Um dos mitos narrados por Ovídio nas Metamorfoses conta a história de Aglauros. A jovem é irmã de Hersé, cuja beleza extraordinária desperta o desejo do deus Hermes. Apaixonado, o deus pede a Aglauros que interceda junto a Hersé e favoreça os seus amores por ela; Aglauros concorda, mas exige em troca um punhado de moedas de ouro. Isso irritou Palas Atena, que já detestava a jovem porque esta a espionara em outra ocasião. Não admitia que a mortal fosse recompensada por outro deus; decide vingar-se, e a vingança é terrível: Palas Atena vai à morada da Inveja e ordena-lhe que vá infectar a jovem Aglauros.
A descrição da Inveja feita por Ovídio merece ser relembrada, pois serviu de modelo a todos os que falaram desse sentimento: “A Inveja habita o fundo de um vale onde jamais se vê o sol. Nenhum vento o atravessa; ali reinam a tristeza e o frio, jamais se acende o fogo, há sempre trevas espessas. A palidez cobre o seu rosto e o olhar não se fixa em parte alguma. Ela ignora o sorriso, salvo aquele que é excitado pela visão da dor alheia. Assiste com despeito aos sucessos dos homens, e este espetáculo a corrói; ao dilacerar os outros, ela se dilacera a si mesma, e este é seu suplício”.
(Adaptado de Renato Mezan. “A inveja”. Os sentidos da paixão.
São Paulo: Funarte e Cia. das Letras, 1987. p.124-25)
Levando-se em conta as alterações necessárias, o termo grifado foi substituído corretamente por um pronome em:
a)
A Inveja habita o fundo de um vale = habitá-lo |
b)
jamais se acende o fogo = lhe acende |
c)
serviu de modelo a todos = serviu-os |
d)
infectar a jovem Aglauros = infectá-la |
e)
ao dilacerar os outros = dilacerar-lhes |
Copyright © Tecnolegis - 2010 - 2024 - Todos os direitos reservados.