TROPA DE ELITE
Outras remetências de título
TROPA DE ELITE: MISSÃO DADA É MISSÃO CUMPRIDA
Categorias
Longa-metragem / Sonoro / Ficção
Material original
35mm, COR, 118min, 3.236m, 24q, Dolby SRD
Data e local de produção/Ano: 2007
País: BR
Cidade: Rio de Janeiro
Estado: RJ
Sinopse
Nascimento, capitão da Tropa de Elite do Rio de Janeiro, é designado para chefiar uma das equipes que tem como missão apaziguar o Morro do Turano. Ele tem que cumprir as ordens enquanto procura por um substituto porque sua mulher, grávida, constantemente lhe pede para sair da linha de frente do Batalhão. Em meio a um tiroteio, Nascimento e sua equipe tem que resgatar dois aspirantes a oficiais da PM: Neto e Matias. Ansiosos para entrar em ação e impressionados com a eficiência de seus salvadores, os dois se candidatam ao curso de formação da Tropa de Elite.
Gênero
Drama
Prêmios
Urso de Ouro de Melhor Filme no Festival de Berlim, 58, 2008. Melhor Ator para Moura, Wagner, Grande Prêmio Vivo do Cinema Brasileiro entregue pela ABC - Academia Brasileira de Cinema. Melhor Diretor para Padilha, José, Grande Prêmio Vivo do Cinema Brasileiro entregue pela ABC - Academia Brasileira de Cinema
Dados de produção
Companhia(s) produtora(s): Zazen Produções Audiovisuais Ltda.
Produção: Padilha, José; Prado, Marcos
Coprodução: Soárez, Eliana; Arcy, James d'
Companhia(s) distribuidora(s): Universal Pictures do Brasil; The Weinstein Company
Roteirista: Pimentel, Rodrigo; Mantovani, Bráulio; Padilha, José
Direção: Padilha, José
Direção de fotografia: Carvalho, Lula
Efeitos especiais de fotografia: Zeebroeck, Bruno Van
Som direto: Lima, Leandro
Montagem: Rezende, Daniel
Direção de arte: Peake, Tulé
Figurinos: Kopke, Cláudia
Música: Bromfman, Pedro
Identidades/elenco:
Moura, Wagner
Junqueira, Caio
Ramiro, André
Cortaz, Milhem
Freitas, Fernanda de
Machado, Fernanda
Fernandes, Thelmo
Ribeiro, Maria
etc.
Textos 1 e 2 disponíveis em: <http://www.cinemateca.gov.br/cgi-bin/wxis.exe/iah/>. Acesso em: 23 mar. 2014.
A realidade, só a realidade
Para ser qualificada de grande, uma obra de arte precisa estabelecer conexões profundas com as pessoas. Ao analisar o papel das tragédias teatrais, por exemplo, o filósofo grego Aristóteles concluiu que elas acabavam por purificar os espectadores quando lhes causavam sentimentos de terror e compaixão. Isso porque, depois de experimentá-los, as pessoas sairiam aliviadas, purgadas dos próprios pesadelos. Aristóteles chamou a isso catarse. O tipo de conexão proporcionado por Tropa de Elite, do diretor José Padilha, é de outra ordem. Trata-se de um grande filme justamente pelo contrário: ele não concede válvulas de escape ao retratar como a criminalidade degradou o país de alto a baixo. O pesadelo real ganha ainda mais nitidez. A sociedade brasileira, pelo jeito, ansiava por esse tapa na cara dado pelo capitão Nascimento, o policial interpretado magistralmente por Wagner Moura. Lançado há apenas duas semanas, Tropa de Elite já é o filme mais visto e comentado da história do cinema brasileiro. As salas de exibição lotam em todas as sessões e estima- se que mais de 11 milhões de pessoas tenham assistido ao filme em DVDs piratas que inundaram os camelôs de várias capitais do país (veja reportagem). Gírias policiais reproduzidas no filme e trechos de diálogos entre os personagens – como "pegou geral" e "01 pede pra sair" – tornaram-se bordões repetidos nas mais diversas situações.
O assunto da obra do diretor José Padilha é a guerra diuturna que a polícia carioca move contra os traficantes de drogas encastelados nos morros favelizados da cidade. Mais especificamente o Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), a tropa de elite do título. O tráfico de drogas, o nervo mais exposto de um país em desordem e refém do medo (veja o quadro), é tema comum na cinematografia nacional recente. A diferença é que esse filme o aborda pondo os pingos nos is. Bandidos são bandidos, e não "vítimas da questão social". Há policiais corruptos, mas também muitos que são honestos. Se existem traficantes de cocaína e maconha, é porque há milhares de consumidores que os bancam. Muitos desses consumidores, aliás, são aqueles mesmos que fazem "passeatas pela paz" e compactuam com a bandidagem para abrir ONGs em favelas. Por último, a brutalidade de alguns policiais pode ser explicada pelo grau de penúria e abandono que o estado lhes reserva. [...]
Ditas de maneira tão simples, essas verdades parecem de uma obviedade ululante. E são. Mas o Brasil, infelizmente, é um país de idéias fora do lugar por causa da afecção ideológica esquerdista que inverte papéis, transformando criminosos em mocinhos e mocinhos em criminosos. Aqui, a "questão social" é justificativa para roubos, assassinatos e toda sorte de crime e contravenção – mesmo quando praticados por quadrilhas especializadas, compostas por integrantes que nada têm de coitadinhos.
Na semana passada, a pedido de VEJA, o instituto Vox Populi realizou uma pesquisa para medir o impacto de Tropa de Elite nos espectadores. Os resultados indicam por que o filme é arrebatador. Na opinião de 72% dos entrevistados, os criminosos que aparecem no filme são tratados como merecem. Quase 80% deles concordam que a polícia é apresentada com fidelidade – ou seja, tem uma banda podre e uma banda boa. Tropa de Elite agrada também por abordar a responsabilidade dos usuários de drogas sem meias palavras. O capitão Nascimento diz que o "playboy" que fuma um cigarro de maconha é o responsável pela morte de um traficante abatido pelo Bope. A afirmação encontra eco na população. Para 85% dos espectadores, o raciocínio do capitão Nascimento está correto. O policial vivido por Wagner Moura ganhou enorme popularidade, mas isso não significa que todas as pessoas enxerguem num Rambo a solução para problema tão complexo como o da criminalidade. Na opinião de 53% dos entrevistados, o capitão é um herói, mas 43% rejeitam essa idéia, embora o vejam com relativa simpatia. As características do personagem ajudam a explicar tal divisão. Nascimento é um ser humano devastado. Sofre de síndrome do pânico, consome vorazmente remédios de tarja preta e suas explosões freqüentemente resultam em ações que extrapolam o manual do Bope.
Disponível em: http://veja.abril.com.br/171007/p_080.shtml. Acesso em: 20 mar. 2014.
"Copa de Elite" é uma paródia de "Tropa de elite", mas brinca com filmes brasileiros, como "Bruna Surfistinha", "Nosso lar", "Minha mãe é uma peça" e "Se eu fosse você". A estreia é em 17 de abril. No cartaz, o longa é definido como "a maior paródia brasileira de filmes nacionais já feita no Brasil". "Copa de Elite" integra o gênero que nos Estados Unidos se chama de "spoof movie", do qual fazem parte "Top Gang", "Todo mundo em pânico" e "Apertem os Cintos... O Piloto Sumiu".
Disponível em: http://g1.globo.com/pop-arte/cinema/noticia/. Acesso em: 10 abr. 2014.
"Copa de Elite" é uma paródia de filmes brasileiros contemporâneos. Que aspectos das linguagens verbal e não verbal do Texto 5 estabelecem uma paródia, remetendo ao filme "Tropa de Elite"?
a)
A transposição da simbologia que evoca a temática do filme para o domínio lúdico. |
b)
A marcação explícita dos nomes de atores brasileiros de renome e a relação direta com filmes de humor como Top Gang. |
c)
A definição do filme como um longa metragem do gênero spoof movie. |
d)
A reconfiguração dos traços identitários visível na composição das personagens femininas que interagem com o protagonista. |
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