Marques e Oliveira (2008) argumentam, à luz dos estudos fenomenológicos, que a constituição do ser intérprete na relação com a comunidade surda envolve mais do que a aquisição da língua de sinais e o domínio da ação de interpretar. A constituição do ser intérprete precisa considerar a experiência de
a) conflitar sua subjetividade de não surdo e surdo, moldar seu corpo a partir da sua intencionalidade e reaprender o universo do sentir e do perceber em busca da descrição de sua visibilidade profissional.
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b) obter domínio da língua por meio do contato com a comunidade surda, contato esse dedicado exclusivamente às escolhas lexicais adequadas aos momentos interpretativos em que a mediação cultural se faz presente durante a carreira profissional.
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c) apreender as características linguísticas dos grupos aos quais media, a saber, surdos e não surdos, que carregam formas de comunicação distintas e que exigem familiaridade do intérprete para que a mediação seja realizada de modo profissional.
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d) resgatar a identidade abalada com base nas novas experiências de contato enquanto estabelece os limites de interferência subjetiva sobre o ato interpretativo com o objetivo de manter as características de um trabalho profissional.
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