A Amazônia, dona de uma bacia hidrográfica com cerca de 60% do potencial hidrelétrico do país, tem a chance de emergir como uma região próspera, capaz de conciliar desenvolvimento, conservação e diversidade sociocultural. O progresso está diretamente ligado ao papel que a região exercerá em duas áreas estratégicas para o planeta: clima e energia. Não se trata de explorar a floresta e deixar para trás terra arrasada, mas de aproveitar o valor de seus ativos sem qualquer agressão ao meio ambiente. Para isso, basta que o Brasil seja capaz de colocar em prática uma ampla e bem-sucedida política socioambiental, a exemplo do que faz a indústria cosmética nacional, que seduziu o mundo com a biodiversidade brasileira. É marketing e é conservacionismo também.
Segundo o pesquisador Beto Veríssimo, fundador do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), a floresta é fundamental para a redução global das emissões de gases de efeito estufa. "O Brasil depende da região para produzir mais energia e não sou contra a expansão da rede de usinas aqui, mas é preciso cautela, para não repetir erros do passado, quando as hidrelétricas catalisaram ocupação desordenada, conflitos sociais e desmatamentos. Enfrentar o desmatamento da Amazônia é crucial para o Brasil."
(Trecho de Diálogos capitais. CartaCapital, 7 de setembro de 2011, p. 46)
No último parágrafo, o pesquisador
a)
lamenta o fato de ser necessário desmatar a floresta para criar condições mais favoráveis para a Amazônia, especialmente quanto ao fornecimento de energia elétrica. |
b)
aponta para as dificuldades que surgirão com os novos projetos de construção de usinas hidrelétricas na região amazônica. |
c)
defende a construção de novas usinas, por trazerem benefícios para toda a região, ainda que seja necessário desmatar grandes áreas de floresta. |
d)
alerta para a necessidade de um planejamento de ações, para evitar, como já têm acontecido, fatos comprometedores do desenvolvimento sustentável da Amazônia. |
e)
constata que, apesar da abundância de recursos hídricos na região amazônica, é inaceitável seu aproveitamento com a construção de novas usinas hidrelétricas. |
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