Exatamente na medida em que não mais podemos
2 identificar um paradigma dominante em nosso contexto
de pensamento – referência básica para nossos
4 projetos científicos, políticos, éticos, pedagógicos e
mesmo estéticos – é que nos caracterizamos como
6 vivendo uma crise de paradigmas, e até mesmo
uma crise da própria necessidade e possibilidade
8 de um paradigma hegemônico. Estamos, portanto,
em busca de caminhos, de respostas. A história
10 das ideias e, mais especificamente, a história da
ciência nos revelam, entretanto, que os períodos
12 de crise são extremamente férteis porque
abrem novas possibilidades ao pensamento.
14 Nesse sentido, eles permitem o surgimento de
alternativas aos modos de pensar anteriores.
(Danilo Marcondes, A crise de paradigmas e o surgimento da
Modernidade. In: Zaia Brandão (org.), A crise dos paradigmas e
a educação. São Paulo: Cortez, 1994, p.28-29, com adaptações)
Assinale a opção correta a respeito do uso das estruturas linguísticas na organização das ideias do texto:
a)
A retirada da preposição “em”, antes do pronome “que” (L.1), preservaria o respeito às regras gramaticais, com a vantagem de tornar o texto mais objetivo e simplificar as relações semânticas. |
b)
Embora as regras gramaticais permitam substituir os dois travessões, nas linhas 3 e 5, por vírgulas, tal substituição deveria ocorrer apenas na primeira delas, pois uma vírgula depois de “estéticos” (L. 5) provocaria erro gramatical. |
c)
A retirada da expressão “e até mesmo” (L. 6) preservaria a correção gramatical do texto; mas, do ponto de vista textual, sua retirada prejudicaria a argumentação porque a complexidade da crise de paradigmas seria enfraquecida. |
d)
Apesar de o substantivo “possibilidades” (L. 13) admitir a preposição de na regência de seus complementos, a organização do texto impede a substituição de “ao pensamento” (L.13) por do pensamento, pois os argumentos se tornariam incoerentes. |
e)
Na organização da argumentação, a retirada do pronome “eles” (L.14) provocaria dificuldade de interpretação do texto porque seu referente está muito distante: “nossos projetos científicos” (L. 3 e 4). |
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