e criterioso a nossa condição de seres humanos.
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e) Conquanto se teria perdido um critério mais amplo para nós desfrutarmos a nossa humanidade, de modo inclusive, muito mais aprofundado.
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Octavio Paz alerta-nos para a despersonalização pela qual somos todos arrastados.
Reescrita de modo que a forma verbal ativa se transforme em passiva e a forma verbal passiva se transforme em ativa, obtém-se a seguinte frase, em correta e coerente redação:
a) Octavio Paz teria nos alertado para alguma despersonalização que teria arrastado-nos.
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b) Somos alertados por Octavio Paz para a despersonalização que nos arrasta a todos.
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c) A despersonalização alertada por Octavio Paz é a mesma pela qual nos arrastamos.
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d) Octavio Paz nos terá alertado para a despersonalização em que teremos sido arrastados.
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e) Estamos sendo alertados por Octavio Paz para a despersonalização em que nos arrastam.
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