PINACOTECA E FILATELIA
Dia desses me contaram uma ótima piada, que eu não ouvia há muitos anos.
O japonês chegou todo feliz para registrar seu filho no Brasil, mas não sabia que nome ia escolher.
- Que tal Pedro?
O japonês não gostou.
- Que tal Paulo?
Também não.
Aí o escrivão pensou, pensou e falou:
- Eu sugiro...
- Sugiro é um bom nome! – gritou o japonês.
Mas o leitor não fique aí, rindo dos japoneses, porque nós, brasileiros, temos nomes mais malucos do que esse da piada. O Guia dos curiosos, por exemplo, garante que já existiram coisas do tipo Açafrão Fagundes, Errata de Campos, Restos Mortais de Catarina, Um Dois Três de Oliveira Quatro. Acredito que o Marcelo Duarte, organizador do Guia, tenha conferido um por um.
O pior é que sempre aparece um gaiato querendo ser mais realista do que o rei (ou mais cartorial do que o cartório) e inventa que conheceu gêmeas chamadas Pinacoteca e Filatelia, ou trigêmeas chamadas Naída, Navinda e Navolta Pereira. Como não é fácil verificar a autenticidade desse tipo de coisa, muitos desses “causos” acabam se espalhando por aí. Viram lendas urbanas.
(CUNHA, Leo. Ninguém me entende nessa casa. São Paulo: FTD, 2011.)
Em relação ao texto, analise as afirmativas.
I. Com a frase Acredito que o Marcelo Duarte, organizador do Guia, tenha conferido um por um., o autor revela que os nomes próprios citados anteriormente realmente existem.
II. A expressão Dia desses, no início do texto, sugere que o autor ouviu essa piada recentemente, sem precisar o dia.
III. Na primeira linha do texto, o trecho eu não ouvia há muitos anos apresenta um implícito: o autor já tinha ouvido essa piada.
IV. A conjunção Mas, em Mas o leitor não fique aí, indica sentido de oposição do autor ao que foi dito anteriormente.
Está correto o que se afirma em
a) I, II e IV, apenas.
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b) I, III e IV, apenas
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c) I, II, III e IV.
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d) II e III, apenas.
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