“No meu tempo, já existiam velhos, mas poucos”. A frase de Machado de Assis nos leva a supor que havia mais velhos quando ele próprio se tornou um velho. E hoje, muito mais ainda, embora os manuais de redação recomendem que não se fale mais em “velhos”, mas em “idosos”.
(Carlos Heitor Cony, “Prazo de validade”. Folha de S. Paulo, A2 opinião, 27/10/2011)
Afirma-se com correção:
a)
Do ponto de vista gramatical, é apropriada a substituição de existiam por "deviam haver". |
b)
Considerado o que aconselha o padrão culto escrito, é adequada a substituição de recomendem que não se fale por "recomendem que não fale-se". |
c)
Do ponto de vista do sentido, são equivalentes os segmentos quando ele próprio e "quando mesmo ele" |
d)
As aspas em "velhos" e "idosos", na última linha, são exigidas por remeterem às palavras empregadas por Machado de Assis. |
e)
O uso de embora sinaliza que os manuais de redação, ainda que se oponham ao emprego de "velhos", não impedem Cony de usar a palavra para designar "idosos". |
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