Ao se perguntar sobre o parâmetro sob o qual seria possível, ao mesmo tempo, distinguir, homogeneizar e ordenar Real, Simbólico e Imaginário, Lacan aponta o embaraço causado quando temos que localizar a medida comum a partir da palavra “outro”. Afirmando que Freud, lamentavelmente, se confundiu aí, ao considerar “outro” a partir do que é interior/exterior, Lacan lembra que há outro “outro”, escrito com “O” maiúsculo, que não tem a mínima relação com o interior/exterior. Essa questão remonta ao Seminário 16 ([1968-1969]), no qual ele aponta que a concepção de representação proposta no idealismo conduz ao equívoco de:
a) O primeiro significante surge no campo do Outro e representa o sujeito para um outro significante do arsenal do Outro.
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b) Se fazer com a linguagem é necessário que a criança constate que esse desejo indeterminado da linguagem lhe diz respeito.
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c) Uma ausência estruturante a título de lugar de falta, no lugar do terceiro termo do campo objetivado.
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d) Estabelecer a separação entre real (o fora) e representação (o dentro) nos moldes do que a ótica permite com a câmara escura.
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