Dorme como quem porque nunca nascida dormisse no hiato entre a morte e a vida. Dorme como quem nem os olhos abrisse por saber desde sempre quanto o mundo é triste. Dorme como quem cedo achasse abrigo que nos meus desabrigos dormirei contigo. José Paulo Paes
(Prosas seguidas de Odes mínimas. S.Paulo, Cia. das Letras, 1992, p.37)
O pronome contigo, na última estrofe do poema, está empregado
a)
de acordo com a norma culta, pois o poeta dirige-se a Glaura na segunda pessoa do singular - dorme. |
b)
em desacordo com a norma culta, apenas para rimar com a palavra abrigo, pois o correto seria "com você". |
c)
corretamente, por ser o único momento do texto em que é possível assegurar em que pessoa o poeta se dirige a Glaura. |
d)
em desacordo com a norma culta, pois o correto seria "consigo", já que o poeta se dirige a Glaura na terceira pessoa do singular - dorme. |
e)
corretamente, desde que considerado o uso informal da língua; no uso formal, o mais adequado seria "convosco". |
A banca adotou uma resposta polêmica, pois, o poeta utiliza-se da 3ª e não da 2ª pessoa do singular para dirigir-se à Glaura, senão vejamos:
Ela dorme: 3ª pessoa do singular
Tu dormES:2ª pessoa do singular
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