Está subentendida a presença de um "abismo entre as sociedades ricas e as mais pobres" (L.19), quanto à retidão comportamental do povo de uma nação para com o da outra, no fragmento transcrito em
a) "Na noite anterior, queríamos um restaurante, ele indicou o Le Petit Chef. Ao sair, pedimos as chaves dos quartos e da porta da frente. 'Não tem. Fica tudo aberto'. Espantoso. Nesse mundo isso ainda existe? Deixamos, nos quartos abertos, malas, travellers, passaportes. E a capa Burberry. Nem mantivemos o condicionamento brasileiro desconfiado. Coisas boas são assimiladas rapidamente". (Ignácio de Loyola Brandão).
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b) "A vida é bela, e me sinto como se estivesse ganho o Oscar, mesmo sendo brasileiro. Claro que sei que os desempregados e os sem-terra estão lá exigindo seus direitos. Claro que sei que ali, ao lado da minha casa, no Rio, está aquela favela, onde logo na entrada não se distingue o lixo humano da miséria empilhada pela própria Comlurb." (Affonso Romano de Sant’Anna).
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c) "Todos os anos nascem no mundo 20 milhões de crianças prematuras, com peso inferior a dois quilos. [...] Salvá-las é uma tarefa das políticas públicas de saúde. [...] Em 1979, o Instituto Materno-Infantil de Bogotá, na Colômbia, desenvolveu um método ao mesmo tempo mais barato e eficiente de resolver esse problema: a mãe-canguru. [...] No Brasil, mais de 20 maternidades estão adotando o método." (Márcio Moreira Alves).
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d) "Enquanto boa parte da população brasileira afunda em dívidas, no desespero ou em ambos, uma nova classe surge, triunfante: a dos emergentes. [...] [...] Como o profeta Jonas, o emergente sente-se perseguido por um peixe enorme que um dia vai engoli-lo e levá-lo para uma praia distante, mas para as profundezas." (Moacyr Scliar).
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