ACESSE GRATUITAMENTE + DE 450.000 QUESTÕES DE CONCURSOS!

Comentários / TRT - 9.ª Região - Analista Judiciário - Judiciária - FCC - Fundação Carlos Chagas - 2013 - Prova Objetiva


Brasil: uma história

Em outubro de 1967, quando Gilberto Gil e Caetano Veloso apresentaram as canções Domingo no parque e Alegria, Alegria, no Festival da TV Record, logo houve quem percebesse que as duas canções eram influenciadas pela narrativa cinematográfica: repletas de cortes, justaposições e flashbacks. Tal suposição seria confirmada pelo próprio Caetano quando declarou que fora “mais influenciado por Godard e Glauber do que pelos Beatles ou Dylan”. Em 1967, no Brasil, o cinema era o que havia de mais intenso e revolucionário, superando o próprio teatro, cuja inquietação tinha incentivado os cineastas a iniciar o movimento que ficou conhecido como Cinema Novo.

O Cinema Novo nasceu na virada da década de 1950 para a de 1960, sobre as cinzas dos estúdios Vera Cruz (empresa paulista que faliu em 1957 depois de produzir dezoito filmes). “Nossa geração sabe o que quer”, dizia o baiano Glauber Rocha já em 1963. Inspirado por Rio 40 graus e por Vidas secas, que Nelson Pereira dos Santos lançara em 1954 e 1963, Glauber Rocha transformaria, com Deus e o diabo na terra do sol, a história do cinema no Brasil. Dois anos depois, o cineasta lançou Terra em Transe, que talvez tenha marcado o auge do Cinema Novo, além de ter sido uma das fontes de inspiração do Tropicalismo.

A ponte entre Cinema Novo e Tropicalismo ficaria mais evidente com o lançamento, em 1969, de Macunaíma, de Joaquim Pedro de Andrade. Ao fazer o filme, Joaquim Pedro esforçou-se por torná-lo um produto afinado com a cultura de massa. “A proposição de consumo de massa no Brasil é algo novo. A grande audiência de TV entre nós é um fenômeno novo. É uma posição avançada para o cineasta tentar ocupar um lugar dentro dessa situação”, disse ele.

Incapaz de satisfazer plenamente as exigências do mercado, o Cinema Novo deu os seus últimos suspiros em fins da década de 1970 − período que marcou o auge das potencialidades comerciais do cinema feito no Brasil.

(Adaptado de Eduardo Bueno. Brasil: uma história. Ed. Leya, 2010. p. 408)

Questão:

Depreende-se corretamente do texto:

Resposta errada
a)

O Tropicalismo, movimento liderado por dissidentes do Cinema Novo, se desenvolveu concomitantemente à decadência do teatro nacional.

Resposta correta
b)

A estética do Cinema Novo, que marcou época no Brasil, contribuiu para que surgisse, na cena musical, o movimento conhecido como Tropicalismo.

Resposta errada
c)

Embora o Cinema Novo não tenha conseguido atingir suas metas comerciais, a qualidade estética de suas obras era superior à das obras produzidas pelo cinema comercial.

Resposta errada
d)

A ampliação da televisão no Brasil, cuja audiência foi sempre maior do que a do cinema, teve papel determinante na derrocada do Cinema Novo.

Resposta errada
e)

Como seus integrantes estavam comprometidos com os problemas sociais e políticos do país, o Cinema Novo suscitou polêmicas que levaram à volta da censura.

Comentários

Ainda não há comentários

Deixe o seu comentário aqui

Para comentar você precisa estar logado.
E-mail: Senha:

Não é cadastrado?

⇑ TOPO

 

 

 

Salvar Texto Selecionado


CONECTE-SE

Facebook
Twitter
E-mail

 

 

Copyright © Tecnolegis - 2010 - 2024 - Todos os direitos reservados.