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Comentários / EBC - Empresa Brasil de Comunicação - Jornalista de Empresa de Comunicação Pública - Jornalismo - CESPE - UnB - 2011 - Conhecimentos Específicos - 51 a 120 do PDF (Genérica)


Liberdade de imprensa e regulação da mídia

1      Para chegar a uma definição aproximada de
        jornalismo e de imprensa, comecemos pelo que não é nem um
        nem outro. Um mero relato factual não é necessariamente um
4      relato jornalístico. Um documento oficial também não é
        jornalismo. Se formos minimamente rigorosos, veremos que as
        atas do Senado romano não eram jornalismo, embora fossem
7      peças informativas e periódicas e apresentassem um relato
        mais ou menos factual. Não eram jornalismo porque eram
        manifestações oficiais de uma instituição do poder político.
10    Elas eram discurso oficial — e discurso oficial é o oposto de
        jornalismo.
        As atas do Senado romano de dois mil anos atrás
13    decorriam muito mais da necessidade de divulgação dos atos
        do Senado e muito menos do direito do povo de saber dos
        assuntos oficiais, uma vez que, em Roma, fiscalizar o poder
16    não era um direito do cidadão. Desse modo, embora fossem, ao
        que consta, mais ou menos diárias, não poderiam ser vistas por
        nós, hoje, como peças jornalísticas.
19    Muitas outras narrativas, que têm cara de discursos
        informativos, jornalísticos, também não são jornalismo. Relatos
        da história da humanidade não são necessariamente
22    jornalísticos. Heródoto, por exemplo, historiador grego,
        compôs textos repletos de novidades fascinantes, capazes de
        envolver, de maravilhar o leitor, até hoje. Mas ele não fez
25    jornalismo. E isso não apenas porque seus textos não eram
        periódicos. Ele não fez jornalismo porque não escreveu para os
        cidadãos que fiscalizavam o poder. Esse é o ponto central.

Eugênio Bucci. Liberdade de imprensa e regulação da mídia.
Internet: (com adaptações).

Questão:

Julgue o(s) item(ns) seguinte(s), relativo(s) a aspectos morfossintáticos e semânticos do texto.

A substituição da forma verbal "poderiam" (L. 17) por podiam manteria a correção gramatical e o sentido original do texto.

Resposta errada
Certa.
Resposta correta
Errada.

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