No Brasil, apenas 15% dos assassinatos são esclarecidos pela polícia. Para outros ilícitos, as taxas são ainda mais acanhadas. Isso significa que, se o lucro esperado com a materialização do crime for alto, cometê-lo é uma decisão perfeitamente racional. A chance de ser identificado, afinal, é pequena, e a de ser condenado e cumprir pena, ainda menor. A título de comparação, no Reino Unido e na França, os índices de solução de homicídios são de 90% e 80%, respectivamente.
Com números assim, não surpreende que as taxas de criminalidade sejam altas no Brasil.
(Hélio Schwartsman. Folha de São Paulo, 01/05/2018, p. A2.)
No texto, o colunista expõe argumentos que procuram explicar as elevadas estatísticas associadas à ocorrência de crimes no Brasil. Dentre as medidas apresentadas abaixo, todas com o objetivo de reduzir as taxas de criminalidade brasileiras, a única que pode ser justificada por tais argumentos é:
a) a duplicação das vagas nos presídios brasileiros, que enfrentam crises de superlotação.
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b) a melhoria do sistema de educação público, de modo a equipará-lo com o privado.
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c) a redução da maioridade penal, que atualmente é de 18 anos, para os 16 anos.
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d) o investimento em programas sociais que tenham como meta a erradicação da pobreza.
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e) a utilização de técnicas científicas avançadas e novas tecnologias nas investigações policiais.
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