O Serviço Social constrói historicamente uma identidade e adquire legitimidade social tanto a partir da explicitação da função social da profissão quanto dos contornos éticos que assume o trabalho profissional. Há também uma profunda interação entre o que preconiza a ética profissional e o modo de ser e viver dos/as assistentes sociais. Nesse sentido, a ética profissional
a) recebe determinações que antecedem a sua escolha pela profissão e a influenciam, já que fazem parte de uma socialização primária que tende a reproduzir determinadas configurações éticas dominantes e se repõem cotidianamente através de relações sociais mais amplas.
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b) está dissociada do contexto sócio-cultural e do debate filosófico, pois ela guarda uma profunda relação com a ética social e consequentemente, com os projetos sociais, havendo portanto um hiato entre ética profissional e ética social.
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c) vincula-se aos projetos sócio-políticos hegemônicos, isentando-se das configurações alienadas da vida social, sendo permeada por escolhas de valor moral, conectadas à reprodução da sociabilidade vigente.
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d) tem sua existência vinculada à singularidade da relação homem versus natureza e, dentro da acepção marxiana do devir histórico, tendo como premissa a lógica da produção e reprodução das relações materiais do capital.
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e) é resultado da inserção da categoria na sociedade e no modo de vida capitalista e, consequentemente, de um posicionamento político explícito, configurando uma perspectiva de neutralidade da intervenção profissional.
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