Texto 1
Um dicionário de cultos afro-brasileiros termina sua apresentação do seguinte modo:
“Nenhum dicionário, seja o mais exaustivo, poderá dar conta de todo um sistema de significação: em primeiro lugar, porque os sistemas de significação não são estáticos; em segundo lugar, porque estes, e principalmente os sistemas religiosos, se fazem mais de regras, isto é, de gramáticas, que de vocabulários; em terceiro lugar, porque nem todos os elementos significativos dos sistemas simbólicos se encontram cobertos por termos que os denotem e, finalmente, porque os significados apreendidos pelos dicionários são apenas pontos de referência para se atingir significados constantemente variáveis com os contextos em que os sistemas de significação encontram existência concreta”. (Olga Gudolle Cacciatore, Dicionário de cultos afro-brasileiros, p. 11)
“...os significados apreendidos pelos dicionários são apenas pontos de referência para se atingir significados constantemente variáveis com os contextos em que os sistemas de significação encontram existência concreta” (texto 1).
Deduz-se desse segmento do texto 1 que:
a) os dicionários procuram indicar referências que podem auxiliar na apreensão dos diversos significados nos contextos;
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b) os significados das palavras são abstrações, que nunca encontram existência concreta, em função da diversidade de contextos;
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c) é a existência concreta dos sistemas de significação que se encontra presente nos melhores dicionários;
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d) como os significados das palavras estão em permanente mudança, os dicionários só podem indicar previsões para os futuros significados;
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e) todos os significados das palavras encontram-se presentes nos dicionários elaborados por equipes competentes de lexicógrafos.
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