Os filhos dos japoneses davam um duro danado, em poucos anos tinham feito muitas coisas, trabalho de um século. Na roça deles tinha tudo... Entravam na água e cortavam a juta, eram corajosos e disciplinados.
Vi vários deles, magros e tristes, na ilha das Ciganas, em Saracura, Arari, Itaboraí, e até no Paraná do Limão. Cortavam juta com um terçado, secavam as fibras num varal e depois as carregavam para a propriedade, onde eram prensadas e enfardadas; a maioria dos empregados morava em casebres espalhados em redor de Okayama Ken; quando adoeciam, eram tratados por um dos poucos médicos de Parintins, que uma vez por semana visitava os trabalhadores da propriedade.
(Cinzas do Norte. Milton Hatoum. São Paulo: Cia das Letras, 2005, p.71, com adaptações)
Está INCORRETO o que se afirma em:
a)
Segundo o narrador, os trabalhadores da propriedade em questão tinham acesso precário à saúde. |
b)
O narrador deixa claro que admira os filhos dos imigrantes japoneses por trabalharem com afinco e eficiência. |
c)
A cultura da juta constitui um trabalho pesado, que envolve várias etapas de produção. |
d)
No local descrito no texto, os trabalhadores são apresentados como pessoas de baixo poder econômico, embora com acesso aos meios de subsistência. |
e)
A tristeza dos trabalhadores famélicos retratados no texto desperta emoções negativas com relação a eles no narrador do texto. |
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