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Comentários / AGU - Advocacia Geral da União - Técnico em Contabilidade - IDECAN - Instituto de Desenvolvimento Educacional, Cultural e Assistência Nacional - 2014 - Prova Objetiva


50 anos depois

[...] No cinquentenário da República, ninguém questionava a quartelada que derrubou o Império em 1889. Nos 50 anos do Estado Novo, poucos deram atenção ao período que transformou a economia e a sociedade brasileiras. Pois hoje, dia 31 de março de 2014, 50 anos depois do golpe militar, o Brasil é tomado de debates inflamados e de um surto incomum de memória histórica. [...]

Houve avanços em quase todas essas áreas. Estabilizamos a moeda, distribuímos renda, pusemos as crianças na escola. As conquistas não são poucas, vieram aos poucos e estão longe de terminadas. Todas elas são fruto do ambiente livre, em que diferentes ideias podem ser debatidas e testadas. Todas são fruto, numa palavra, da democracia.

Eis a principal diferença entre os dois Brasis, separados por 50 anos: em 1964 havia, à direita e à esquerda, ceticismo em relação à democracia; hoje, não mais. Se há pensamento autoritário no país, ele é minoritário. Nossas instituições democráticas deram prova de vitalidade ao promover o impeachment de um presidente, a condenação de corruptos poderosos no caso do mensalão e ao manter ampla liberdade de opinião e de expressão. A cada eleição, o brasileiro gosta mais da democracia.

Nada disso significa, porém, que possamos considerá-la uma conquista perene e consolidada. Democracias jovens, como Venezuela, Argentina ou Rússia, estão aí para mostrar como o espectro do autoritarismo pode abalar os regimes de liberdade. A luta pela democracia e pelas liberdades individuais precisa ser constante, consistente e sem margem para hesitação.

(Helio Gurovitz. Época, 31 de março de 2014. Adaptado.)

Questão:

Acerca da utilização do acento grave em "“à direita"”, “"à esquerda"” e “"à democracia"” no trecho "“[...] em 1964 havia, à direita e à esquerda, ceticismo em relação à democracia; hoje, não mais."”, analise.

I. As três ocorrências do acento grave justificam-se pelo mesmo motivo.

II. As ocorrências do acento grave em “"à direita"” e “"à esquerda"” justificam-se por motivos diferentes.

III. Substituindo “"em relação"” por "“relacionado"”, permanece o uso do acento grave em “"à democracia"”.

IV. Em “"à democracia"”, o uso do acento grave justifica-se mediante a exigência do termo regente associada à presença do artigo feminino diante do termo regido.

Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s)

Resposta errada
a)

II.

Resposta errada
b)

IV.

Resposta errada
c)

I e II.

Resposta correta
d)

III e IV.

Resposta errada
e)

I, II e III.

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