Atenção: A questão refere-se ao texto seguinte.
A afirmação a ponderação é hoje a mais desmoralizada das virtudes deve ser entendida, no contexto, como
a)
uma constatação já consensual, a partir da tendência dominante de se afirmar que, se uma coisa é isso, é também aquilo. |
b)
a valorização do discernimento público que permite distinguir, metaforicamente falando, um abacaxi de um pepino. |
c) a constatação de que está ocorrendo uma negação de análises mais equilibradas, por conta da violência dos radicalismos.
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d)
uma forma de repúdio às redes sociais, quando estas expõem sem subterfúgios nossos comportamentos opressivos ancestrais. |
e)
uma crítica violenta, dirigida àqueles que entendem o equilíbrio de julgamento como subproduto da perplexidade. |
Ao se referir, metaforicamente, às duas ações do fogo selvagem (3º parágrafo), o autor do texto coloca em evidência
a) o aparente desacordo de ações contraditórias que, de fato, se complementam num momento de ponderação.
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b) a natureza violenta de ações e reações que se regem pelos mesmos paradigmas de brutalidade.
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c) a contraposição entre ideais que são defendidos com argumentos igualmente ponderáveis.
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d) a violência de opiniões contrárias, num percurso ao fim do qual elas acabarão por produzir o mesmo efeito positivo.
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e) o avanço e o retrocesso simultâneos que as ações ponderadas acabam por impor ao ritmo da história contemporânea.
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Expressões como circunspecção reflexiva, equilíbrio, prudência estão qualificando o mesmo fenômeno a que se refere o segmento
a)
comportamentos (...) que sempre estiveram naturalizados |
b)
fogo selvagem que inflamou ao longo da história as turbas linchadoras |
c)
inegável avanço civilizatório |
d)
infinito potencial de injustiça contido no poder supremo de um juiz sem rosto. |
e)
nem que seja apenas como subproduto da perplexidade |
Considerando-se o contexto, traduz-se adequadamente o sentido de uma expressão do texto em:
a)
satiriza a ponderação de forma fácil (2º parágrafo) = expõe a digressão de modo arbitrário. |
b)
Precisamos reabilitar a ponderação (2º parágrafo) = impõe-se a nós o rescaldo da avaliação. |
c)
as turbas linchadoras (3º parágrafo) = as furiosas maltas renitentes. |
d)
direito sagrado de vingar (3º parágrafo) = prerrogativa consagrada de desforrar. |
e)
à custa da supressão do direito (4º parágrafo) = não obstante o preço da omissão da justiça. |
Está clara e correta a redação deste livre comentário sobre o texto:
a) Ao menos existe nas redes sociais alguns momentos de ponderação, onde o ódio irrefletido cede lugar à dúvida quanto à possibilidade de julgar.
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b) Tendo em vista à irracionalidade predominante, incensam-se aqui e ali profundas controvérsias, verdadeiros fogos selvagens irredutíveis.
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c) Por mais inflamadas que sejam as nossas razões, supõem-se que de algum modo façam justiça ao que possa haver neles de mais imponderável.
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d) Assim como há linchadores do que é visto como diferente, assim também podem haver turbas que defendem o oposto, perpetrando o mesmo tipo de violência.
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e) Por falta da necessária ponderação, estão sendo vistas como naturais atitudes extremadas, que constituem verdadeiros linchamentos públicos.
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Todas as formas verbais atendem às normas de concordância e articulam-se em tempos e modos adequados na frase:
a)
Ao se evitarem as ponderações que devem anteceder qualquer julgamento, abre-se o caminho para o arbítrio e a violência de graves preconceitos. |
b)
Devem-se aos juízos preconceituosos esse tipo de violência, disseminada nas redes sociais, que nada mais seriam que verdadeiros linchamentos públicos. |
c)
Às turbas linchadoras nunca ocorreriam que, por conta de sua violência irracional, muitos inocentes terão sido vitimados de forma cruel. |
d)
Não parece abalar a pessoa irracional as razões levantadas pelo autor do texto para que, com a ponderação, refreássemos nossos instintos violentos. |
e)
Quando se leva em conta as diferenças pessoais, seria de se imaginar que a tal cuidado deva corresponder julgamentos mais prudentes e generosos. |
Considere a frase: O marinheiro do samba leva o barco devagar sempre que o nevoeiro é denso.
O sentido dessa frase está preservado, em linhas gerais, nesta nova e correta redação:
a) Mormente com nevoeiro denso, o barco é levado devagar com o marinheiro do samba.
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b) O barco é levado devagar pelo marinheiro do samba, à medida em que seja denso o nevoeiro.
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c) Sendo denso o nevoeiro, é onde o marinheiro da samba cuida de levar devagar o barco.
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d) A cada vez que seja denso o nevoeiro, o barco do marinheiro do samba é levado devagar.
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e) Conquanto haja um nevoeiro denso, o marinheiro do samba levará devagar o seu barco.
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Atenção: A questão refere-se ao texto seguinte.
A reação negativa do autor diante da tendência crescente de se fazer ouvir música ao vivo em bares e restaurantes justifica-se pelo argumento de que esses estabelecimentos
a) traem sua razão de ser, que seria a de constituírem um espaço habilitado para oferecer lazer e sociabilidade.
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b) insistem em somar televisores ligados aos estímulos sensoriais já exagerados que impõem aos seus clientes.
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c) comprovam que a música alta e ruidosa constitui uma alternativa para quem não se mostra interessado em conversar.
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d) estimulam mais a alegria ruidosa de seus clientes habituais do que a circunspecção profunda dos mais tímidos.
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e) confirmam sua vocação crescente, que é a de poupar conversas fúteis àqueles que lá vão em busca de alegria.
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Considerando-se o contexto, relacionam-se numa oposição de sentido os segmentos
a)
irresistível atração // uma hegemonia, uma unanimidade (1º parágrafo) |
b)
alegria ruidosa // a música e o sentido de estarmos juntos (2º parágrafo) |
c)
muitos decibéis de música imposta // show de estímulos (2º parágrafo) |
d)
confusa obrigação de festa // uma dessas extravagâncias (2º parágrafo) |
e)
discutibilíssimo privilégio // ouvir música alta (1º parágrafo) |
Está plenamente adequado o emprego de ambos os elementos sublinhados na frase:
a)
A atração da qual os donos de bares e restaurantes pretendem oferecer aos clientes é considerada um martírio a que deveríamos ser poupados. |
b)
Quanto aos televisores, o autor julga-lhes um acréscimo dos tormentos já representados pela música alta nos bares e restaurantes. |
c)
A música ruidosa, cujo principal efeito é impossibilitar uma conversa, é um tormento do qual está cada vez mais difícil esquivar-se. |
d)
Há pessoas que querem conversar, mas não as assiste sequer o direito de alguns intervalos silenciosos, que lhes poupariam por algum tempo. |
e)
Aos passivos frequentadores, de cuja paciência parece não haver limite, impõem-se os decibéis em que os pobres ouvidos acabam se acostumando. |
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