O combate à violência é uma necessidade geral, não apenas no Brasil, mas no resto do mundo. Os meios de que a sociedade dispõe, nessa luta crescente e sem fim, são esquálidos e se revelam impotentes para deter ou diminuir a onda de crimes que devasta a sociedade e ameaça cada um de nós.
Em linhas gerais, pode-se dizer que os meios de defesa crescem em progressão aritmética e os recursos da violência crescem em progressão geométrica. Um desses meios, que não inclui sequestros, estupros, saques, arrastões e balas perdidas, é fornecido por meio da mais sofisticada e útil conquista da tecnologia: a internet.
Não é mole o que corre de violento e de boçal no correio eletrônico. Sem poupar a verdade, a honra alheia, a decência mínima que todo cidadão deve cultivar, a internet está servindo como cloaca de ressentimentos, inveja, calúnias, impotência existencial, fracassos profissionais, constituindo-se numa mídia clandestina e irresponsável, onde vale tudo.
Bem sei que o assunto preocupa os responsáveis pela decência do novo e mais instantâneo meio de comunicação do mundo moderno. Mas se torna cada vez mais difícil localizar e punir os criminosos eletrônicos. Houve o caso daquele rapaz, acho que das Filipinas, que deu um rombo no banco inglês onde a própria Rainha tinha conta. Foi identificado.
Recentemente, um hacker que caluniou o presidente da República parece que foi também localizado. São exceções, ainda.
Prevalece a impunidade, que estimula o crime em quantidade e malefício.
Os benefícios da internet são óbvios, numerosos e cada vez mais indispensáveis à vida moderna.
Mas há que se encontrar um meio de impedir que a poderosa arma seja usada contra a sociedade civilizada que desejamos ser.
(CONY, Carlos Heitor. O crime eletrônico. Folha online. Disponível em: <www.folha.uol.com.br /folha/pensata/ult505u181.shtml>Acesso em: 06/02/2013. Fragmento adaptado)
Considere o seguinte fragmento, transcrito do texto:
“Mas se torna cada vez mais difícil localizar e punir os criminosos eletrônicos.”
Levando-se em conta a norma-padrão da língua portuguesa, afirma-se corretamente que:
a)
A colocação do pronome SE também estaria correta, mesmo se feita depois do verbo a que se refere. |
b)
MAIS, assim como MAS, é um advérbio de intensidade. |
c)
O termo ELETRÔNICOS é um adjunto adnominal. |
d)
O adjetivo DIFÍCIL está flexionado no grau superlativo absoluto sintético. |
e)
Semanticamente, no contexto, TORNAR significa VOLTAR. |
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